Minha mente vagueia pensando na possibilidade da Amélia não sentir o mesmo, ou do Otávio acabar fazendo algo contra ela, ou na possibilidade deu demorar muito para fazer algo a respeito e outra passoa fizer antes de mim.
—Eii, cara. —João me chamou, me tirando do transe, eu o olho. —Tava viajando?
—Mhum
— O grupo todo já percebeu que tem sentimentos entre vocês dois, mas vocês nunca comentaram nada. O que planeja fazer em relação a vocês dois?
— Ahh, eu não sei cara. Eu tenho medo de fazer algo e ela não sentir o mesmo e acabar com o clima da nossa amizade, sabe?
—Eu entendo. E sei que não costuma se arriscar assim. Mas, você tem que tentar, não dá para você saber o que vai acontecer ou não. Se você enrolar vai acabar perdendo sua chance, porque pelo que parece já tem gente interessada nela cara.
—Eu sei… —mordo meu lábio inferior num ato de preocupação.
— Qual é, garanhão?! Mostre suas táticas de conquista ela poxa.
—Que táticas? —digo rindo. —Sabe que não me dou muito bem com a palavra flertar.
— O que foi que você me disse mesmo? Que vocês quase se beijaram? Isso mesmo! Não teria chegado nesse ponto, se você não soubesse o mínimo de como flertar.
— Não é tão fácil assim.
—Como não cara? Pelo que eu vejo, você sempre consegue fazer ela se sentir à vontade com seu toque, e pensa comigo se ela não sentisse nada por você acha que ela iria ir para te beijar. O beijo quase rolou por ambas as parte não foi? — eu assenti. —Então cara, chama ela para sair, sei lá. Só não fica parado vendo outras pessoas se aproximarem dela sem fazer nada.
— Obrigado cara.
—Se quiser posso te ensinar minhas táticas, nunca falham. —ele diz se exibindo. Dou um sorriso ao revirar os olhos.
Não demora muito para Amélia parar na frente da nossa mesa com a mochila dela nas costas.
—Meu turno acabou. —ela diz.
—Que bom. —digo. João e eu nos levantamos.
— O Henrique e o Arthur já estão quase chegando lá. —João diz, quando começamos a andar para fora da cafeteria.
— Como andam as coisas? —ela diz.
— Tá, tudo certo —digo a olhando
— Sabe como é, né? —João diz, ela ri um pouco ao revirar os olhos.
— E você? Como andam as coisas? —pergunto a ela que me olha.
— Tudo está estranhamente bem. —faço uma cara de dúvida tentando entender certo e ela sorri.
— Amélia, minha querida amiga. — João diz passando o braço sobre o ombro dela, ela o olha desconfiada, e depois me olha como se me perguntasse o que ele quer, mas eu nego com a cabeça.
— O que você quer? —ela o olha
— Por que acha que eu quero alguma coisa?
— Fala logo, menino.
— Sabe, só por curiosidade mesmo. Não é nada sério sabe, mas assim a loirinha ta ficando com alguém? —João diz, Amélia abre um sorriso e os olhos se abrem um pouco como se estivesse em choque
— Ahh, que bonitinho… —ela diz ao bagunça o cabelo dele.
—Não é nada disso que você tá pensando. —ela tira o braço do ombro dela e coloca as mãos dentro do bolso.
—Uhunn, sei bem amigo. Você também sabe né? —Ela me cutuca com o cotovelo.
—Claro que ele perguntou só por curiosidade. —digo com ironia.
—Pode parar vocês dois tá, eu hein? —ele diz.
— Sabe… Já que é só por curiosidade, acho que posso te dar essa informação. Ela não tá conversando com ninguém não. —ela diz suavemente. — Aproveita sua chance. —ela dá uma empurradinha nele, que a empurra de volta fazendo ela dar uma desequilibrada e segurar no meu braço.
Logo chegamos no bar, depois de algumas discussões que João e Amélia tiveram ao discordar entre Toddy e Nescau.
Henrique e Arthur já estavam lá, então nos sentamos. Pedimos uma porção de batata e frango e cerveja. A conversa fluía, Amélia estava ao meu lado, vez ou outra nossas mãos se tocavam e eram o suficiente para meu coração acelerar.
Enquanto conversávamos, eu não pude deixar de notar como Amélia parecia radiante ao meu lado. Seus olhos brilhavam com cada risada compartilhada, e seu sorriso era contagiante. Percebi que João estava certo, talvez eu realmente deva arriscar e expressar meus sentimentos por ela.
Depois de algum tempo, criei coragem para chamá-la para conversar.
— Amélia será que a gente pode ir lá fora conversar um pouco? —digo mantendo minha voz calma apesar da ansiedade que estou sentindo.
— Claro, vamos lá. — Nós nos levantamos, cruzei meu dedo indicador com o dela indo uns passos à frente. Agora sobre as estrelas e o céu noturno, ela me olhava com certa curiosidade. — O que foi?
— Só… —digo a olhando — Quer sair comigo?
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Notas da autora• Talvez o João esteja começando a gostar da loirinha.
• Será que a Amélia vai aceitar?
• Espero que estejam gostando.
Até o próximo capítulo
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A escolha correta
Fanfic"Em um mundo onde a tecnologia domina, um jovem programador precisa escolher entre seguir as expectativa da sociedade ou seguir seus sonhos. Ele precisa encontrar o equilíbrio perfeito entre o seu sonho de ser um criador de jogos e as expectativas q...