colapso

12 2 0
                                    

Aonde eu estava? Eu conheço esse lugar...

Era uma floresta, algo maravilhoso, senti o silêncio e o vento sobre meu rosto, as árvores verdes como uma esmeralda e a água cristalina do rio que corria do lado. Isso era real?

Abri meus olhos, voltei para aquela sala, não sei se ainda estou delirando , porém não escuto mais os gritos, não tão altos, eles estão abafados

-Pessoal?

Olhei para o lado e vi que as duas estavam nas mesmas posições que eu vi por último, não mexeram um músculo

-Vocês estão bem?

Elas devias estar em transe, assim como eu. Então fui até a porta, pensando se seria correto ariscar abri-la, porém assim que eu pensei em colocar minha mão no cadeado, Lívia gritou comigo

- não se atreva!

Dei um pulo

-oque?!

-voce tá ficando louco!

-mas está tão quieto

-voce quer nos matar!

-eu só quero ver o que está acontecendo! A polícia já deve ter chegado

-voce não está escutando os gritos?!

- estão abafados, devem estar vindo de fora

-se você está ouvindo os gritos porque quer ir lá ver!?

Então ficamos encarando um ao outro

-vem, levanta Celine

Então livia puxou Celine para que ela ficasse em pé, claramente estava bastante abalada

- oque você vai fazer? Perguntei

-não era voce que queria sair!

-mas você não estava querendo ir até agora pouco

-apenas vamos Gabriel, vamos sair por trás da escola e correr

-tudo bem

Então nós três nós preparamos para abrir a porta, passei a chave no cadeado e destranquei *click*, ele abriu. Assim que puxamos a porta a luz nos cegou por alguns segundos, saimos devagar da sala e andamos até o fim do corredor isolado

-virando o corredor é o pátio, apenas corram. Disse Lívia

Todos concordamos e seguimos em frente, e assim que chegamos no pátio a cena nos congelou, muito, muito, muito sangue mesmo. Na parede, em poças no chão, marcas de mão nas portas, porém nenhum corpo

-CORRAM!

Corremos o mais rápido possível até a saída, subimos a escada, passamos pela porta de vidro, pulamos pelo jardim e assim que chegavamos mais perto do portão os gritos apenas aumentam. Cruzamos o portão na esperança de encontrarmos polícias do lado de fora, porém tudo o que achamos foi muito caos

Ficamos novamente sem reação, eram muitas pessoas correndo, carros desgovernados, barulhos de tiros e gritos por todos os lugares, helicópteros rodando os céus e tudo mais

-OQUE ESTA ACONTECENDO! gritei

Antes de qualquer reação, vimos uma manada de pessoas vindo em nossa direção, sem hesitar corremos o mais rápido na direção oposta.

-APENAS CORRAM! gritou Lívia

Então, enquanto corríamos escutamos barulhos de tiros vindo de trás, esses barulhos aumentavam mais e mais, até que ouvimos uma explosão, tudo dremeu e tudo ficou preto.
.
.
.
.
.
.
Novamente na floresta, o clima calmo e o ar humido do rio. Que merda de lugar era esse?

-EI!

Gritei na tentativa de chamar alguma atenção, porém eu estava sozinho. Será tudo isso um sonho?
.
.
.
.
.
.
.
Abri meus olhos e tudo o que eu vi era...nada. Estava tudo escuro, quando a ideia de eu estar cego se passou pela minha cabeça, de repente eu vi um raio de luz saindo de um buraco na escuridão, estiquei minha mão e toquei nela, era gelada e empoeirada. Não estava cego, na verdade estava preso

-Ei! Alguém aí?

Tentei andar porém apenas 2 passos foram o suficiente para eu ficar encurralado

-Ei! Eu acho que estou preso

Eu chamava por ajuda, porém parecia que estava sozinho, era tudo um silêncio. Parei para escutar alguma coisa, pelo menos uma respiração iria me convencer que não estava sozinho, porém tudo o que escutei foram barulhos do ventos sobre as folhas das árvores. Eu estava em uma espécie de vazio, não enxergava e nem sentia meu próprio corpo, ainda estou vivo?

-ALGUÉM!?

Eu então abaixei minha guarda

-Que vacilo, o que está acontecendo

Então eu me lembrei que não estava sozinho, eu me meti nessa encrenca com minhas amiga... porém, aonde elas estavam?

-Lívia! Celine? TEM ALGUEM AI!

Eu já estava começando a ficar assustado com o escuro, era deprimente não ver nada. Então para descontar minha frustração eu empurrei a parede que estava em minha frente, e para minha surpresa ela se mexeu. Pode não ser algo maravilhoso, porém se ela se mexe, ela está solta! Não está presa em nada e tem a possibilidade de cair. Então comecei a empurrar, e cada vez que eu fazia esses movimentos para frente e para trás, mais longe ela ia, até que finalmente ela caiu. Fazendo um entrando de concreto quebrando e subindo um pó, ela caiu

Eu tossia e fechava meus olhos para me proteger da luz, há quanto tempo eu fiquei naquela escuridão para a luz do sol queimar tanto meus olhos? Bem, consegui enxergar novamente, em minha frente vi a fachada de uma loja toda destruída e a cidade abandonada

-Que merda é essa. Pensei

Estava andando pela loja que eu acordei quando eu me vi pelo reflexo do que costumava ser uma janela. Eu estava coberto de poeira e todo machucado, com cortes, arranhões,ralados e sangue seco. Assim que eu vi isso, alguns dos cortes começar a arder

-Que merda! Resmunguei de surpresa e dor

Não era a piores das dores, porém inrritava um pouco, também me vi com muita sede, decidi procurar alguma torneira, andei por dentro doque sobrou da loja, isso ainda podia ser chama de loja? Enfim, achei uma tornei, e apressadamente abri-la para beber água, alguns goles foram tomados até que ela se esgitase, frustrante porém já saciou metade da sede que estava. Foi quando escutei um barulho de pedras rolando

-Ei! Me tira daqui

Era a voz de Lívia, corri par aonde a voz estava vindo, e ela estava na mesma situação que a minha, presa embaixo de uma parte de concreto, me aprendeu para ajuda-la. Assim que puxei a pedra e libertei ela, vi que estava igual a mim, toda coberta de poeira e bastante machucada, fiquei bastante preocupado com o que tinha acontecido com a gente

-HAHAAHAHAJAJAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAHAHAH. Ri

-do que você tá rindo!. Falava ela enquanto ainda tinha dificuldades para enxergar com o sol

-HAHAHAA desculpa HAHAHAHAHAH mas você tá branca igual um fantasma HAAHAHAHAH

-oque?!

Assim que ela abriu os olhos e me viu, também riu. Logo estávamos os dois rindo um do outro, ficamos alguns minutos secando as lágrimas das risadas que demos até finalmente lembramos da nossa situação

- oque aconteceu?! Questionou ela

- eu não faço ideia

- a última coisa que me lembro é de a gente estar correndo...

- e ouvir uma explosão

-!!

De repente ouvimos um grito.














A doença Onde histórias criam vida. Descubra agora