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•Charles Leclerc

09 de maio de 2024Emilia Romagna, Imola

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09 de maio de 2024
Emilia Romagna, Imola

Claro! Aqui está a versão aprimorada da sua cena, com ambientação mais vívida, diálogos com mais camadas emocionais e uma conexão mais palpável entre os personagens:

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**Madrugada em Imola**

O quarto está mergulhado em uma penumbra tranquila, cortada apenas pela luz prateada da lua que atravessa a cortina semiaberta. O silêncio da madrugada é quebrado apenas pelo som distante de um carro passando e a respiração ritmada de Victoria, que continua encolhida do meu lado, do mesmo jeito em que adormeceu.

Sorrio sem perceber ao observar o traço suave de tranquilidade em seu rosto. Me levanto devagar, cuidando para não fazer barulho, e caminho até a varanda. A brisa da madrugada é fria e bem-vinda contra o calor abafado da noite italiana. Sento-me na espreguiçadeira e deixo meus pensamentos vagarem.

Victoria Senna.

Ela é talento bruto, intensidade e caos disfarçados em um sorriso provocador. Desde o fim da temporada passada, quando seu contrato foi confirmado, eu já sabia que ela era boa. Mas correr ao lado dela, ver sua habilidade se provar curva após curva, é outra coisa. Ela nasceu para isso. E por mais que no começo eu a tenha achado impulsiva e... irritantemente ousada, hoje ela me intriga. E isso me desarma.

A verdade? Aquela noite mexeu comigo mais do que deveria. Foi um erro, sim. Mas um erro que parece certo demais quando lembro dos detalhes. A química estava lá — crua, inevitável. E ela... ela conseguiu seguir em frente como se nada tivesse acontecido. Talvez por isso seja tão difícil deixar pra lá.

Ela disse que foi a primeira e última vez. E por mais que isso devesse me deixar aliviado, tudo em mim grita para repetir, mesmo sabendo que é errado, complicado, arriscado. Mas se ela quiser... eu sei que vou ceder. E esse é o problema.

Suspiro, esfregando o rosto com as mãos. Meus pensamentos me arrastam até Alex. Nossa briga foi... brutal. Ela viu as fotos, leu os comentários, interpretou tudo da pior forma — e mesmo que nada tenha acontecido antes, sua reação foi imediata e definitiva. Ela simplesmente... foi embora. No dia em que eu venci, no auge. E mesmo assim, ela conseguiu virar a história como se a vítima fosse ela.

Volto para o quarto. Victoria ainda está ali, serena, intocada pelo caos que me ronda. Me aproximo e, com a ponta dos dedos, brinco com seu nariz e sua bochecha. Ela se remexe levemente, os olhos se abrindo num meio-olhar sonolento.

— Deita direito — murmuro com um sorriso.

Ela vira o rosto, resmungando em protesto. Rio, baixo, e com cuidado, a pego no colo e a ajeito na cama, colocando sua cabeça no travesseiro. A cubro com o edredom branco e passo a mão de leve em seu rosto. Uma parte de mim quer ir embora, fugir dessa tensão. A outra quer ficar. E vence.

Remember - Charles Leclerc Onde histórias criam vida. Descubra agora