Rumo ao concurso

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  Estamos na cafeteria, discutindo e criando códigos, já faz algumas semanas desde a última reunião sobre. 
Estava com um lado do fone de ouvido, mas ainda sim consegui ouvir o que os meninos falavam de vez em quando. 

—Licença... —disse a atendente, "Amélia" era o que estava escrito no crachá dela. 

—Sim? —Arthur respondeu. 

—Vocês criam jogos, né? —ela diz, parecia estar com um pouco de vergonha. 

—Sim, a gente cria. —Henrique diz. 

—Conhece algum deles? —João pergunta. 

—Ah... Não desculpa, não costumo jogar.— ela da um sorrisinho sem graça —É só que eu e o outro atendente, sempre vimos vocês fazendo códigos e discutindo, enfim —ela entregou um panfleto, era sobre um concurso de criação de jogos.— Não sei se já sabiam disso, mas achei que iriam gostar. 

—Valeu moça, de verdade. —João diz. 

—Obrigada, a gente não estava sabendo. —Henrique diz. 

—Não foi nada, me avisem se forem se inscrever irei torcer por vocês. —ela dá um sorrisinho e se retira. Deve ser por isso que ela parece ser amada entre os clientes frequentementes. 

—Que simpática. —Arthur diz. 

—A gente vai tentar o concurso, né? Os ganhadores estarão concorrendo ao apoio da empresa ao lançar o jogo, e convenhamos a empresa é meio conhecida no ramo, teríamos mais reconhecimento. —João diz 

—Vamos óbvio. Mas, primeiro vou nos inscrever no site, e pelo que diz no panfleto temos mais um mês para termos o jogo pronto, então teremos que correr. —digo enquanto teclava, para nos inscrever no site. 
Com a inscrição feita, a empolgação e a urgência por conta do prazo de entrega pairava no grupo. A cada dia estava com uma energia diferente, como se estivéssemos mais perto de nos aproximarmos de nossos sonhos."Etheria: A Jornada dos Sonhos" estava prestes a transcender para o nosso mundo. Era hora de transformar o código em uma experiência palpável, um mundo virtual que encantaria os jogadores. 

                                (...) 

  As noites passaram a ser mais longas, as doses de café aumentaram. E o jogo estava cada vez mais próximo de ficar pronto. A cafeteria estava sendo o nosso lugar, era lá onde conseguimos realmente fazer funcionar. 
Todos nós estávamos nos esforçando, ainda que houvesse resquícios de cansaço e uma pequena ansiedade por conta do prazo apertado, estamos animados demais. Ainda lembramos do apoio da Amélia. Quando vamos na cafeteria ela entrega o nosso pedido e diz com um sorrisinho "Boa sorte, meninos". Ela não sabe nossos nomes e nem nada do tipo, mas ainda sim nos apoia e quer saber como está o processo de criação. 
O concurso não era apenas uma competição, mas a chance de dar vida aos nossos sonhos, de transformar linhas de código em uma obra-prima interativa. O mundo de Etheria estava prestes a se revelar ao mundo, e a jornada para seu lançamento mal havia começado.
  Mesmo com a criação do jogo, não esquecemos dos assuntos da faculdades. Ainda sim temos trabalhos para entregar, de verdade estamos todos muito cansados. Mas não vamos desistir até ganhar o concurso.

—Vocês deveriam dar uma pausa, apesar do tempo apertado. — Dalila diz ao se sentar ao nosso lado, na sala.

—Ah como eu queria, mas infelizmente não é possível, loirinha. —João diz.

—Temos só mais duas semanas, é melhor não arriscar. —Arthur diz.

—Como sou uma boa amiga, vou pagar um café para cada um, ok? —ela diz dando uma piscadela.

—Valeu loirinha. —João diz bagunçado o cabelo dela, a mesma cerra os olhos e revida bagunçado o cabelo dele.

Quando as aulas acabaram, Dalila nos fez seguir em direção a um lugar onde a amiga dela trabalha. Ao chegarmos na frente da cafeteria, eu olhei para o Henrique com uma expressão de dúvida.

