Não quero Dinheiro

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Esse capitulo foi corrigido porcamente e será melho visto mais tarde, e ja sabem né? Gatilhos pra da e vender.

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Kelvin não sabia há quanto tempo seu coraçãozinho não sentia felicidade. Sua cabeça girava em tristeza e raiva, raiva do mundo, de tudo. A tristeza vinha à noite, sozinha com lembranças e uma solidão que cortava o peito.

Acordou subitamente sentindo algo no peito, pensou que ia infartar. Até mesmo checou se seu braço estava funcionando, e estava. Não era ansiedade; não tinha nenhum gatilho. Deveria acordar normalmente, como acordava depois de uma foda, ou no caso, vários ao longo da semana.

Mas não, seu coração batia rápido, e seu corpo estava mole, como se os orgasmos pudessem ter se estendido pela noite toda. Não era apenas a primeira vez de Ramiro; também era sua. Trocar de posição não deveria ser um problema, nem mesmo uma grande coisa. O que o atormentava então? Na verdade, gostava da sensação de poder.

O corpo enorme de Ramiro dormindo calmamente. Por curiosidade e respeitando o método científico, tentou abraçar ele na conchinha, e logo recebeu o choque, com sua mente se acalmando como mágica. Lembrou-se de quando sua mãe o banhava com sabão de coco e o colocava para dormir, sentia-se seguro, com seu corpo calminho. Será que era isso que Ramiro transmitia então? Segurança? Não, não podia ser. Segurança era coisa de gente besta, que confiava e perdia tudo.

Já tinha confiado em alguém um dia, e dizia a si mesmo que só cometeu esse erro porque ainda era jovem demais. Se desvinculou abruptamente dali, ouvindo um ronronar do maior. Ia voltar, ia voltar para o seu quarto com suas roupas, bolsas e maquiagem, lembrar por que estava ali de verdade, e não para quebrar a cara. Prestes a levantar, sentiu Ramiro se virando e o puxando. Sentiu frio por estar apenas de roupão.

- volta pra eu kevin - o maior o puxou pra cama novamente fazendo kelvin se aninhar em seu peito.

O calor do gigante era tão gostoso, ouvir seu coração calminho, e a respiração leve, talvez Kevin pudesse aproveitar a segurança só um pouquinho.

Não sabia quanto tempo tinha passado, estava na cama ainda quando acordou pela segunda vez com Rams dando beijinhos no seu pescoço.

- Bom dia, benzinho. - se apoiou no peito de kelvin , deu uma leve lambida na pele exposta pelo roupão que fez seu corpo arrepiar um pouquinho.

- Bom dia rams rams, que foi ?

Era um fato que Ramiro era mais quieto, e ficava muitas vezes perdido em seus pensamentos, porém meio que as coisas sempre foram assim, antes de qualquer frase sair de sua boca as palavras era muito bem pensadas, e repensadas, quando ficava nervoso ou não falava nada, ou falava tudo de uma vez de um jeito que ninguém entendia. E algumas palavras saiam erradas sem ele querer, elas apenas não faziam sentido ou se enrolavam na sua língua, e não ter um vocabulário vasto não ajudava, o pouco que conhecia não parecia suficiente às vezes.

Que nem nesse momento que queria muito que kevin o acordasse o mamando " é assim que fala ?" Pensou, tentava achar as palavras dentro de si, e querendo as colocar pra fora enquanto lambia o peitoral definido e apertava o peito farto, adorava aquele peitoral queria poder apertar por horas. Se afastou um pouco tomando a coragem que precisava para proferir a frase completa "mama eu ", mas sua boca travava e começou a ficar nervoso.

Tudo era mais fácil quando Kevin era mandão, que nem na penteadeira, porque obedecer ordens era o natural de Ramiro, agora pedir, pedir era insuportável. Mas Rams parecia ter ganhado na loteria, por que não foi preciso falar, o menor encarou seu pau duro pela cueca preta, e entendeu o recado, jogando o corpo do gigante para ficar deitado em cima da cama.

PurgatórioOnde histórias criam vida. Descubra agora