𝔓𝑟𝑒𝑑𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠𓂃⊹๋࣭ ⭑

Capítulo 7:

Me abaixei até ele notando o mesmo acordar. Algumas lágrimas escorreram de meu rosto mas às limpei antes que ele percebesse.

- Minha Sice._ Ele ditou em tom baixo, fazendo o que parecia ser um grande esforço para se levantar.

- Eu estou aqui._ Levei as mãos ao seu rosto sob a máscara encarando seus olhos.

- Eu esperei por você todos os dias._ Seus olhos demonstravam um alivio realmente grande enquanto falava comigo, mais ao mesmo tempo os traços da doença.

- Eu pensei em você todos os dias._ Alcancei uma de suas mãos e sorri carinhosamente para ele.

Eu estava feliz em estar com ele, mas preocupada por seu estado, eu precisava medicá-lo o quanto antes. Sibylla correu até mim me abraçando fortemente, lágrimas corriam de seu rosto enquanto ela ditava o quanto sentiu a minha falta e o quanto estava com medo de eu nunca mais voltar, retribuí seu carinho na mesma intensidade e assim que a soltei notei o olhar dela em Belian, apesar de não se falarem aquele olhar valia muito mais que uma simples frase.

Pedi que levassem Balduíno para o quarto e o acompanhei por todo o caminho. Pelo caminho, acabei encontrando Guido e Renaud, foi notável suas expressões de extrema surpresa ao me ver, claramente não esperavam que eu fosse voltar, porque se voltasse é porque o motivo pelo qual parti havia dado completamente certo, e se eu curasse o rei os planos de Guido subir ao trono estaria acabado.

- Senhorita Sicely, fico feliz que tenha retornado a salvo._ Guido balbuciou.

- A beleza estonteante de nosso reino está finalmente de volta, é um prazer revê-la senhorita._ Renaud ditou de maneira cortez e atrevida ao me aproximar de ambos enquanto passava com Balduíno em direção ao quarto dele.

- Agradeço._ Disse de maneira fria enquanto encarava ambos.

Eu sentia o ódio e maldade que irradiava deles, pois sabia de suas intenções e do que fariam no futuro. Não havia nada de bom que viesse daqueles homens, seus corações eram tão escuros quanto o mar em uma tempestade, parte daquele ódio estava sendo direcionado a mim, porque agora que estou aqui eles sabiam que eu faria de tudo para curar Balduíno.

Assim que chegamos no quarto retirei da bolsa a seringa que continha o remédio, Balduíno não estava bem, ele mal conseguia respirar e eu via que era um esforço enorme e muito doloroso apenas para inspirar e expirar. Ele estava sofrendo e ver ele naquela situação partia meu coração de maneira tão dolorosa que eu seria capaz de trocar de lugar com ele para que ele pudesse viver bem sem sofrer tanto, eu seria capaz de tomar as dores dele para mim se fosse possível.

Eu me virei de costas para ele, me sentia imensamente triste ver ele daquele jeito novamente mas precisava ser forte, por ele. Respirei fundo limpando algumas lágrimas que escorreram em meu rosto e voltei minha atenção para o mesmo.

Me aproximei dele me ajoelhando ao lado da cama e encarei seus olhos suspirando fundo. O medo tomou conta de mim por um momento, mesmo que esse remédio tenha dado certo, e se nele não der? E se eu estiver dando falsas esperanças para ele? E se o tempo passar e ele não melhorar?

- Sice._ Ele me chamou me tirando de meus devaneios.

- Sim?_ Ditei olhando em seus olhos tentando não transmitir a ele que estava com medo.