A doença estava se tornando agressiva, e nesse ponto sabíamos que não era uma simples gripe, na verdade era algo bem mais sério, porém, mesmo com tudo isso acontecendo nenhuma atitude foi tomada.
Durante a aula, eu e Lívia conversávamos sobre isso
-Sim, eu ouvi falar sobre o coma. Respondeu ela
-Estranho, não é?
-Não era só uma gripe?
Bem, era o que nos falaram. Mas eles não estão preocupados com nada, depois que abriram o novo laboratório misterioso, a única preocupação deles é lucrar em cima disso
-Não foi ontem que a gente estudou sobre vírus e bactérias?
-Foi sim, porquê?
-Não acho que seja possível um vírus fazer as pessoas entrarem em coma
-Você não sabe nem o que comeu ontem e quer saber disso hahaha
-Ei!, me respeita rapaz hahaha
-Ei! Silêncio na minha aula! Gritou a professora
Ficamos em silêncio, ou quase, até o almoço.
-Celine:Essa comida é deprimente
-Lívia: é feita na base do ódio, só pode
-Gabriel: quando eu for rico irei sair dessa cidade e contratar um chefe particular para me fazer comida
-Lívia: hahaha, vai sim, confia
-Celine: hahahaha
-Gabriel: ei! Vou mesmo, e vocês? Morar em baixo da ponte
-Celine: quem vai fazer isso é você. Eu vou abrir uma lojinha de doces e viver disso
-Gabriel: vai falir no primeiro dia
-Lívia: ja eu vou trabalhar na loja do meu pai
-Gabriel: eita como é filhinha de papai
-Celine: muito querida ela
-Lívia: vocês estão com inveja, isso sim!
-Gabriel: inveja de pobre?
-Celine: hahahah
Conversamos um pouco mais até que o intervalo chegasse ao fim. Já no próximo dia a situação começou a mudar, o governo emitiu um alerta e declarou epidemia, coisa que deveria ter sido feito muito tempo atrás. Foi decepcionante sabermos que o única ação deles foi isso, foi como um "admitimos que algo está acontecendo, pronto estão felizes?"
Nossa vida continuava a mesma, as aulas e o trabalho de todos não foram mudados, nem máscaras ou ações preventivas, apenas um alerta. É óbvio que isso causou mais revolta, a ponto de multidões lotarem o planalto e consequentemente os hospitais, era uma verdadeira revolta em todo o País.
Bem, a situação já estava séria e a polícia ficou alerta em todo o País para parar as multidões, funcionou, parece que ainda tinham alguma autoridade nesse lugar.
Na verdade, o mais chocante foi como nós ignoramos tudo o que estava acontecendo, somos apenas adolescentes, não fazíamos ideia da bomba que estava se formando e nossa única preocupação era a escola. Pensávamos "uma doença? Tudo bem, não é dá nossa conta". Alguns dias se passaram e as coisas não se acalmaram, na verdade estava começando a piorar, mais e mais pessoas em coma e mais pessoas revoltadas, era como uma balança tentando manter o equilíbrio, quando mais pessoas ficavam doentes mais pessoas se revoltavam, por sorte as autoridades estava dando conta dos manifestantes, agora não pode falar a mesma coisa dos profissionais da saúde. A situação nos hospitais estava difícil, médicos sobrecarregados tentando dar seu maximo para ajudar seus pacientes, porém praticamente abandonados e sem saber com o que estava lutando era difícil fazer seu trabalho. A única esperança deles era a taxa de mortalidade, que deis de quando o surto começou ela continuo em 0, essa era a última chama de esperança deles, e também consequentemente seria o motivo da nossa destruição.
1 mês havia se passado deis do começo de tudo isso, o governo havia lançado um alerta de epidemia mas apenas isso. O vírus havia se espalhando por quase todo o País e já havia casos em outros, até agora ninguém sabe qual seu meio de contaminação ou como ele age, apenas sabemos que ele é instável e vive mudando, também paciente zero provavelmente foi em nossa cidade. Bem, mais uma vez nossa única preocupação era as férias, faltavam menos de 3 semanas para elas e estávamos ansiosos para esse descanso
-Não aguento mais essa escola! Exclamou livia
-Aguenta apenas mais 3 semanas. Celine falou
-Daqui 3 semanas eu nem sei se vou estar viva!
-Rainha do drama
-Tomara que caia uma bomba nesse fim de mundo que vocês chamam de escola
- alá, ficou brava hahaha
- Vamos para a aula Celine!
-ish, lá vamos nós
Então as duas foram para a sala e assim que chegaram Lívia jogou sua bolsa na mesa
-Nossa!. Exclamei
- oque foi?!
-ish, nada
-acho bom
-ei..o que rolou?
-sei lá, apenas brinquei com ela
-oque você disse?
-que ela era a rainha do drama
- ué, e tá mentindo hahaha
-deve está chateada hoje
-sim
-PAREM DE FALAR DE MIM COMO SE EU NÃO ESTIVESSE DO LADO DE VOCÊS!!
-se acalme. Eu falei
-EU TO DE TPM!
-percebeu agora?
-para eu voar na sua garganta é 3 segundos!
-ok ok
Assim que a aula acabou eu segui meu caminho que passava em frente ao hospital, o cenário era sempre o mesmo, muitas pessoas doentes e policiais sempre tentando acalmar alguém que está passando dos limites. Eu nem me dava ao trabalho de abrir sites de notícias pois sabia que o assunto era sempre o mesmo, e era tediante isso tudo, eu tinha mais coisas para favor doque me preocupar com isso, os outros que resolvam seus problemas! Isso ainda não era problema meu!
1 semana se passou e o laboratório começou a pegar pacientes em diversos estágios da doença para estudo, tudo com permissão dos parentes e dos próprios pacientes, claro. Logo foi liberada a primeira informação oficial, os três estágios
O primeiro era a contaminação -que ainda era desconhecida - na qual o paciente sentia sintomas gripais.
O segundo os sintomas já evoluíram para perda de apetite, dores fortes na cabeça e fadiga.
O terceiro era o coma.
Bem, todos já sabíamos disso, era outra coisa óbvia, oque o povo realmente queria era respostas de como isso começou e como parar. Porém tudo o que o laboratório falou foi que o terceiro estágio era o último e felizmente não haviam mortes, a cura estaria próxima.
Bem, eles erraram feio ao deduzir que o coma seria o último estágio, na verdade existia um quarto estágio. E esse seria o pior.
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A doença
Science FictionEm um mundo onde uma epidemia de uma doença misteriosa ameaça a humanidade, três jovens veem suas vidas mudarem completamente . Unidos pela necessidade de sobrevivência, enfrentam desafios, conflitos pessoais e a origem de tudo isso.