Lena's Pov
Nosso fim de semana se encerrou antes do esperado, na manhã seguinte arrumamos nossas coisas e voltamos para National City, pedi desculpas a Clark e Louis por haver estragado o clima e o fazendeiro apenas me deu um abraço de urso muito parecido com o de sua prima dizendo que lamentava o ocorrido e esperava que voltássemos em um momento mais oportuno. Louis nos mandou alguns bolos e pães com a ideia de que poderíamos ter fome durante a viagem. Kara com certeza teria.
Ajudamos o casal a guardar toda a tralha que havia sido trazida no carro de James em cima dos estábulos e seguimos viagem.
A viagem de volta pareceu ser menos desagradável do que a de ida, talvez seja pelo braço de Kara a minha volta ou seu ombro confortável onde estava pousando minha cabeça. Estavam todos em meio uma discussão acirrada sobre a melhor saga de filmes dos últimos anos enquanto eu estava refletindo sobre o que Alex havia me falado durante a madrugada e isso me deixou ainda mais confusa sobre meus sentimentos.
Amar é se importar mais com o outro do que consigo mesmo.
Qual foi a última vez que eu fiz isso?
Eu estava chegando a uma conclusão quando o celular de Kara vibrou no bolso da jaqueta, eu assistia pelo canto do olho enquanto a historiadora abria um sorriso enorme e respondia seu remetente digitando com animação.
Jauregui: Como fazer minha esposa parar um segundo no sofá Kara? É sério! Eu nunca a vi tão animada assim na vida. Eu sou a louca dessa relação! Devo ter ciúmes, Danvers? O que fez com a minha esposa!?
Para Jauregui: O que posso dizer, sou inesquecível 😎😚✌
Jauregui: Inesquecível vai ser minha mão na sua cara. Otaria! 😠
Para Jauregui: Olha a violência! 😲😲😲 você não danificaria meu rostinho lindo nem se quisesse querida, anão de jardim💁
Jauregui: Mas eu ainda posso colocar veneno de rato na sua comida, não se esqueça😜😇😇
Para Jauregui: Você não seria capaz! 😱😱😱😱
Jauregui: Não duvide disso. E como estão as coisas por aí? Tudo sob controle?
Para Jauregui: Não exatamente, estou tendo dias melhores do que outros, mas ainda tenho meus momentos de descontrole.
Jauregui: Ainda por causa dela?
Para Jauregui: É provável que seja sempre por ela.
A loira suspirou pesadamente respondendo a mensagem e guardando o celular de volta no bolso da jaqueta.
- Que suspiro sincero foi esse Danvers? -Sam perguntou.
-Suspiro por você outra vez; um suspiro curto, suspiro em vão que não vai lhe trazer para casa -Meu anjo respondeu olhando para a janela.
Ela estava realmente citando Emily Dickinson essa hora da amanhã?
O celular dela vibrou outra vez e Kara moveu-se para pegá-lo, porém interrompeu sua ação ao ouvir Alex dizer:
- Ela está agarrado com a Lena e de papinho com outra, olha a falta de medo da morte dessa mulher!
- Que foi? -Minha melhor amiga perguntou.
- Você ai de papinho no celular com a maior cara de trouxa e suspirando enquanto a Lena está com um olhar assassino sobre você -Sam disse olhando-nos pelo retrovisor.
Pera, eu estava com cara de assassina?
- Nada haver gente, eu to normal -Contestei tentando não demonstrar que elas estavam certas.
Eu estava a ponto de jogar o celular de Kara pela janela sem remorso algum, mas ninguém precisa saber disso.
- Diz ai rato bombado! Qual o motivo da sua cara de trouxa, algum novo aparelho na academia? -Alex perguntou.
-Eu estava falando com uma amiga de Londres, não nos vemos a algum tempo, só isso –A voz da historiadora era despreocupada.
- Uuhum! Será a musa de Kara Danvers? - Sam que estava sentado no banco da frente virou pra trás arqueando as sobrancelhas -Somo família, você uma hora vai ter que dizer quem ela é!
- Vou dizer, mas não será hoje -Eu senti meu peito pesar diante da ideia de saber quem era ela.
Eu não queria saber, eu não queria porque saber quem era o amor impossível de minha melhor amiga tornaria tudo isso real e eu não queria.
- Nessa vida, eu só quero mesmo conhecer o amor platônico da Kara e dar-lhe os parabéns porque vou te falar. Essa aí conseguiu hein, olha a cara dela! - A médica disse com um sorriso de canto e depois olhou para mim de uma forma que eu não consegui entender.
A historiadora apenas deu se ombros e não respondeu a provocação. Eu decidi naqueles momentos que quando a mulher ao meu lado revelasse o nome de sua musa misteriosa eu iria até o inferno se fosse preciso para fazer essa mulher ouvir poucas e boas.
Agarrei-me mais a Kara e tomei sua não entre as minhas, fiquei brincando com seus dedos e pensando em como alguém como assim poderia ser real, digo, sem ser um completo idiota e apenas estar fingindo.
- Hey -Kara sussurrou em meu ouvido, fazendo minha pele arrepiar vergonhosamente.
Levantei o rosto me deparando com aquele par de turmalinas brilhantes muito próximas a mim, a respiração da loira batendo em meu rosto me fez engolir seco.
-Uh -Foi o único som que consegui reproduzir diante de nossa proximidade.
Meu coração estava na boca e minhas mãos começaram a suar loucamente enquanto eu tentava não deixar minha respiração tão agitada como ela estava, o sangue bombeava em minhas veias como se eu estivesse correndo desesperadamente.
- O fim de semana ainda não terminou. Quer ficar lá em casa? A gente pode assistir alguma coisa, sei lá. Seus últimos dias foram agitados e eu sei que se eu deixar você sem casa sozinha é provável que você se afunde em trabalho e como eu não tenho nada pra fazer... O que você acha? - Eu estava embriagando-me do perfume dela enquanto me perdia no movimento de seus lábios rosados tão próximos a mim.
Eu só precisava me inclinar um porquinho.
-Claro -Eu respondi coma voz rouca, os olhos azuis em minha frente escureceram levemente, a loira beijou minha testa e afastou-se coçando os olhos por um momento.
Eu tive outro gay panic quando os lábios de minha melhor amiga amigo beijaram minha testa.
Estava ficando difícil.
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My secret (supercorp) EM Revisão
Roman d'amour"Este é meu segredo, meu pecado e meu inferno, Lena. Eu amo uma mulher que não posso ter" - Os olhos azuis de Kara continham uma dor assustadora que me deixou completamente abalada. Poucas vezes eu vi um olhar triste como aquele e em todas as vezes...