comando

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- ei!.
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-voce está acordado?

- que horas são *murmurei*

- o sol acabou de nascer!

- porquê você tá me acordando tão cedo!

- para aproveitar o dia

- cala a boca vocês dois ou eu jogo vocês pela janela! *Gritou Lívia, ainda dormindo*

- oque você quer, Lucas?

- vamos fazer alguma coisa!

- chama a Lívia, eu tô dormindo

*Lívia levanta o dedo do meio*

- não, tô bem com você

- chama a Celine então, me deixa dormir

- ela é meia estranha *sussurra*

- eu devia ter amarado você também* levanta da cama*

- vocês costumam acorda que horas?

- não sei, não tínhamos relógio, era automático. Oque você quer?

- sei lá, antes eu acordava e ficava conversando com Ryan, porém agora eu meio que estou sozinho

- você me acordou para conversar?!

- talvez

- inacreditável*deita na cama novamente*

- vamos lá! Acorda!

Os dois então desceram as escadas e foram até a parte de fora do prédio

Gabriel: Lucas?

Lucas: o que?

Gabriel: não é perigoso ter algum infectado nessa hora? O sol ainda está nascendo*perguntava enquanto olhava os arredores*

Lucas: não vamos muito longe

Enquanto caminhavam pelas ruas escuras, o cascalho debaixo de seus pés rangia, ecoando contra as fachadas silenciosas das lojas. O amanhecer se infiltrava lentamente pelo céu, tingindo o cinza das nuvens com tons fracos de rosa pálido.

A umidade da noite deixara vestígios, pintando as ruas vazias com um brilho translúcido. Eles se entreolhavam de vez em quando, observando detalhes enquanto a natureza retomava o que um dia fora da civilização: heras serpenteavam pelas paredes, raízes rastejavam através do asfalto rachado e árvores encontravam abrigo em meio aos edifícios desolados.

Os olhares se encontravam sem pressa, compartilhando um entendimento silencioso da beleza efêmera na decadência ao redor. Entre olhares furtivos, Gabriel encontrava encanto na nova ordem natural que se estabelecia, enquanto Lucas, mesmo sem expressar, parecia mais intrigado com a decadência e a destruição que a cidade testemunhara. A diferença de seus interesses não era evidente, mas se manifestava sutilmente através de seus olhares e da forma como cada um absorvia o ambiente ao redor.

Gabriel: não é incrível?

Lucas: oque?

Gabriel: tudo isso! Essa rua costumava ser tão movimentada por carros e pessoas, agora é apenas uma pequena selva, cheia de vida e cor

Lucas: eu diria que é deprimente

Gabriel: deprimente?! Porque você acha isso?

Lucas: é muito verde, eu preferia o cenário Urbano. As luzes da cidade a noite, o barulho de pessoas rindo e se divertindo, era mágico

Gabriel: bem, acho que cada um tem sua opinião

Lucas: *senta na calçada* nem sei se isso ainda pode ser chamado de cidade

A doença Onde histórias criam vida. Descubra agora