Provocação e Conexão: A Dança dos Sentimentos

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Me sentei de frente para ela, e a olhei.

— O que foi? —ela diz me olhando 

— Nada… — ela me olhou meio desconfiada. 

— Você é estranho. —ela diz com um sorrisinho

— E você é bonita. —digo.

— Hun? —ela me olhou com a boca entreaberta. — Eii.. —ela diz rindo um pouco.

— O que? Não é mentira. 

—Claro. —ela diz com um pouco ironia. —Enfim… que horas seus pais chegam?

— Por que? —digo me aproximando um pouco com um sorriso atrevido. — Temos bastante tempo. —ela dá um sorrisinho, como se percebesse que eu estava tentando provocá-la.

— Sério? O que vamos fazer? —ela diz entrando na onda, e eu me aproximei mais,era como um ato inconsciente. Nossos corpos não se tocavam, mas era o suficiente para aumentar a tensão da sala.

— Não sei… O que você quer? — ela inclina um pouco a cabeça como se estivesse pensando, minhas mãos deslizam suavemente até  a cintura dela, ela me olha com um sorrizinho.

— Também não sei 

— Então nós podemos… — por um ato inconsciente eu me aproximei de novo, era como um imã, eu estava sendo puxado para cada vez mais perto dela. Ela não parece estar incomodada com minha proximidade, o que me faz ficar aliviado sinto ela colocar as mãos com cuidado em meu ombro subindo devagar pelo meu pescoço o que me causou um pequeno arrepio. Então ela se aproximou fazendo estarmos apenas alguns centímetros de distância, e quando finalmente íamos tocar nosso lábios o celular dela tocou. Nós dois nos olhamos ao nos afastar, ela pegou o celular da bolsa e por um breve momento consegui ver o nome do Otávio, ela se levantou e se afastou um pouco para atender a chamada eu me levantei e fiquei na frente dela com um um biquinho que não sei explicar como apareceu em meus lábios, ela me olhou com um sorrisinho. Alguns minutos depois ela desliga a chamada e me olha 

— Posso usar seu computador, por favor? —ela diz me olhando.

—Por que?

— Eu estou fazendo um trabalho de faculdade com o Otávio, ele queria que eu fizesse algumas últimas alterações de uns textos, só que eu detesto fazer isso pelo celular. Posso por favor?

—Tá, claro. —Eu segurei a mão dela e comecei a puxar comigo ao passar pelo sofá, peguei a bolsa e o tênis dela. Parei na porta do meu quarto.

— O que? —ela me olhou, eu me aproximei um pouco 

— O que eu vou ganhar em troca? 

—Você não tá muito abusado, para quem tá doendo? —ela diz meio sarcástica. Sorri ao abri a porta e deixá-la entrar. Deixei as coisas dela em um canto e fui ligar o computador enquanto ela olhava em volta do meu quarto. 

— Pronto senhora. — digo ao me levantar, ela dá um sorrisinho e se senta na cadeira começando a mexer no computador. Enquanto ela digitava no computador e respondia as mensagens de Otávio sobre o trabalho deles, eu estava sentado na minha cama, mexendo no meu celular. Um tempinho depois ela arrastou a cadeira para mais parto da minha cama e me olhou estendendo a mão para relar na minha testa.

— Sua febre baixou. — ela diz parecendo estar aliviada. Eu segurei a mão dela. — O que? Tá se sentindo mal?

— Não, estou bem. Mas…

— Mas o que? 

— Preciso da sua atenção. —ela ri um pouco e volta com a cadeira para a mesa do computador.

— Não é mais uma criança que precisa de atenção a todo momento. —ela diz suavemente digitando. — E também —ela me olha antes de terminar de dizer — Não é como se eu estivesse muito longe.

— Mas é muito longe. —digo e ela ri.

— Para de fazer manha, desde quando é tão manhoso assim. —ela diz voltando a olhar para o computador. — Quando te conheci tinha uma pose de marrento, era bem fechado e parecia nem gostar de mim direto. — Me sentei mais perto dela.

— Não era para tanto. 

—Jura? Você quase nunca falava comigo direto, e no dia do concurso todos seus amigos me abraçaram e você nem me deu um aperto de mão. —dou um sorrisinho 

— Wow, você realmente levou para o coração. 

— Sim —ela assentiu. E pegou o celular atendendo a ligação do Otávio — Sim sim, acabei de acabar. Eu conferi os erros… — ela então fica uns instantes em silêncio— Não foi nada, tá tudo certo. Tchau. —ela diz e desliga o celular deixando em cima da mesa e vira a cadeira na minha direção. — Obrigada por deixar usar seu computador

— Não foi nada… Mas você realmente levou para o coração. —ela assentiu.

— Eu achava que você não gostava muito de mim, mas eu fiquei meio “paia” meio que não fez questão de eu ter ido. 

— Desculpa, não sabia como demonstrar. — digo me levantando me curvei na cadeira apoiando minhas mãos nos braços da  cadeira, estávamos em uma distância agradável, nem muito perto, nem muito longe.

— O que está fazendo? —ela diz me olhando.

— Nada… —nós continuamos em silêncio por um tempinho apenas nos olhando — Você é realmente muito bonita. —ela então dá uma risada envergonhada.

— Obrigada. — não pude deixar de sorrisinho. — Nem parece que estava com febre até um tempo atrás. —ela diz suavemente.

—É meu charme. —ela ri um pouco e tira minha mão saindo da cadeira. Ela fica do meu lado e dá um peteleco na minha cabeça. — Ah, o que foi, hein?

—Deveria no mínimo colocar uma camiseta para receber as visitas. —ela diz ao se sentar na cama e puxar os tênis para perto. Me sentei ao lado dela.

— O que está fazendo? 

— Eu preciso ir embora, e você já está melhor então não tem porque eu ficar mais.— “ Será que posso ser direto e pedir para ela ficar? Não, isso é  demais. Deveria ir mais devagar”

 Nós conversamos mais um pouco até ela realmente ir. Quando ela foi, eu me joguei na cama, e pensei em tudo o que aconteceu, onde foi parar minha timidez quando estava com ela.

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Notas da autora

É isso galera, espero que estejam gostando.

                Até o próximo capítulo

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