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TEA 
(Transtorno do Espectro Autista)

De acordo com a (DSM-5), da Associação Americana de Psiquiatria, existem diferentes graus de TEA, que mudam de acordo com a necessidade e nível de suporte que cada pessoa apresenta, mas o foco principal aqui é o autista de suporte 1.

Uma pessoa com esse diagnóstico pode depender menos da família e de apoio externo no dia a dia para realizar as tarefas cotidianas (motoras, cognitivas, sociais, entre outros). Assim, crianças com autismo de suporte 1, geralmente enfrentam desafios na interação social, comunicação e comportamento, mas esses desafios tendem a demandar menor necessidade de suporte na rotina.

Depois de confirmado o diagnóstico de TEA nível 1, a família precisará contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar com profissionais especializados em autismo como: Terapeuta ocupacional; Psicólogo; Enfermeiro; Fonoaudiólogo; Nutricionista; Psiquiatras; Neurologistas, entre outros.

Autista de Suporte 1 Especificamente em Mulheres

À medida que as mulheres autistas de suporte 1 se tornam adultas, elas podem se sentir isoladas porque reagem de forma diferente a certas situações "estressantes". Seus comentários podem parecer insensíveis e indiferentes, quando, na realidade, por vezes elas não conseguem entender completamente o conceito de empatia. Geralmente não são agressivas quando ficam frustradas. Em vez disso, elas tendem a ser mais tímidas e podem facilmente "se desligar do ambiente ou ficar devaneando em sonhos" numa sala de aula ou em outros ambientes sociais. Também são capazes de expressar suas emoções de uma forma mais calma. Muitas vezes são protegidas e nutridas por seus amigos neurotípicos, que as ajudam a lidar com situações sociais difíceis.

Elas apresentam tendências obsessivas em relação a diversos interesses. Enquanto as jovens neurotípicas não desejam mais brincar de bonecas, inaugurando outros centros de interesses abrangentes e voltados ao desenvolvimento da sexualidade, as garotas autistas suporte 1, podem se esquivar da sexualidade e podem colecionar diversos objetos, apenas como uma forma de defesa da realidade social. Outra característica, é o fascínio por certos assuntos que podem levar a atrasos em relação aos seus pares em termos de maturidade e comportamentos adequados à idade. Por exemplo, uma pré-adolescente, pode estar fascinada por animais de pelúcia, colecionar miniaturas, colecionar cartoons, se interessar por filmes de ficção/infantis/séries.

Em muitos casos, podem ser erroneamente assumidas como tendo um transtorno de personalidade porque imitam crianças típicas, mas comportam-se de forma inadequada. Elas tendem a ficar aborrecidas, irritadas com os amigos da sua idade por não aceitarem seus interesses restritos ou obsessivos, e por consequência apresentam dificuldades em ter empatia com as preocupações ou problemas de seus pares.

Uma das dificuldades, é a comunicação. Apesar de que podem se esforçar para encontrar alguns tópicos para falar com os amigos, é comum que seu repertório se restrinja aos seus interesses.

Sua linguagem corporal é diferente de seus pares, e elas parecem inconscientes da linguagem corporal dos outros. A voz pode não ter inflexão, como mudanças para mais infantilizada ou aguda, e por vezes podem apresentar risadas impróprias e inadequadas para o contexto social. Em relação ao emocional, podem ter mais probabilidade de internalizar suas emoções, e apresentam sinais de agressão internos ou passivos, como chorar escondida, isolar-se no quarto, desenvolver comportamentos obsessivos, crises de ansiedade e depressão. Outra barreira a ser citada, é a inflexibilidade. Uma garota pode ser inflexível sobre sua rotina diária, podendo querer comer a mesma refeição todos os dias e evitar alimentos que tenham tocado outros alimentos em seu prato. Pode organizar seus brinquedos de certa maneira na prateleira, realizar o mesmo ritual de limpeza todos os dias e ficar chateada por qualquer mudança em seu cronograma. Enquanto a crítica da realidade, poderão ser muito autocríticas consigo mesmas, ou fazerem juízo críticos sobre as pessoas sem levarem em consideração um contexto, sentimentos e outras perspectivas da situação. A respeito das dificuldades em entender gírias, ironias, metáforas e humor, por vezes prejudica seu relacionamento social. Elas podem se sentirem estranhas, desadaptadas, excluídas e rejeitadas socialmente e não vão fazer amigos com facilidade, mas crianças que recebem tratamentos psicológicos precoces poderão ser adolescentes mais adaptados, encontram maneiras de se socializar, perceberão quando não entendem as metáforas, e sua capacidade de resiliência e compreensão de mundo aumentará. Importante destacar que essas características podem variar de pessoa para pessoa, podendo ser diversas experiências.