quinque

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isaac lahey

Uma música latina tocava a toda altura, luzes coloridas e corpos dançantes de um lado e aqui do meu, um bêbado com a libido na alturas. Estava servindo a sétima dose de rum a uma alfa, quando um homem alfa chegou, ele usava um terno caro e junto a ele veio aquele cheiro.

Deduzi que fosse o Richard. Ele havia chegado a pouco tempo acompanhado de Scott, este que se trancou no escritório e pude notar pela minha visão periférica que Layla foi atrás como uma boa cachorrinha que era.

Continuei com meu trabalho normalmente quando percebi olhares profundos em minha direção. Me senti acanhado porque diferente dos da maioria este parecia bem ciente de seus atos.

— Garoto! —— ouvi uma voz masculina me chamar. — Dose tripla.

Era o Richard

— Noite difícil? — perguntei casualmente.

— Nem faz ideia.

— Negócios ruins?

— Antes fosse, levei um fora, um dos grandes!

— Nada está tão ruim que não possa ficar pior. — ele riu.

— Você está certo. Trabalha aqui há muito tempo?

— Há quase um ano.

Ele ficou pensativo, o deixei ali e dei continuidade ao meu trabalho.

Um drink ali, uma dose de vodca aqui e quando notei já estava perto das quatro da manhã, Richard ainda estava sentado e bebia meio tristonho.

— Garoto do bar!

Aquela voz irritante soou muito alta e antes fosse apenas isso, mas seu corpo estava impregnado com o cheiro dele e por mais bobo que seja meu lobo grunhiu inquieto.

— S-sim? — minha voz saiu falha.

— Prepara uma coisa bem docinha pra mim que eu preciso repor as energias!

Assenti-lhe fazendo um coquetel de frutas talvez para igualar ao aroma natural dela, não sei. Quando entreguei e ela provou me disse:

— E, até que tá bonzinho. Melhore se não quiser ir pro olho da rua. — tomou mais um gole. — Sabe você fede a maternidade e isso até explica seu corpo ser feinho. Depois que se tem bebês, nada volta para o lugar. — disse rindo como se fossemos íntimos.

Percebi que outras pessoas ouviam nossa conversa, ou melhor dizendo, seu monólogo de insultos e me senti constrangido. Meu rosto esquentou e quis me esconder em qualquer lugar para que ninguém me visse.

Layla saiu resmungando o quão cansada estava e que precisava urgente de um banho.

— Sabe... — havia esquecido que o alfa estava ali também. — Não deveria deixar que falassem dessa maneira com você.

Durante toda minha vida não tive ninguém que ficasse ao meu lado, nem que dissessem palavras de conforto, então essa frase boba me deixou sem jeito.

— Você tem um filhote e isso não é motivo para vergonha, e se me permite dizer também é um garoto bastante atraente, então não deixe que uma garota estúpida como ela te diga algo assim. Ela ainda vai quebrar a cara achando que o Scott realmente vai levá-la a sério.

—C-como sabe dela e do senhor McCall?

— Tsc, ela fede a ele e sexo. Além de que não é difícil imaginar que ele vá foder qualquer um. E eu faço o mesmo. — deu de ombros.

— Ok. — foi a última coisa que disse antes do McCall aparecer.

Não sei quando realmente comecei a reparar nele desse jeito, mas agora não consigo evitar. Ele está todo de preto como de costume, a camisa social com os primeiros botões abertos, cabelos um tanto compridos e bagunçados dando um ar sexy e despojado.

𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 𝐨𝐟 𝐠𝐥𝐚𝐬𝐬 › 𝐬𝐜𝐢𝐬𝐚𝐚𝐜Onde histórias criam vida. Descubra agora