𝙇𝙞𝙩𝙩𝙡𝙚 𝙇𝙤𝙨𝙩 𝘽𝙤𝙮

capítulo 7

Poucos dias depois da morte de seu pai, Stiles se senta com Chris, Peter e Natalie.

Natalie lhe dá um sorriso tranquilizador. “Oi Genim.”

“Mieczyslaw Genim Stilinski”, ele sussurra, inquieto e olhando para baixo.

Peter e Chris trocam um olhar antes de Natalie falar. "Esse é o seu nome?"

Stiles olha para ela e balança a cabeça. "Não. Hum, sim. Talvez? Era."

“Por que você deu um nome diferente aos seus pais?”

“Eu-” ele funga e respira fundo como Natalie lhe ensinou. Ele mantém os olhos nela, incapaz de olhar para seus pais, com medo do que verá se o fizer. “A-Depois que meu Matka morreu e eu vi meu Tatuś ser baleado, eu não queria mais ser Stiles. Doeu tanto. Ele esfrega o peito enquanto ele aperta. “O nome de solteira da minha Matka era Gajos. Eu nunca quis mentir. Eu estava com medo e pensei que me entregariam ao CPS se soubessem meu nome. Eu não queria ser enganador.”

O coração de Peter dói pelo filho deles. “Ah, querido. Nós nunca teríamos feito isso com você. Teríamos procurado seus pais assim como fizemos com o nome que você nos deu. Nós te amamos e você é nosso filho. Nada jamais mudará isso.”

Natalie sorri e acena em aprovação antes de olhar para Stiles novamente. “Então vamos continuar com Genim. Você pode me dizer o que aconteceu naquele dia? ela perguntou, cruzando as pernas e se preparando para escrever em seu bloco de notas.

Stiles assente e respira fundo. "Vou tentar." Ele se derrete no abraço de Peter e segura a mão de Chris. “Minha mãe estava doente e o hospital era o melhor dos melhores do país. Tentamos outros lugares, mas eles não puderam ajudar. Achei que ela ia melhorar porque o médico dizia que ele era o melhor, mas ficamos muito tempo ali. Lembro-me de me sentir invisível para todos, menos para meus pais. Queria que alguém me visse, mas fiquei quieto porque mamãe era o mais importante.

No dia do tiroteio eu disse à mamãe que a ajudaria em qualquer coisa que ela precisasse. Subi na cama e a abracei porque ela disse que isso a ajudaria a se sentir melhor. Acabei adormecendo. Quando acordei, ela sorriu para mim, e lembro-me de me sentir tão seguro e então perguntei se ela estava melhor. Como se abraços curassem pessoas tão doentes quanto ela.”

Peter esfrega as costas. “O conforto vem de várias formas, Gen. Os abraços são muito importantes para a saúde mental e emocional. Pode não curar tudo, mas ajuda o coração.”

Stiles funga e acena com a cabeça. “Stilinski sempre dá os melhores abraços.” Chris e Natalie trocam olhares e Natalie faz uma anotação para discutir a luta pela identidade.

“Então, então a mamãe disse que o médico tinha que dizer que ela poderia ir, e eu fui até a porta para buscá-lo quando ela parecia assustada. Eu não sabia por que, mas ela disse que precisava do maior abraço de todos os tempos, o que eu ansiosamente dei a ela. Ela me abraçou com muita força e depois me disse que havia pessoas más e que eu precisava me esconder. Subi em um pequeno armário e ouvi a máquina ficar plana. Ela morreu quando teve certeza de que eu estava escondido. E-Então papai veio me procurar. Eu espiei e o vi sorrir, aliviado por estar bem e então bang! ele solta um soluço sufocado. “O bandido atirou no papai e eu fiquei com tanto medo que...” ele para, envergonhado.

"Está tudo bem, general. Você pode nos contar qualquer coisa", Chris o encoraja suavemente.

Stiles começou a tremer sutilmente. “Vomitei e molhei as calças porque estava com muito medo. Eles pegaram o bandido e eu peguei o distintivo do papai. Ninguém sequer me notou. Vi sangue no corredor e corpos no saguão. Mamãe morreu e outras quatorze pessoas foram mortas, incluindo papai. Procurei o policial porque papai sempre disse que eles são confiáveis. O cara parecia irritado por eu tê-lo incomodado. Aí uma enfermeira veio, mas quando eu não atendi, porque estava em estado de choque, ela simplesmente decidiu que o CPS deveria ser chamado. Fiquei ainda mais apavorado porque foram essas cartas que ouvi quando levaram meu amigo Scotty embora depois que seu pai foi preso por ser um homem muito mau. Fugi e acabei no parque onde Theo me encontrou.”