O meu lugar

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Pov Cristian...
- bom dia Maria...
Falo a pegando no colo e a levantando.
- Cristian...
Ela reclama rindo.
- se sua mãe ver uma coisa dessa ela mata nós dois.
Eu rio.
- o que tem pro café?
- fiz aqueles biscoitos de nata pra voce...
Enquanto eu como na cozinha faço um interrogatório a Maria
- e Ana Maria ela é casada?
Ela me olha.
- não meu filho!
- ela tá tão bonita.
Ela põe as mãos na cintura.
- se sua mãe souber que você acha isso despacha você no primeiro avião pra Londres.
- eu tô bem crescidinho não acha?
- sim! Tão bonito! Igualzinho seu pai.
Eu rio.
- vou sair.
- pra onde? Espera sua mãe não acordou ainda.
- eu volto pro almoço.
Eu estaciono na praça e desço do carro indo até a igreja as pessoas viram a cabeça pra me ver e eu finjo que não é comigo!
- obrigada padre...
Escuto uma senhora falar com tio Lupe pelo lado de fora do confessionário.
- vá em paz minha filha.
Eu me ajoelho
- bom dia! Em que posso ajudar?
Eu sorrio.
- eu tenho que me confessar padre.
- qual seu pecado filho?
- é que faz muito tempo que eu não venho a igreja que eu não rezo que não me confesso acho até mesmo que não sei rezar mais ...
- filho não podemos nos afastar de Deus sempre reze antes de dormir...
- tenho um motivo pra isso! Eu nunca mais encontrei um padre como o meu tio Lupe.
- tio?
Ele sai do confessionário e me encara.
- Cristian?
- oi tio
Ele me puxa em um abraço e eu retribuo!
- como você cresceu! Como está bonito! Meu Deus...
Eu sorrio....
Ele me serve um café
- então você já viu a Ana?
- sim!. Quase atropelei ela na praça a noite distraído com as coisas nada mudou por aqui.
- sim filho! Nada.
- a Ana se casou tio?
Ele me encara.
- não!
Ele pega minha mão.
- Anastácia teve uma vida muito difícil meu filho! O pai se casou com a Carla logo depois da morte da mãe se não fosse Jenna e Taylor Ana estaria em apuros Ray abandonou a menina.
- sério?
- sim! E sua mãe também não colobora não adianta conversar e pedir ela não escuta ninguém.
- eu não acredito que mamãe esta nessa até hoje.
- pois pode acreditar! Você vai ouvir muitas coisas a respeito de Ana não de ouvidos a nada...
- e o Jack?
Pergunto mudando de assunto.
- ele trabalha pro Ray se formou em engenharia de processos ele cuida da processadora dos Glen e ajuda Ray com a plantação de maçã.
- entendi!
Ele pega minha mão.
- você veio pra ficar?
Eu nego!
- não! Vim fazer uma visita e dizer a mamãe que vou me casar tenho um bom emprego em Londres.
Ele sorri.
- porque não retoma a suas amizades? Vá aos lugares que sempre gostou converse com as pessoas vá a sua processadora...
Meu primeiro passo foi procurar Ana! Caramba como ela é divertida e linda! Nossas histórias nossas travessuras...
- bom dia!
Falo com o recepcionista da processadora.
- bom dia! O senhor é?
Eu sorrio
- Cristian Grey....
July a secretária do meu pai me abraça apertado.
- mais que saudades de você meu querido.
- oi July como vai a família?
Ela suspira
- indo bem! Meu marido faleceu..
- eu sinto muito! E Jhon?
- trabalhando em Greesborn.
Eu franzo a testa
- July? Vai ficar de papinho aí? Tem muita coisa pra fazer...
Eu encaro o homem alto e grisalho a minha frente...
- José Rodrigues
Eu falo baixo.
- sim e quem é você?
Ele fala rude.
- é o filho do senhor Cary José Cristian Grey.
Ele abre a boca e fica tenso.
- ah me desculpa! Eu não te reconheci Cristian..
Ele estende a mão.
- tudo bem!
- veio ver como anda a minha processadora?
Eu o encaro de cara feia.
- sua processadora?
Ele engole em seco.
- é modo de dizer!
Eu faço que sim com a cabeça.
- eu quero um equipamento e uma prancheta July por favor eu vou dar uma olhada por aí.
- claro..
Ela fala feliz
- eu vou acompanhar você.
Fala José.
- ok...
Os funcionários parecem não acreditar e faço questão de conversar com um por um ate que voltamos pra antiga sala do meu pai que continua a mesma.
Eu abro a janela e sinto o aroma de maçã vindo da plantação.
- você não mudou nada aqui!
Falo olhando ao redor.
- eu não fico aqui Cristian! Sua mãe usa essa sala quando vem a empresa..
Eu faço que sim com a cabeça.
- entendi!
- bom eu tenho que ir! Tenho muito trabalho.
- obrigada pela atenção.
Eu falo estendendo a mão.
- de nada foi um prazer ter você aqui...
Eu saio do prédio olhando as anotações quando vejo um monte de gente no portão lateral parecendo separar uma briga...
- você não vai entrar aqui seu velho idiota.
Eu ouço José gritar.
- você não é o dono dessa fábrica.
Escuto alguém responder.
- mais o que tá acontecendo aqui?
Falo irado olhando pra José segurando um senhor vagamente familiar pelo colarinho da blusa.
- Cristian..
O senhor fala sorrindo.
- senhor Taylor?
Pergunto em dúvida.
- sim! Sou eu mesmo.
José solta ele que me abraça.
