Primeiro Encontro

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Mark estava exausto, mas não podia recusar o convite do seu sócio e irmão Jaehyun, principalmente porque estavam celebrando a aquisição de uma nova empresa. Ele só iria beber um drink, ficar por alguns minutos e sair.

O alfa sabia que seu cio estava próximo e planejava passar pelos três dias em seu apartamento, tinha deixado alguns medicamentos e abastecido a despensa. Fazia um tempo que não passava seus cios com algum ômega, à verdade é que estava cansado de relacionamentos sem conexão e estava usando seu tempo no trabalho. Seu irmão Jae cobrava que ele estava se tornando um viciado em trabalho, mas não tinha nada a ser feito, não era algo que pudesse evitar.

***

Jaehyun e o outro sócio Doyoung haviam escolhido o Estúdio Vermelho, um bar e boate onde poderiam assistir algumas apresentações, beber e dançar. Não era um lugar que Mark escolheria, ao contraio dos alfas naquele grupo, ele não estava interessado em ver algum showzinho erótico de ômegas desesperados demais para sobreviverem numa sociedade que só favorecia alfas. Ainda assim, não reclamou a escolha, não estava com cabeça e só queria ir embora o mais rápido possível.

Ao chegarem ao local foram direto para uma mesa reservada e um garçom apareceu para pegar os pedidos. Depois que cada um decidiu o que pedir, o garçom se retirou. A conversa começou girando em torno das possibilidades com a nova aquisição, os planos que iriam poder concretizar, Mark apenas concordava e fazia um comentário ou outro, mas se mantendo a margem, estava cansado demais para manter uma conversação.

As bebidas foram trazidas e logo todos estavam brindando, o álcool aquecendo a conversa. Num dado momento alguns foram dançar, Mark sentiu sede e resolveu ir até o bar, já estava se preparando para sair de fininho. Ao chegar ao balcão acenou para um dos barmans, esse que se aproximou para pegar o seu pedido.

Mark ficou impressionado como o barman, o homem tinha os cabelos quase no ombro presos desajeitadamente num coque, usava uma camiseta branca com as mangas dobradas na altura dos ombros, seu rosto denunciava que ele não era coreano, possuindo traços japoneses, quando próximo o suficiente Mark identificou seu cheiro, uma mistura que deixava claro que o barman era um ômega. Um ômega completamente fora dos padrões.

_O que deseja doçura?

A pergunta do barman fez Mark sair do transe, mas infelizmente seu cérebro não acompanhou a tempo e a resposta à pergunta saiu sem ter passado por um filtro. O alfa respondeu:

_Eu quero você?

_Uau!

_Me desculpe, não era o que iria dizer...

Mark se encontrava mais vermelho do que um pimentão, nunca se sentira tão humilhado. O ômega riu achando o alfa fofo e disse:

_Ei! Fique calmo. Se ainda estiver interessado, eu saio daqui a cinco minutos.

Mark não conseguia encarar o barman, seu rosto queimava, mas o que tinha a perder? Aquela era uma proposta tentadora e, sexo casual não o incomodava, havia ficado interessado no ômega fora dos padrões. Tirando coragem de seu lobo que parecia tão interessado quanto ele respondeu:

_Eu aceito. Sou Lee Mark.

_Yuta. Nakamoto Yuta.

Com um aperto de mão eles se cumprimentaram, nem um dos dois acreditando no quão rápido as coisas estavam correndo. O ômega disse:

_Você pode me esperar no estacionamento.

_Ok. Só vou me despedir dos meus colegas e nos vemos lá.

O alfa deixou o balcão e foi dar um adeus rápido aos seus companheiros, até havia esquecido a sede que sentia anteriormente. Seu irmão queria que ele ficasse mais um pouco, mas o alfa disse que estava com dor de cabeça e saiu do bar indo direto para o estacionamento.
Mal teve tempo de encostar-se ao carro quando o ômega apareceu, agora trazia uma touca preta e um moletom da mesma cor.

_Onde vamos?

_Para o meu apartamento.

_Não acha que é demais levar um ômega desconhecido para seu apartamento?

_Talvez seja, mas eu confio nos instintos do meu lobo. É você que deveria estar preocupado.

_Sou um ômega alfa, não uma criatura indefesa, eu sei cuidar de mim.
_Então vamos.

Mark abriu a porta do seu carro na parte do carona e indicou que Yuta entrasse, assim que o ômega se acomodou o alfa entrou do lado do motorista e se sentou, deu partida e deixou o estacionamento. Nem o alfa nem o ômega sabiam o que estavam fazendo, aquela não era uma situação incomum para ambos, mas ainda sim era estranho ver como seus lobos pareciam confortáveis, como se estivessem se conectando de alguma forma.

Yu & MarkOnde histórias criam vida. Descubra agora