Victoria Senna a menina que desde que nasceu já foi alvo dos holofotes. Seu pai, Ayrton Senna foi quem plantou esse amor incondicional pela corrida.
Victoria é uma garota destemida que não vai desistir de seus objetivos, sendo o destaque da fórmula...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
06 de abril 2024 Suzuka, Japão
Desço do cockpit sentindo cada centímetro daquele macacão colado ao meu corpo, minha mente só consegue me levar a banheira de gelo.
Hoje foi dia das classificatórias, peguei um lugar razoavelmente bom, sétimo, me frustrei a corrida toda. Mas acontece, uns dias são melhores que os outros e isso è normal.
Agradeço todo mundo que passa por mim e diz "bom trabalho", e vou seguindo meu caminho até a nossa sessão reservada, onde ficava as banheiras com gelo. Chego e Charles já está tirando sua camisa e se preparando para entrar.
- Parabéns. -digo abrindo o zíper do macacão e o tirando, ficando apenas com a roupa de segunda pele.
- Obrigado. -ele diz entrando na banheira e soltando grunhidos de insatisfação.
- Sempre a parte mais difícil! -digo entrando também e sentindo cada pedaço do meu corpo sendo consumido pela água gelada.
-Sempre! -ele diz recostado na borda e com os olhos fechados, com suas mãos para fora eu analiso e percebo a quantidade de anéis e pulseiras que suas mãos carregam.
-Por que você usa tantas pulseiras assim? -pergunto passando os dedos por seu pulso.
-Ah eu ganho muitas delas, e aí acaba que vai ficando ai. Tenho que tirar algumas inclusive. -ele diz abrindo os olhos e olhando para onde meus dedos passeavam, ficamos alguns segundos nessa posição em silêncio até que ele o quebra..
-E porque, você, usa? -ele diz repetindo meu gesto em meu pulso, passando os dedos por entre os braceletes que eu usava no braço.
- Eu ganhei com quinze essas. -mostrei as pulseiras de ouro que rodeavam meus braços -O relógio, era do meu pai.
- Uma relíquia então... -ele diz ainda mexendo no meu pulso, agora com as pulseira espaçadas eu podia sentir seus dedos escorregando por minha pele.
- Sim. -levo meus olhos para a região -O anel era a aliança dele.
-Nossa... sabe o que dizem né? -não respondo, apenas volto a olhar em seus olhos -Que não pode usar aliança antes do casamento, da azar, você não se casa.
- Isso aí é superstição. -digo rindo -Não acredito que você acredita nessas coisas.
-Não é que eu acredito, eu só prefiro não testar para saber se é real ou não. -ele diz sério e eu dou risada.