- mais como você está parecido com seu pai..
Eu sorrio.
- o que aconteceu aqui?
Ele olha pra José.
- diga!
Ele fala debochado.
- o Ray queria entrar na fábrica mais ele sabe que não pode e..
- como não pode? Ele trabalha aqui.
Eu falo cortando José no meio da fala.
- não filho! Eu saí da fábrica pouco depois que seu pai morreu eu vim pedir uma carta de recomendação eu estou tentando entrar em uma fábrica de Hailey...
- porque o senhor não vem pra cá?
Ele sorri e olha pro chão!
- ninguém quer velhos no trabalho.
Fala José e eu o encaro com ódio.
- venha senhor Taylor eu mesmo vou te dar essa carta...
Eu passo o braço em seus ombros e o levo pra dentro deixando os funcionários felizes e José com cara de idiota...
- a Ana tinha me dito que você voltou pra cidade.
- eu estive com ela ontem a noite saímos pra dar uma volta.
- eu sei!
Ele fala triste.
- o que foi? Tá tudo bem?
Ele suspira.
- posso ser franco meu jovem?
- claro.
- peça a sua mãe pra não infernizar mais a vida da minha afilhada.
- o que aconteceu?
Ele suspira.
- desde a morte do seu pai sua mãe virou outra pessoa desde aquela noite que você e Ana tentaram fugir e ela te levou pra Seattle praticamente arrastado ela fez da vida da minha menina um inferno! Ela e a tia dela são duas malucas com o perdão da palavra.
- eu não sabia disso!
Eu termino a carta de recomendação e assino no lugar de dono...
Cristian Trevelyn Grey
CEO processadora Grey interprise Holdins...
Mamãe está emburrada quando chego em casa.
- tudo bem?
Pergunto porque um lado do rosto dela está vermelho.
- onde você estava?
- na processadora.
- ontem a noite!
Ela fala autoritária.
- depois do jantar eu sai pra dar um volta com a Anastácia Stelle.
Ela começa a bater os saltos no piso de madeira.
- eu te proíbo de ter contato com aquela vadia...
- é melhor você não terminar!
Ela me encara de boca aberta.
- eu andei conversando com muitas pessoas você fez da vida da Ana um inferno esse tempo todo.
- eu fiz da vida dela um inferno? Cristian olha o que ela fez comigo?
Ela tira a mão do rosto e eu abro a boca.
- ela te bateu?
- sim!
Ela começa a chorar.
- o que aconteceu mãe?
Falo perdendo a paciência.
- me disseram que vocês estavam juntos ontem a noite eu fui dizer que não permito mais a amizade de vocês e ela me bateu.
Eu cruzo os braços.
- mãe você tá maluca? Primeiro você não manda em mim mais! Segundo eu fui procurar ela! Eu fui até a casa dela eu chamei ela pra sair agente conversou e depois acompanhei ela até em casa.
- foi só você chegar que ela já caiu no seu colo.
- mãe!
Eu grito.
- Cristian você é meu filho..
- você não manda mais em mim! Ok? Por favor meu Deus! O que aconteceu entre a mãe dela e o papai não é culpa nossa! Ana não tem culpa de nada pelo amor de Deus.
- ela me deu um tapa na cara.
- tenho certeza que não foi atoa.
Falo pegando a chave do carro
- onde você vai?
- esclarecer essa palhaçada de uma vez por todas.
- Cristian..
Ouço ela gritar quando bato a porta.
Carla Steele me olha de boca aberta.
- nossa! Mais você está a mesma coisa do seu pai!
- boa noite senhora Steele Ana está?
- não sei!
- Carla quem é?
Eu encaro por cima do ombro da mulher e vejo o senhor Raymund Steele.
- é o filho do Cary ele veio procurar a Ana.
Ela fala debochada se virando pra ele.
- boa noite senhor Steele! Eu gostaria de falar com Ana se o senhor permitir.
Ele parece ter visto um fantasma enquanto olha pra mim!
- Cristian...
Ele fala em um sussurro.
- sou eu senhor!
Falo estendendo a mão que ele pega no automático.
- o senhor não mudou nada.
Ele sorri.
- tenho uns cabelos brancos.
Eu rio.
- o que você quer com a Ana?
- só esclarecer uma coisa.
Ele solta minha mão
- eu não quero você perto da minha filha Cristian!
Eu fico tenso
- senhor Steele por favor não é possível que eu e Ana tenhamos que pagar pelo erro dos nossos pais nos sempre fomos amigos.
Ele não fala nada por um tempo até que ouço passos na escada e vejo Ana de vestido azul e chinelos.
- Cristian?
Ela parece mal os olhos vermelhos o rosto inchado.
- é bom que os dois estejam aqui! Você tem razão você dois não tem culpa de nada! E a amizade de vocês pra mim não é um problema! Já pra sua mãe! Mais aviso não quero ver vocês dois juntos para dar mais motivo de falação pra esse povo.
Fala Ray me encarando.
- obrigada senhor
Falo e ele faz que sim com a cabeça.
- vocês podem conversar no jardim! Boa noite!
Ele fala passando por nós ventando e vejo Carla parada como uma estátua.
- Carla vamos pro quarto!
Ele fala do meio da escada e ela vai atrás.
- o que você tá fazendo aqui?
Fala Ana irada.
- eu vim conversar com você!
Ela suspira.
- olha tá tarde eu não...
- agora.
Falo firme e ela revira os olhos abrindo a porta pra mim.
- vai na frente.
Ela fala e eu paro pra ela poder passar.

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