Encontros e conversas

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—Tá enviado. —digo ao enviar o e-mail. 

—AA FINALMENTE. —João diz. 

—Agora é torcermos para sermos selecionados. —Arthur diz. 

—Quem topa uma partida de basquete? —Henrique diz. 

Estávamos indo para a área da quadra quando vejo Amélia, o que é estranho psicologia não é por aqui. 

—Oi meninos. —Ela diz ao nos ver. 

—Oii. —eles dizem em coro 

—O que aconteceu? Psicologia não é para cá, é? —digo. 

—Ah, não. Vim procurar pela Dalila. —ela diz. 

—Ahh... Amélia, enviamos o jogo agora, precisamos só esperar para sermos selecionados. —João diz, ela dá um sorrisinho. 

—Que bom, meninos. Vocês se esforçaram irão conseguir sim. 

—Obrigada... —João dá um empurrão leve batendo o ombro com o ombro dela. Ela dá um sorriso. 

—Estão indo para casa? —ela perguntou. 

—Não, vamos jogar basquete. —Arthur diz. Ela assentiu. 

—Enfim, eu vou indo meninos. Me avisem sobre o projeto depois, ok? —ela acena com a mão e se afasta. 

Caminhamos para a quadra e começamos a jogar. 
Fui para minha casa, tomei um banho relaxante e me joguei na cama, vou dormir sem hora para acordar é para compensar as noites acordado para fazer o jogo. 

                             (...) 

               Visão da Amélia. 

  A cafeteria fechou, os funcionários foram embora, quase todos os funcionários na verdade. Ficamos somente o Jorge e eu, ele é um dos donos da cafeteria ele é uma amor, e nos damos super bem. 
Aproveitei a chance e falei que precisava conversar então, me sentei no banco e ele começou a preparar uma bebida para nós. 

—Sabe que vir conversar comigo de vez em quando não vai resolver seus problemas, né? Sou só um barista. —Ele diz. Ele tem uns quarenta anos com boa aparência apesar dos cabelos e a barba serem grisalhos. 

—O que posso fazer se o senhor é umas das pessoas que consigo me abrir? —me ajeito no banco ficando mais confortável. 

—Você não tem amigos não, menina? —ele me olha por um momento. 

— Ahh, sabe como é né, 'coroa'? —digo e ele ri como se eu tivesse dito algo super engraçado. 

—Vamos, me conte o que aconteceu. —ele diz ao me olhar. 

—Não aconteceu nada de mais não. Minha vida está bem tranquila até. 

—Que bom, mas o que queria conversar então? —ele me entrega a bebida assim que eu provo faço um joinha para mostrar que tava bom. 

—MM...como posso dizer? Lembra que eu disse que minha cabeça cria pequenas obsessões que não duram muito? 

—Sei, o que tem haver? 

—Acho que tá acontecendo de novo, mas não é tanto assim. Porque eu meio que lembro da pessoas do nada 

—Sabe o que dizem? Normalmente quando você lembra da pessoa do nada é porque ela tá pensando em ti. —ele diz, eu penso um pouco bebendo minha bebida. 

—Será? —eu o encaro. 

—É o que dizem. Mas, posso saber quem é? —ele me olhava com certa curiosidade 

—Ah, é um cliente. — ele me olhou com um sorrisinho. Apesar do silêncio que se instalou, era um silêncio confortável.— Sabe se a proposta de sair com a minha mãe ainda tá de pé, é só me falar que eu desenrolo um date para vocês. 

—Sua pestinha. —ele diz sorrindo. 

—O que? Eu tô falando sério. Já te vejo até como uma figura paterna. —ele quase se engasgou com a bebida, e eu comecei a ter um ataque de risos. 

—Amélia, não tem nem o que falar agora. —ele diz me olhando eu sorrio para o mesmo.

— Relaxa 'coroa' .— ele negou com a cabeça, mas consigo ver um sorrisinho nos lábios dele. —Ah, que cansaço. —digo me espreguiçando. 

—Como anda a faculdade? 

—Tá indo... Não tá numa matéria tão legal assim, mas mesmo assim tenho que prestar atenção por conta da minha bolsa. 

—Deveria tirar um tempinho para você, vai fazer bem.

—Tô com uma cara de acabada, né?! Eu sei, precisa me falar não. — ele ri um pouco.

—Estou falando para o seu bem Amélia, você tem que se cuidar também.

—Eu sei. —dou um sorrisinho fraco.— Ahh, lembrei de um negócio. Vou começar ajudar um menino do oitavo ano com o inglês, nas terças e quintas à noite. 

—Que? Você vai dar conta? Por que? —pude ver que ele estava preocupado.

—A família vai pagar bem, e eu vou dar conta. Vai dar tudo certo.

—Se você ver que não está dando conta, não continue dando aula, ok? 

—Ok... —dou um sorrisinho.

—Agora, vá. —ele disse fazendo um sinal para eu ir embora.

—Que isso? —Coloco as mãos sobre meu peito, fingindo estar ofendida. —Você está me mandando embora, como pode? 

—Vai logo, para casa descansar.-dou um sorrisinho, me coloco de pé e pego minha bolsa. 

— Tchauu, até amanhã. Tenha uma boa noite.

—Tchau Amelia.

Apesar da minha casa não ser tão longe, eu ainda sim preciso pegar um ônibus. 
Ao chegar em casa encontrei a minha mãe no sofá assistindo tv já com um pijama.

—Oii filha. —ela disse dando um sorriso

—Oii mãe. 

—Você tá com fome? Não tô afim de fazer janta hoje não. — ela diz

—Não tô com fome não.

—Você chegou um pouco tarde hoje, estava com o Jorge? 

—Uhun... Eu vou tomar um banho e ficar no meu quarto, se precisar me chamar.

  Deixei minha bolsa no quarto e fui para o banho.
Coloquei uma roupa confortável e comecei a revisar o conteúdo. Já estava estudando fazia um tempinho quando meu celular começou a tocar.Era uma ligação de vídeo com as meninas, apoiei o celular e abri a chamada.

—Nem responde, né sua vaca? —Laura diz.

—Eu estava estudando. —digo.

—Ai gente, vocês nem sabem. —Débora diz. 

E assim passamos as próximas duas horas fofocando.


                    ◇◇◇◇◇◇◇◇
                    Notas da autora

Eu decidi mudar um pouco o ponto de vista para vocês conhecerem a Amélia. Prometo não ficar mudando sempre os pontos de vista para não ficar confuso.

Até o próximo capítulo

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