Encarando as Consequências

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O que era para ter sido apenas uns três dias havia se tornado uma viagem de mais de um mês e Mark estava estressado, frustrado e com um enorme aperto no peito. Queria voltar para Coreia e principalmente queria encontrar Yuta. Sentia um medo misturado com raiva quando imaginava que o ômega já poderia tê-lo esquecido, ou até mesmo encontrado um alfa.

Assim que a equipe disse que não seria mais necessário à presença de Mark ele pegou um voo direto para Coreia, nem quis jantar com os engenheiros que havia contratado para o projeto do hotel, já que os outros tinham cometido diversas falhas. Ele só queria voltar para casa e ir atrás do ômega que estava corroendo seus pensamentos.

***

Ao chegar ao seu apartamento Mark jogou sua mala no canto e foi direto para o chuveiro, tomou um longo banho e saiu, vestiu uma caça de moletom cinza e uma camiseta branca. Pegou seu novo celular que tinha adquirido no Japão e ia pedir uma pizza quando o interfone tocou. O porteiro avisou que tinha um senhor Nakamoto querendo falar com ele, Mark ficou surpreso, mas deu autorização para Yuta subir. Estava curioso e feliz com o aparecimento do ômega.

Não levou nem cinco minutos e a companhia tocou, Mark foi atender cheio de expectativas, mas ao abrir a porta se deparou com um Yuta bem diferente do que se lembrava. O ômega parecia mais magro e tinha algumas olheiras em baixo dos olhos, vestia uma calça jeans clara e uma blusa de lã de manga longa, seu cabelo estava preso de forma que vários fios escapavam como se tivessem sido presos de qualquer jeito.

_Yuta?

_Oi Mark, posso entrar?

_Claro, entre. Eu acabei de voltar de uma viagem, então às coisas podem estar um pouco fora de ordem.

_Eu tentei te ligar, mas sempre dava fora de área.

_Eu perdi meu telefone antes da viagem, mas se sente.

Mark indicou o sofá e se sentou na poltrona de frente para Yuta, o ômega carregava consigo um envelope. O alfa perguntou:

_Está tudo bem Yuta?

_Mark preciso que veja isso.

Yuta entregou para Mark o envelope, o alfa abriu sem entender. Dentro havia alguns papéis que Lee começou a ler, ele podia não ter muito noção, mas sabia o que eram exames e as coisas ficaram mais claras ainda quando ele chegou ao final e havia um foto de ultrassom que não era bem legível ao leigo, mas era a prova final.

_Você está grávido.

Aquela não era uma pergunta, mas uma afirmação. Milhares de imagens se passaram na cabeça de Mark, algumas delas de seu cio passado de forma tão intensa com Yuta, outras do ômega grávido e ainda de uma pequena versão sua correndo pelo apartamento. Ele teve que balançar a cabeça para voltar a si, as coisas não eram tão simples.

_Olha Mark, eu não quero que pense que estou tentando te dar um golpe, nós fomos muito irresponsáveis, eu deveria saber que meus remédios poderiam falhar, mas eu sou um ômega recessivo e a possibilidade de gravidez é muito baixa, eu não sei o que fazer, meu amigo me disse que deveria falar com você, mas estou tão confuso.

Mark se aproximou de Yuta e se ajoelhou na frente do ômega e pegou em suas mãos. Disse:

_Yuta olhe para mim. Você quer ter esse bebê?

Yu & MarkOnde histórias criam vida. Descubra agora