—Sua amiga trabalha aqui? —Pergunto para Dalila.

—Sim, por que? —Dalila diz.

—Conhecemos essa cafeteria, somos clientes frequentemente daqui. —digo.

—Ahh, que legal. Talvez ela já tenha atendido vocês alguma vez. -Dalila diz 

Nós entramos e nos sentamos em uma mesa. Logo veio a Amélia. —Oii amiga.

—Oii. —Amélia dá um sorrisinho. E então olha para os meninos e eu. — Oi meninos. Espera. Como se conhecem? —ela fica boquiaberta— Calma, eles são aqueles que você comentou.

—Sim... Tenta adivinhar quem é quem. —Dalila diz, sorrindo. Amélia começa a nos olhar.

—Tá vou tentar pelo que percebi de vocês e pelo que ela me disse. Você.—ela apontou para o João—Abusado e paquerador, você é o João né? —Vejo os meninos seguraram a risada.

—Que? Ela te disse isso? Não sou nada disso não, eu hein?! —João diz. Amélia sorri.

— Você. —ela aponta para o Henrique- Aparenta ser um pouco bravo e com um sorrisinho fofo, Henrique né?!

—Isso. —ele dá um sorrisinho.

—Que isso? Não achei isso justo não, eu deveria ser algo do tipo "O mais lindo" ou "O que mais chama atenção".  —João dizia, já Amélia ria da situação.

—Continua. —Dalila diz sorrindo.

—Você. —ela aponta para o Arthur. — O que parece um anjinho,mas é esquentadinho de vez em quando, Arthur. 

—Não sou esquentadinho. —Arthur cruza os braços, Amelia dá um sorrisinho.

—Você tem que descrever ele também para ser justo. —João disse se referindo a mim.

—Tudo bem. —ela me olhou, eu a olhava também. "Bonita, ela é muito bonita" —O bonitinho fechado, que parece bravo, Adam —ela diz, dou um sorrisinho e desvio o olhar.

—Enfim, que coincidência.—Dalila diz, Amélia assentiu.

  Amélia anotou nossos pedidos e se afastou, iria levar bronca depois se continuasse conversando com a gente.

—Vocês são amigas a quanto tempo? —Henrique pergunta.

—Desde o ensino fundamental, mas a nossa amizade começou mesmo no ensino médio. —Dalila diz.

— Ela também faz faculdade? —eu pergunto.

—Ela faz Psicologia na mesma faculdade que a nossa. Ela e eu fazemos parte de um grupo assim igual a vocês. —Dalila diz.

—Sério? —João diz.

—Sim, tem mais duas meninas: Débora e Laura. Laura só entrou no ensino médio, mas por conta dela Débora e eu começamos a conversar com a Amélia. —Dalila diz.

—Mas, por que? 

—Débora e eu no fundamental achávamos que Amélia era metida, e chatinha, praticamente todo mundo da nossa sala achava isso. Mas aí quando a Laura entrou, por elas sentarem perto começaram a conversar e de uma hora para outra já estávamos todas juntas.
 
Amélia trouxe nossos pedidos e foi atender outra mesa, pareciam ser estudante do ensino médio, consegui ouvir ela dizer "Meninos eu tenho idade para ser sua irmã mais velha"
Conversamos mais um pouco e eu fui para casa, tomei um banho e comecei a arrumar os códigos que estavam com um bug. Amélia por algum motivo não sai da minha cabeça. "Seria muito errado se eu stalkear ela? Não, não vou fazer isso"
Eu estou stalkeando ela, achei a conta dela pela conta da Dalila. Ela tem algumas fotos com as amigas e a mãe, tem alguns destaques, só para as fotos que ela tirou, outro só com a mãe dela, um só com as amigas, e um só com doguinhos que por algum motivos não são um só, são vários diferentes.

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               Notas da autora

Eu tô amando, espero que estejam gostando também.

Ele todo bobinho indo procurar mais sobre ela.

                Até o próximo capítulo

A escolha correta Onde histórias criam vida. Descubra agora