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Depois de tudo feito naquela batalha em que bagunçamos um andar inteiro numa luta inútil, destruímos uns dois quarteirões de um dos lugares mais icônicos da cidade, inclusive roubamos o Natal de toda a população de NY destruindo seu símbolo mór do Natal, sem excluir mandar para a prisão a minha mãe e termos que lutar, eu com o Rei do Crime e ela com o melhor amigo da irmã dela... Ufa...
Depois que cobrimos esses pequenos detalhes, eu ainda estava digerindo toda a situação sentada numa ambulância olhando os estragos que eu causei enquanto um policial e algum detetive curiosos demais me diziam que eu teria que pagar por isso e aquilo apontando indiscriminadamente até para a luz de um poste apagada, eu estava nisso de não escutá-los por uns 20 minutos agora quando meu celular tocou com a voz dela... rouca, pesada, suave e mesmo com a maciez da ironia e leve diversão, ainda era imponente demais pra ignorar.
"Eu não quero aquela bebida, mas eu e você estamos tomando café da manhã juntas, agora. Estou te esperando ao lado desse carro feio e popular na cor verde. Olhe para a sua esquerda. Se apresse." Eu ouvi tudo rastreando o lugar que ela apontou e ali estava ela com seu casaco verde que ela havia abandonado no elevador.
Ela voltou pelo casaco... e por mim?
"O que é garota? Quem te ligou?" Clint perguntou preocupado ao meu lado ao me ver analisando o ambiente. Eu toquei sua mão voltando meus olhos para ele, já sentindo meu coração acelerar. Eu não sei porque estou nervosa com a ligação.
"Uhhh... eu... Yelena quer falar comigo..." Eu disse me sentindo tímida e ele continuou me olhando por mais um minuto antes de buscar um casaco de alguém na ambulância e dá-lo a mim.
Ele nos levantou e começou a me vestir enquanto jorrava pequenos comandos. "Certifique-se de não entrar em temas difíceis, não faça movimentos bruscos e esteja tranquila se ela decidir deixar a conversa... Ela é exatamente como Natasha... viúvas sempre fogem quando são acuadas, é o instinto... a sala vermelha a condicionou assim." Ele disse puxando um gorro do bolso do casaco para colocar no meu cabelo. Ele parecia um pai arrumando um filho para a escola. "Eu quero você no seu apartamento ao meio dia, nós embarcamos às 4 da tarde... a sua missão com sua nova amiga... é... traga ela para casa conosco. Custe o que custar. Você entendeu? Eu não quero perder ela também. Ela precisa de nós. É por isso que nós não as matamos... você entendeu? Você é o Hawkeye dela e ela precisa de você. Se ela te buscou aqui, é importante. Elas nunca voltam para buscar ninguém que não seja importante." Suas palavras finais ressoaram em meus ossos. Eu respirei fundo abraçando meu mentor e olhei novamente para onde a minha viúva me esperava.
"Eu cumprirei a missão." Eu disse para ele e para mim mesma. Ele acenou me empurrando para ir de uma vez e eu andei cada passo contando minhas respirações.
Ela precisa de uma pessoa para apoiá-la depois de tudo o que aconteceu hoje. Talvez eu precise disso também.
Clint me disse como foi a luta deles e como foi emocional. Ele estava pensando em várias maneiras de encontrá-la. Agora nós temos a chance... mas a minha missão aqui era maior.
Eu me senti tocada pela presença dela desde o primeiro momento, mesmo sem saber de toda a história ou quem ela era. Nossa conversa em meu apartamento apenas solidificou essa ligação que se tornou algo importante no momento que ela definiu quem eu seria nessa história ao me contar o que minha mãe fez.
Mais 5 passos.
"Oiii..." Ela disse sorrindo no mesmo tom que usou na minha casa e eu sorri de volta me sentindo mais nervosa.
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Marry Me?
FanficEu li que o casal deve ter uma boa rotina estruturada, que as conversas sobre despesas devem ser superadas, as atividades domésticas podem e devem assumir um ritmo agradável e que o sexo é como um mar infinito de novas possibilidades. Assim dizia o...