Capítulo 18

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-Se sente melhor? -Bru perguntou preocupada assim que viu clara sair com Helena do hospital e clara sorriu pela preocupação da mulher.

-Estou. Obrigada por me trazerem.

-Quando acordou Helena explicou o que houve? Helena é péssima em tranquilizar as pessoas. Uma vez eu fui internada e, quando acordei, a primeira coisa que ela me disse foi “Eu arrumei o chuveiro da sua casa.” -Bruna falou disparada e clara gargalhou, vendo Helena enrubescer.

-Bem, ela... não perdeu esse costume. – Clara disse sorrindo.

-Oh Clarinha, o que ela disse? -Sol perguntou curiosa.

-Prefiro não comentar. – Clara disse, vendo Helena respirar aliviada.

-Entrem no caminhão porque preciso recuperar o caminho. Vamos! -Helena disse e Lumiar suspirou, se inclinando para Clara assim que Helena marchou até a porta de seu caminhão e entrou nele.

-Como eu disse: Mocinha em apuros. -Lumiar sussurrou fazendo clara rir e todas entraram no caminhão, -E ai a borboleta entrou no meu quarto. -clara contava à Helena, que ouvia tudo rindo. -Imagina o meu desespero ao ver um monstro daquele invadir meu quarto de madrugada. Eu não pude dormir e nunca mais abri a janela de noite.

-Clara, borboletas são fofas e indefesas. -Helena disse rindo, enquanto as outras três assistiam a interação com uma grande interrogação no meio das testas. Se fosse uma delas contando sobre aquilo, tudo o que Helena faria seria responder entre resmungos e risos contidos. Com Clara ela Estava tendo todo um diálogo e paciência.

-Quem me garante que um espírito não a possua e ela fique malvada? -Clara indagou e outra risada de Helena ecoou pela lataria do veículo. -Pior, e se ela tivesse raiva ou algo que a fizesse ficar má?

-Cla, borboletas não têm isso. -Helena disse, levando sua mão direita até o nariz da menor e o apertando. -Não seja boba.

-Prefiro não arriscar, Helena. Eu não gosto de borboletas.

-Mas por qué? São tão meigas e fofas.

-Não gosto e fim. -Helena riu e Clara bufou, encostando sua cabeça no ombro de Helena. -Estou cansada.

-Cla... Assim eu não poderei mudar a marcha. -Helena disse séria. -E do que está cansada? Não fez nada.

-Deixa eu ficar aqui um pouquinho? É estrada reta, não precisa mudar a marcha agora. Já já eu saio. -Ela pediu e Helena sorriu no canto de seus lábios. Era impressionante como aquela garota ousada, sexy e provocante conseguia ser meiga e fofa também.

-Argh. Tudo bem. -Helena se deu por vencida fingindo uma carranca, mas no fundo ela havia amado aquele toque.

-Obrigada. -Clara respondeu sorrindo. -E sobre eu estar cansada... Bem, cansa não fazer nada também, sabia?

-Sou obrigada a concordar. -Sol se meteu. -Só não morri de tédio ainda porque meus olhos encontraram uma boa distração.

-Que distração?-Helena perguntou.

-É... hm, não vem ao caso. -Ela não diria à Helena

Que ver ela interagindo com Clara era fofo e divertido. Conhecia sua cunhada há tempo o suficiente para saber que ela se fechava quando alguém comentava sobre isso por achar essas situações embaraçosas.

-Lena, posso ligar a rádio? -Clara indagou, olhando, disfarçadamente, para o par de coxas expostas de Helena, já que a loira usava um short bem curtinho de moletom, cinza com as beirinhas pretas; gostosa, pensou

-Não. -Helena respondeu solenemente, todavia, Clara colocou uma mão sobre uma das coxas de Helena, sem malicia, e se aconchegou mais contra o corpo dela.

Por favor... -Clara pediu e Helena lhe olhou de soslaio. Como dizer não à uma imagem tão adorável? A maior rosnou baixinho e bufou.

-Tudo bem, Clara.-E, ao ouvir a menor bater palminhas de puro entusiasmo, Helena riu. Clara depositou um beijo na maçã do rosto de Helena antes de sintonizar em alguma rádio de seu agrado.

Bru riu, negando com a cabeça. Ela deveria ter levado o celular, definitivamente, mas era um trato delas: Nas viagens que faziam juntas ninguém levava celular. Porém a pequena loira não imaginava que sua outra irmã também arrumaria alguém e que ela ficaria sobrando.

-Não, Clara! – A voz firme de Helena trouxe Bruna de seus pensamentos.

-Por que não? Canta, vai?

-Não vou cantar com você. -Repetiu seriamente.

-Você é muito chata, sabia? -clara disse voltando a enterrar seu rosto na curva do pescoço da maior. Ela adorava o cheiro que a pele de Helena emanava e não perdia a chance de inalar aquele perfume natural cada vez que lhe fosse possível.

-Sabia. -helena respondeu e clara riu. A menor olhou para trás e viu que mais ninguém prestava atenção nela, pelo contrário, as três cantarolavam a letra da música que tocava de olhos fechados. Clara voltou a afundar o rosto do pescoço de Helena e levou uma mão até a coxa da maior, acariciando vagarosamente a região.

-Helena... -clara sussurrou em seu ouvido com aquela maldita voz que fazia a intimidade de Helena entrar em alerta. Helena sentiu todas as células de seu corpo se arrepiarem quando clara depositou um beijo lento em seu pescoço, subindo um pouco a cabeça e mordiscando o lóbulo de Sua orelha. -Vamos parar para comer? Estou com fome. -clara sussurrou, subindo um pouco mais sua mão, sem deixar que fosse algo imprudente, já que as garotas poderiam abrir os olhos a qualquer momento.

-Certo. -helena disse, notando como as batidas de seu coração se aceleraram. Clara continuou a provocar-lhe e quando Helena estacionou ela ficou confusa. -Comam. Eu já volto! -Disse séria, abrindo a porta do caminhão e se esquivando de clara para descer. A porta do caminhão fechou-se com certa brutalidade e a menina ali se viu perdida.

-O que ela foi fazer? -clara perguntou confusa, vendo pelo retrovisor Helena andar até a parte de trás do caminhão e logo sumir de vista.

-Vá ver por si própria. -lumiar disse dando de ombros, atacando o isopor no momento seguinte. Clara, por ser tão curiosa, realmente decidiu ir. A garota abriu a porta e desceu do caminhão. Apenas encostou a porta para Helena não saber que ela havia descido.

Caminhou até atrás do caminhão e deu de cara com Helena controlando a respiração, de olhos fechados e com a cabeça para o alto.

O que está fazendo? -clara perguntou e Helena abriu os olhos, lhe encarando.

-Vim pegar um ar.-Ela disse e clara assentiu, olhando para os lados antes de se aproximar de Helena.

-Você está muito.... linda. -clara disse, percorrendo seus olhos pelo corpo de Helena. -Eu não disse lá dentro porque você parece ser bem reservada
-E sou. -helena disse, sentindo o sol da manhã lhe acertar em cheio.

-Bem, vou deixar você tomar o seu ar, então. -clara disse, mas sentiu a mão de Helena se enroscar em seu braço e puxar ela para si, colando os corpos.

-E que tal se ficar e me ajudar a perder o ar? -0 sorriso provocante de Clara enfeitou seus lábios ao ouvir aquilo.

-Com prazer.....





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A Noite Volto com mais Um.

Destino Inserto- Adaptação/ ClarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora