vinculos

5 1 0
                                    

O clima no laboratório era de inquietação e dúvida.

Lucas: você descobriu o que?!

Ryan: a última peça do quebra cabeça!

Celine: peça?

Ryan: a cura é real! E tudo ficou mais claro agora. O sangue dos três é a resposta!

Lívia: nosso sangue?

Ryan: sim, eu testei o sangue seu e o meu com o vírus ativo nele. Apenas o seu sangue conseguiu eliminar 100% o vírus sem nenhuma alteração

Celine: então o que isso significa?

Ryan: tem algo em vocês que não tem nós outros, e essa é a chave para a cura

Lucas: e oque seria isso?

Ryan: esse é o problema!

Gabriel: sempre tem um problema...

Lívia: o que aconteceu?

Ryan: na verdade a pergunta seria: o que falta?

Celine: e oque é?

Ryan: um computador para eu conseguir analisar a composição sanguínea

Lucas: tem vários aqui!

Ryan: todos quebrados!

Celine: todos?!

Ryan: vamos dizer que nesses três anos eu descontava minhas frustrações neles ..

Lívia: e o que vamos fazer agora?

Ryan: na recepção tem computadores em perfeito estado!

Lucas: então vamos pegar

Ryan: mas tem um problema

Lucas: qual seria?

Ryan: vocês não vão conseguir sem mim. Eu preciso desativar ele manualmente sem corromper tudo o que tem dentro

Gabriel: então é só você ir com a gente?

Lucas: esse é o problema, ele é maluco! Não consegue sair desse andar

Lívia: o que?!

Ryan: eu acabei criando uma fobia...

Lucas: maluco!

Lívia: e como vamos pegar o computador?

Celine: precisamos dele!

Ryan: eu posso tentar, mas não sei se consigo

Lívia: o que?! Você fez toda essa bosta e agora não está disposto a arruma?! Só falta esse computador!

Ryan: é diferente

Lívia: diferente nada! Oque custa você tirar a bunda desse laboratório?

Lucas: ele vai, nem que seja forçado! Não vou perder a oportunidade de curar todos apenas porquê alguém tem medo de descer escadas!

O prédio se erguia diante deles, um símbolo do passado glorioso agora reduzido a um labirinto perigoso. Ryan sabia que o computador crucial para completar a cura estava na recepção, mas sua mente lutava contra uma fobia que o havia mantido em um cativeiro num único andar por tanto tempo.

Cada degrau que levava ao térreo parecia uma eternidade de desafio e desconforto. O medo que o aprisionava ali há anos agora se erguia como lembranças do passado que o aterroizavam.

Com o coração batendo descompassado, ele começou sua descida, cada passo pesando como se fosse uma batalha contra seus próprios demônios internos. Cada andar, um confronto com os medos que o acorrentavam, uma luta entre a necessidade urgente de completar a cura e o receio que o paralisava.

A doença Onde histórias criam vida. Descubra agora