Proposta

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Pov Ana...
Débora está me encarando de cara feia enquanto me sento.
- tá tudo bem?
Ela suspira.
- um tal Lendrix Mors andou ligando aqui pedindo referências sobre seu trabalho.
- o que?
- é! Ele me fez muitas perguntas e depois pediu pra falar com o senhor Arango.
- eu já tentei entrar na processadora dele várias vezes e sempre ouvi desculpas esfarrapadas.
Ela ri
- parece que ele está interessado.
- pra mim seria ótimo! Tão perto de casa.
- vai me abandonar?
Eu rio
- não!
- brincadeira! Faça o que for melhor pra você.
Eu concordo com a cabeça e começo a trabalhar.
Kate está saltitando pelas ruas enquanto conversamos.
- que alegrei é essa?
- bom! Eu recebi uma proposta de uma fábrica de roupas de Greesborn eles querem que eu costure umas peças.
- sério?
- sim! Muito sério!
- você saiu a sua mãe.
- é!
Eu e Kate temos isso em comum! A mãe dela filha da curandeira e benzedeira da cidade foi casada com o prefeito Harry kavanagh mais infelizmente ela faleceu de câncer quando Kate tinha 12 anos o pai dela se casou de novo e teve mais um filho! O idiota do Ethan Kavanagh! Um adolescente mimado e inconsequente Kate não fechou as portas da loja da mãe foi direto do ensino médio pra loja e até hoje a administra sozinha.
- e como vai a venda da casa da sua avó?
Ela suspira.
- acho que as pessoas desse lugar precisam rever seus conceitos! Ninguém quer comprar aquilo lá!
- tenho que admitir que dá um pouco de medo aquele lago aquela casa que mais parece uma choupana.
Ela ri.
- se lembra da gente nadando naquele lugar?
- claro que sim! Uma vez minha mãe me colocou de castigo eu cheguei em casa toda molhada.
Ela ri.
- e como vai a vida com o Cristian?
- vai bem!
Ela ri!
- outro dia eu ouvi na loja que vocês dois ficam muito bem juntos.
Eu rio.
- é mesmo?
- aham!
Eu olho pro céu.
- eu tenho que ir pra loja vou ajudar minha madrinha!
- tá bem! Agente se fala depois...
Minha madrinha sorri pra mim!
- seu pai veio te procurar!
- ah é?
Finjo desinteresse.
- ele pediu pra perguntar a você quando você volta pra casa!
Eu suspiro.
- não sei madrinha.
- Ana! Se você quer morar com o Cristian é só falar com ele! Acho que ele está disposto a isso! Mais se não quiser voltar pra casa minha casa está sempre de portas abertas pra você!
- eu sei disso!
Ela sorri .
- e tem a Gail também ela sempre cuidou de você!
- eu sei.
Nós estamos comendo macarrão com queijo regado a vindo quando alguém bate na porta.
- esperando alguém?
Ele pergunta de boca cheia.
- eu não!
Digo dando de ombros.
- vou ver quem é!
Cristian surge com meu pai atrás dele e eu levo um susto.
- pai? Tá tudo bem?
Ele olha meu prato e depois pra mim!
- podemos conversar filha?
- claro!
Cristian puxa a cadeira pra ele.
- quer jantar senhor Stelle?
- não! Obrigada.
Ele me encara e eu olho pra Cristian.
- vou deixar vocês conversarem.
- obrigada.
Fala papai mais ele não responde.
- o que foi?
Pergunto aflita.
- quando você volta pra casa?
- pai eu não...
- me desculpa Ana! Não só pelo tapa no hospital mais por tudo que eu te fiz.
- pai não tem como! Você sabe disso!
- eu me perdi na minha dor Ana e não consegui te criar!
- eu não tenho culpa pelos erros da minha mãe pai.
- eu sei!
Ele limpa o rosto.
- eu não podia ter feito o que eu fiz! Não depois de você ter me ajudado tanto.
- o dinheiro não importa pai!
- importa filha! Você poderia ter comprado uma casa um carro novo mais você me ajudou com tudo! Até mesmo as contas do bar e da Gail.
- eu só fiz isso porque eu te amo!
- não me odeie querida.
- eu não te odeio! Você é meu pai.
Ele sorri triste.
- você quer ficar mais um pouco? Você parece tão bem aqui!
- sim! Eu tenho paz aqui.
- o Cristian te ama!
- e eu amo ele pai.
Ele concorda.
- eu andei conversando com o Jack e queria te perguntar se você aceita trabalhar comigo na estufa e na plantação.
Eu abro a boca.
- o que? Você nunca me...
- eu sei! Mais não é tarde pra correr atrás do tempo perdido.
- eu não sei! Eu ganho bem na Arango e...
- você não precisa largar seu emprego na Arango você pode ficar comigo nos dias que você não vai pra Greesborn.
- pai você nunca me ofereceu uma vaga! Eu sei que quando eu saí da faculdade meu padrinho conversou com você mais você se recusou.
- sim! Porque eu sou um burro.
Ele se levanta.
- eu espero você em casa Ana! Quando você achar que é hora de voltar...
- eu não sei ainda!
- tudo bem! Eu te entendo! A Gail sente sua falta.
Eu o encaro.
- não joga baixo.
Ele ri.
- até mais Ana.
Cristian surge na sala e sei que estava ouvindo tudo que conversamos.
- boa noite Cristian! E cuide dela por mim! Faça o que eu não consegui fazer.
- eu sempre vou cuidar senhor Stelle!
- ótimo. Boa noite pra vocês....
Eu encaro o pomar de maçãs do meu pai e fecho os olhos sentindo o cheiro! Eu sempre vinha aqui com a minha mãe brincava entre essas árvores enquanto ela e o papai trabalhavam.
- tem certeza disso?
Pergunta Cristian nervoso.
- eu não sei! Mais eu sempre sonhei em trabalhar aqui.
- mesmo depois de tudo que seu pai fez com você?
- eu não posso ficar guardando raiva dele assim Cristian!
- eu sei mais vamos ser honestos aquele tapa na cara que ele te deu não sai do meu pensamento! Se ele não fosse seu pai e eu não tivesse tanto respeito por ele teria virado a mão na cara dele!
- por favor esquece aquilo!
- não dá! Eu não gosto de pensar em ninguém maltratando você!
Jack para seu jipe fazendo agente comer poeira.
- o que vocês estão fazendo aqui?
Ele pergunta descendo do carro.
- a Ana decidiu vir trabalhar com o pai!
- sério?
Ele me abraça me tirando do chão e me rodando.
- Jack você tá me machucando.
Ele me solta
- foi mal! Nossa seu pai vai ficar tão feliz.
Cristian passa o braço na minha cintura e Jack olha sem graça!
- eu tenho que ir tenho trabalho na usina até mais...
Cristian acena com a cabeça e espera ele sair.
- o que foi?
Ele não responde e só me encara como se eu fosse a mais idiota de todas as pessoas do mundo.
- ele é louco por você.
- Cristian...
- eu sou homem Ana! Eu sei muito bem do que eu tô falando.
- ele é nosso amigo!
- ele não olha pra você como amigo.
Eu o encaro
- você tá com ciúmes de mim?
Ele bufa.
- claro!
Eu rio.
- eu estou com você não estou?
- sim!
- então não faça isso ele é meu amigo e seu também.
- vou tentar!
Ele me deixa na estufa com meu pai.
- eu venho te buscar! É só me ligar!
- obrigada!
- de nada.
Ele me beija e sai!
- e então vamos lá?
Pergunta papai animado.
- sim!
Ele sorri e põe as mãos no meu ombro!
-

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