capítulo 15

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As linguas se encontraram com ternura e, ao contrário do que Helena pensava, clara não pareceu sedutora e provocante, senão imersa e entregue àquele beijo. Helena sentiu seu peito inflar por uma sensação estranhamente boa e nova; como se seu estômago estivesse prestes a roncar, no entanto apenas vibrava sozinho e calado; um pouco acima de seu ventre a sensação era de mil pedras de gelo tocando o local; uma espécie de adrenalina tomou conta de todo o seu corpo e ela apertou mais os braços ao redor de clara. A menor arfou na boca de Helena e separou o beijo, sentindo-se tímida por ter acabado de fazer algo que não deveria.

-Desculpe.-Ela pediu abaixando a cabeça, meio aturdida ainda pelas sensações.

Helena tocou o indicador e o polegar em seu queixo e guiou o rosto fino até encontrar seus olhos.

-A única a pedir desculpas aqui sou eu. -helens disse calmamente. -E acho que preciso me desculpar por outra coisa agora.

-Pelo quê?

-Por isso.-Ela sussurrou, voltando a tocar seus lábios nos de clara. Os lábios gelados e macios eram deliciosos e Helena precisava provar mais deles.

Por um instante ela esqueceu que a chuva caía sobre elas e que o frio castigava seus corpos. Seus sentidos estavam todos focados em clara e nas reações que seu corpo sentia ao estar assim com ela. Havia meses que não beijava ninguém, mas ela tinha certeza que jamais provara lábios mais adocicados e suaves do que os da garota que naquele momento a beijava.

Clara adentrou uma mão em seus cabelos e arrastou as unhas em seu couro cabeludo, tendo a outra mão apertando a camisa ensopada de Helena sobre a região da cintura. A mais nova sugou o lábio inferior de Helena e deu um longo selinho na maior, sorrindo de forma contida, tendo seus olhos ainda fechados.

-Se eu pedir agora para voltar para o caminhão comigo você iria? -helena sussurrou e Clara mordeu a bochecha na parte interna, respirando fundo e assentindo. Helena entrelaçou seus dedos nos dedos de clara e a puxou para o caminhão. Helena entrou no veículo e olhou sem graça para Helena.

-Eu disse que não queria molhar seu caminhão. -Ela disse baixo. -Poderia se virar? -helena bufou e Clara sorriu. -A menos que não se importe. Eu já fiquei nua em sua frente e não me importo em...

-Eu viro. -helena disse quase em um resmungo e se virou. Clara retirou o vestido molhado de seu corpo e logo em seguida a calcinha. Procurou ali por trás o outro vestido e o vestiu sem calcinha mesmo. O clima dentro do caminhão era quentinho e Clara agradeceu mentalmente.
-Pronto. -helena se virou novamente e a encontrou já vestida. -Agora você precisa se vestir com algo seco. -clara avisou e Helena entortou a boca.

-Não tenho nada seco aqui em cima. -Reclamou. -Vou ter que ir lá atrás e aquelas fofoqueiras vão querer saber o que houve. -Clara sorriu.

-Você poderia dizer que atolamos e você foi tentar colocar algo embaixo para o caminhão sair. -A menor disse e Helena sorriu, assentindo. Voltou a abrir a porta e em menos de dez minutos estava de volta.

Seus olhos analisaram as coxas de Clara, que agora estava na boléia, e pararam no vão do vestido. Helena prendeu a respiração quando viu que a garota não usava calcinha, mas estava distraída demais com a gata para perceber que estava exposta. Ela desviou o olhar e respirou fundo.

-Vamos descansar. -Ela disse solenemente.

-Deita aqui comigo? Estou com frio por ter vestido a roupa seca com o corpo molhado e meu cabelo, bem, ele está encharcado ainda. -helena pensou um pouco e assentiu, passando para trás do caminhão e entregando algo para clara.

