05 - Te odiar?

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– Hoje eu quero que vocês sigam esse pequeno texto e encenem! — A professora dizia enquanto entregava um papel com algumas falas. — Quero ver como vocês são atuando, então formem pares e vão decorar o texto. Não é algo grande então vocês tem uma hora!

Eu automaticamente olhei para minha diagonal, mas a pessoa que eu queria como par já estava vindo em minha direção e sentando atrás de mim.

– Acho que vou começar a sentar atrás de você pra te perturbar. – Vlad diz rindo.

– Engraçadinho. Olha... Me desculpa por ontem. Eu não estava muito bem...

– Tá tranquilo gatinha.

– Podem ir lá pra fora em um lugar mais calmo, e em uma hora quero todos no teatro. – A professora diz se sentando.

Eu e Vlad saímos da sala e começamos a caminhar para um lugar mais calmo.

– Eu não fazia ideia que aqui tinha um teatro. – Digo olhando a folha de falas.

– Tem – ele diz rindo. – E aqui eles dão bastante valor a esse teatro. Acho que é um dos lugares mais bem cuidado do campus. Quer ir ensaiar lá?

– Por mim tudo bem. – Digo e fomos andando em direção a parte onde fica o teatro do campus.

No caminho – Por que escolheu fazer artes cênicas? – Vlad pergunta abrindo as portas enormes.

– É porque é o meu sonho mesmo, Fazer filmes, series contracenar com grandes nomes da indústria sabe? – Digo andando e indo em direção as pequenas escadas que dão para o palco enorme. – Na verdade era para eu estar seguindo "A coisa da família". Mas eu não quis.

– Bom, Que bom que resolveu seguir o seu sonho. – Vlad diz subindo no palco e olhando novamente para sua folha. – Que porra de cena é essa? "Me abrace firme, toque o meu rosto, e me ame como se eu fosse a última coisa..." Quanta melosidade!

– Onde está isso? – olho para a folha procurando no texto.

– No penúltimo parágrafo.

– Meu Deus... " Vou te amar até o meu sangue querer recuar do meu corpo" – Digo e começamos a rir alto. – Vamos fazer Logo isso.

Nós tentamos encenar a primeira vez. A segunda. A terceira. A quarta. A quinta... E apenas na sexta vez conseguimos... Eu acho... Mas não dava mais tempo de fazer mais nada pois a professora ja tinha chego junto com outros pares de alunos.

– Todos aqui? – Ela olha em volta. – Bem pontuais, amei! – Ela diz batendo palminhas. – Normalmente eu gosto de gravar os meus alunos e guardar a evolução de todos, estão de acordo?

Todos concordam.

– Então vamos começar. – A professora diz e todos se sentam nos bancos da plateia para assistir a performance dos alunos.

Eu e Vlad optamos por ser os últimos e a professora concordou de bom grado.

Todas as duplas se apresentaram. Foi uma coisa rápida, pois o tempo não era muito longo.

Confesso que eu estava extremamente nervosa, eu não sou uma pessoa tímida, mas nunca tive uma platéia ao meu dispôr. E O PIOR! TINHA UMA CÂMERA ENORME EM UM TRIPÉ APONTADA PARA NÓS.

It Has Always Been You ~ Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora