Destino Inserto- Adaptação/ Clarena

capítulo 7

As orbes negras e abriram aquela manhã com muito esmero. A garota sentiu seu corpo ainda muito cansado, consequência de não ter conseguido dormir cedo. clara havia proposto alguma coisa entre elas, Helena tenha certeza, O problema é que ela nunca teve nada casual. Sempre foi uma mulher correta que só se envolvia sexualmente com suas namoradas e por isso transou apenas com cinco mulheres, todas elas agora ex-namoradas.

Sexo casual não parecia algo correto a se fazer, mas em seu mais profundo interior ela admitia que com clara a proposta foi bastante interessante. A garota era bem linda, sexy, doce e divertida e esse era exatamente o motivo de Helena ter rejeitado. Seu maior defeito era se apegar rápido demais; ela se sentia uma adolescente em seu primeiro amor, mas nunca conseguira amadurecer esse seu lado e, por esta razão, quando via alguém com potencial para laçar seu coração ela simplesmente fugia.

Clara iria seguir seu rumo em alguns dias, nunca mais se veriam e, a menos que tivesse mal interpretado as coisas, se ela tivesse aceitado teriam um sexo, provavelmente, delicioso, levando em conta a forma como a garota gostava de provocar, contudo, Helena não correria o risco de se apegar àquela garota. Não podia e por isso a evitaria.

-Bom dia, Helena! -Bruna desejou assim que sua irmã saiu do banho.

- Dia! -helena respondeu baixo. – Onde está clara?

-Acordou bem cedo e tomou um banho demorado, depois saiu com Lu e sol. Devem estar no caminhão. -helena assentiu e pegou sua mochila.

-Quando estiver pronta é só sair. Deixarei tudo pago na recepção. -E saiu. Depois de ter acertado tudo na recepção ela se dirigiu até o caminhão, não acreditando no que ouvia. A rádio do veículo estava ligada.

Aumentou a velocidade dos passos e adentrou o veículo, desligando a rádio no mesmo momento. Seus olhos estavam acinzentados devido à intensa raiva.

-O que eu disse sobre não ligar a droga do rádio? -Ela perguntou de forma rispida, olhando para clara com fúria. -Onde estão Lumiar e Sol?

-Disseram que foram te procurar. -Clara disse levemente assustada.

-Ótimo, desça do meu caminhão! -Exigiu. -A partir de agora você está por sua conta.

-O quê? -Perguntou incrédula. -Helena, por favor...

-Não! Desça já! -O olhar triste de Helena deu a entender que ela havia entendido.
-Certo. -Ela disse baixo. -Me desculpe pela rádio, eu só achei que não teria problema...

-Teve! -O tom firme de Helena impediu Clara de dizer qualquer outra coisa. A mais nova apenas pegou seu vestido azul de onde havia deixado. Os olhos negros acompanharam a garota descer do caminhão e pegar sua gata junto.

-Hey... -Helena gritou, fazendo Clara lhe fitar. -Aonde arranjou esse vestido? -Perguntou se referindo ao que ela usava no momento.

-Eu emprestei. -Bruna surgiu ali de repente. -E ficou ideal nela-Disse sorridente. Helena apenas assentiu quieta e Clara suspirou.

-Boa viagem, Bru. Foi um prazer conhecer você. -Clara disse, fazendo a outra franzir o cenho.

-Como assim? Você não vem com a gente? -Clara negou com a cabeça e sorriu-lhe fraco.

-Boa sorte em sua jornada. Vou ao banheiro trocar de roupa e já te devolvo o vestido.

-Não precisa. Seu vestido está molhado e eu realmente prefiro que você fique com esse. -Bruna disse sorrindo simpática.

-Bem, muito obrigada então. -E dito isso, foi para a beira da estrada voltar a pedir carona. Um grande vinco se formou na testa de Bruna.

-Eu não entendi! Ela saiu daqui para pedir carona para a mesma direção em que vamos?

-Eu a expulsei. -Helena disse seriamente. Bruna arregalou os olhos e olhou confusa para Helena.
-O quê? Por quê?

-Não está dando certo viajar com ela.

-Helena...

-Está livre para se juntar a ela caso discorde de minha decisão. -Helena disse, batucando os dedos no volante. O rapaz da recepção, de repente, se aproximou de Clara.

-Você está com um péssimo humor esta manhã, mas isso não te dá o direito de ser grosseira com os outros. -Helena acompanhou Clara negar algo com a cabeça e o rapaz tocar-lhe o braço gentilmente. Clara voltou a negar e tentou se esquivar do toque, no entanto o rapaz não lhe soltou.

“Você não tem nada a ver com isso.” Helena pensou.

O garoto tentou dar um beijo em Clara e a garota se esquivava, mas ainda sorria fraco. Clara empurrava com suas mãos o peito daquele homem, tratando de manter distância, mas o mesmo era insistente. Sorria galante e falava algo que Helena não podia ouvir. O homem jamais foi grosseiro, ríspido ou algo assim, era só um idiota que não entendia um não. Helena bufou e abriu a porta de seu caminhão, caminhando até os dois.

-Clara! Vamos.- Gritou séria e ambos lhe olharam.

-Ela já já vai. -O rapaz disse simpático. -Não é, boneca?-Helena se aproximou e segurou gentilmente no pulso de Clara.

-Vamos? -clara lhe fitou com mágoa, mas entre aquele babaca e Helena a escolha era óbvia. Com um breve aceno de cabeça ela se despediu do rapaz e seguiu o caminho para o caminhão. -Sempre terá babacas como esse. -helena resmungou

-Pode me deixar alguns metros daqui. -clara disse, entrando no caminhão. Lumiar e sol já estavam lá e Bruna já havia lhes explicado o que houve.

-Você irá conosco. -Helena  disse séria e clara lhe fitou.

-Não, obrigada. -Os três pares de olhos assistiam tudo da boléia. Helena suspirou lentamente e encarou clara.

-Olha só, me desculpe ter estourado daquela forma com você. – As três garotas se cutucaram atrás delas. Helena não pedia desculpas assim, ela simplesmente fazia um longo silêncio e logo tudo voltava ao normal.

-Certo. -Clara disse olhando para a estrada. Helena ligou o caminhão e seguiu o rumo. O silêncio era denso, não tranquilo como antes e ela sentia que devia dizer o motivo de ter estourado daquele jeito. Afinal, sair gritando do nada com alguém que sempre foi gentil com você era, no mínimo, algo bem estúpido a se fazer.

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Volto a Tardezinha com mais 3, capítulos. Bom Feriado!!!