-Trouxe para você. Enxuguei mais ou menos os meus lá atrás. -helena disse, entregando uma toalha para clara. A mais nova jogou seus cabelos para a frente e os enxugou por um tempo, para logo a deixar em um canto e olhar para Helena.

-Obrigada. -Ela disse, se deitando e dando três palmadas ao seu lado. Helena entendeu o recado e vagarosamente se deitou de frente para clara.
-helena!-clara chamou, rindo. Segurou a mão de Helena que se movia no ar em sinal de pleno nervosismo e entrelaçou seus dedos nos dela. -Eu sei que você não quis dizer aquilo.

-Desculpe de novo?-helena pediu baixinho. -Eu realmente não quis te faltar com respeito ao dizer aquelas coisas. Fui rude, desnecessária, baixa e...

-Mesmo assim... -Os olhos negros foram para suas mãos entrelaçadas e ela se sentiu ainda pior.- Eu jamais pensei nada assim de você. Preciso que saiba. -clara assentiu e aproximou seu corpo.

-Eu sel.-Ela disse baixo, se inclinando e capturando os lábios rosados de Helena nos seus. Viu que a garota não protestou e comemorou internamente. Helena, ao sentir as linguas entrarem em contato, soltou da mão de clara e segurou sua cintura, apertando a região e puxando clara para ficar por cima dela, mais confortável para ambas devido ao pouco espaço.

Se arrependeu instantaneamente ao se lembrar que clara não usava calcinha. Clara mordiscou seu lábio inferior para logo voltar a introduzir sua lingua na boca de hele e a maior gemeu baixinho ao não resistir e levar suas duas mãos até a bunda de Clara, apertando a carne por baixo do vestido curto.

Clara arfou em sua boca e passeou sua mão pelo corpo da maior, até chegar no seio de Helena, o segurando com vontade e sentindo seu centro pulsar ao ouvir Helena gemer de maneira rouca e levar uma de suas pernas ao meio das pernas de clara. A menor gemeu um pouco mais alto por ter sido pega de surpresa e afundou as unhas da outra mão na carne da cintura de Helena.
-Eu estou sem calcinha. -clara sussurrou, sentindo Helena movimentar a perna novamente em seu centro. -Por Deus, pare! -Ela suplicou com a respiração entrecortada.

-Por quê?-helena perguntou sentindo o sangue correr mais rápido por suas velas.

-Porque eu estou muito... -clara sussurrou arrastando os dentes levemente pelo pescoço de Helena. -Muito excitada e isso vai molhar a sua calça.

-Se eu tirar a calça acaba o nosso problema então. -helena disse e Clara lhe fitou embriagada de desejo.

-Tem certeza?-helena levou uma de suas mãos até o melo das pernas de clara e deslizou dois de seus dedos com vontade pela região externa, sentindo o quão lubrificada a garota estava. -Oh, céus... Que delícia! -clara gemeu baixinho, se inclinando e tomando os lábios de Helena em um beijo mais intenso.

Uma grande batida na porta fez clara pular assustada e Helena remover a mão de onde estava.

-Abre a porta. Está chovendo muito!-A voz de Beun ressurgiu do lado de fora e Clara se ajeitou enquanto Helena corria em abrir a porta, murmurando mil palavrões no caminho. -Oh, graças a Deus.

-O que faz aqui?-helena perguntou, tentando não dar evidências de sua frustração.

-Você nos acordou e sol e Lumiar começaram a transar. Eu que não vou ficar lá empacando ou assistindo uma foda. -Ela disse secando as gotas de chuva que a tocaram.

-Odeio atrapalhar gente transando.

-Ah.- Helena disse, pulando para a parte de trás novamente e se deitando ao lado de clara. -Durma ai na frente, então. -Ela disse, sussurrando um “me desculpe” para clara antes de fechar os olhos.

Clara olhou para Bruna e sorriu, antes de se deitar e bufar. Mais uma noite que ela dormiria sentindo sua intimidade pulsar. Era alguma brincadeira mesmo, deveria ser...

Destino Inserto- Adaptação/ ClarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora