Nos seus braços

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Pov Cristian...
Ele faz um carinho no meu cabelo!
- posso perguntar uma coisa?
- aham!
- quem foi o primeiro?
Eu bufo!
- um cara da faculdade!
- ninguém da cidade nunca..
- não! Eu nunca sequer dei um beijo em alguém de lá!
- foram muitos?
Eu suspiro!
- três caras! E você!
Ele fica tenso mais continua com suas carícias.
- algum problema?
- não! Eu não posso te cobrar nada!
- e você?
Ele ri.
- não sei quantas! Eu nunca fui um santo.
- eu sei disso!
- mais isso não importa não é mesmo?
Ele muda de posição me beijando ficando por cima de mim!
- eu nunca fui de uma mulher como eu sou de você! E não me importo que você tenha tido outros caras eu só quero ser o último!
Seus dedos não me deixam ter resposta e tudo que faço é gemer alto...
O dia está lindo no sábado de manhã e nós caminhamos como um casal de namorados apaixonados! Ele de camisa e bermuda e eu de vestido.
- sabe que eu imagino agente assim!
Ele fala quando um casal de idade passar por nós fazendo seus exercícios.
- Cristian...
- é sério! Aposentados morando em um lugar tranquilo com nossos filhos criados.
- filhos? No plural?
- você gostou de ser filha única?
Eu suspiro.
- não!
- nem eu!
Meus pensamentos voam pro passado!
- Carla descobriu que estava grávida um mês depois que minha mãe morreu eu fiquei tão feliz com meu irmão ou irmã até o meu pai tinha dado uma melhorada quando ela estava com 5 meses eu deixei umas peças do meu lego na escada e ela escorregou e caiu! Ficou muito tempo no hospital mais não conseguiu ela me culpa até hoje por isso!
- você não teve culpa Ana!
- eu sei! Eu só estava brincando com o Jack e a Kate no dia seu tio Lupe tinha ido buscar os dois e fui até lá fora acompanha-los com meu pai ela deu um grito tão alto! No calor do momento no corredor do hospital quando o médico disse que ela tinha perdido o bebê meu pai me deu um tapa na cara e nunca mais foi o mesmo comigo.
Ele aperta a minha mão.
- eu sinto muito!
- ele ficou distante de mim! Minha infância inteira! Sempre fiquei mais na casa dos meus padrinhos do que na minha própria casa acho que se não fosse a Gail eu não morava mais naquele lugar! Quando me formei na escola eu não sabia o que fazer recebi cartas da faculdade mais não tinha a quem recorrer! Meu padrinho foi até minha casa e conversou com meu pai e comigo! Minha mãe tinha deixado uma grana pra mim no banco e dava pra pagar uma parte da faculdade eu vim pra Seattle por ser mais barato! Trabalhei dei duro até o final meu pai não quis saber nem mesmo o meu endereço aqui...
Ele não fala nada só fica acariciando minha mão.
- eu sou uma idiota! Ainda fico pensando nessas coisas...
- não! Você não é idiota! Eu também me pego pensando em algumas coisas! Natal meus aniversários todos longe da minha mãe! A minha primeira semana em Seattle feito um idiota perdido naquele mundo de crianças novas sem ninguém pra me levar no primeiro dia!
Eu deito a cabeça no ombro dele!
- sabe do que mais eu sentia falta?
Ele pergunta.
- do que?
- da comida da Maria!
Eu rio.
- sério?
- aham! Tio Linc tinha uma diarista mais ela era horrível na cozinha então agente sempre comia na rua eu ficava me lembrando dos bolos dos doces do almoço sempre na mesa quando chegava da escola do jantar...
- foi difícil pra todos nós!
- sim! Mais pra você foi pior! Eu cresci rápido fiquei independente e sempre tive conforto!
- é! Mais já passou vamos pensar em coisas boas agora.
- sim!
Ele começa a me questionar sobre o trabalho!
- então você é agrônoma?
- sim! Como a minha mãe!
- porque não trabalha em Hailey? Tem tantas processadoras plantações!
- meu tio tentou e eu também mais sempre era um não! Ou uma desculpa esfarrapada e a sua mãe...
Eu me calo.
- o que tem a minha mãe?
- nada.
Eu olho pro mar mais ele vira meu queixo com delicadeza.
- diga..
- ela cobrava favores das pessoas inventava coisas ao meu respeito! Um dia o tio da Kate Lendrix me fez a proposta de trabalhar pra ele durante 15 dias analisando umas sementes eu fui muito empolgada ele está vinculado com a Grey e então José me viu trabalhando e no outro dia o senhor Lendrix me despediu disse que sua mãe tinha ameaçado de romper o contrato com ele e daí eu comecei a tentar trabalho fora da cidade...
- eu não acredito nisso!
Eu roubo um beijo dele!
- não fica assim! Já passou! E eu gosto do meu trabalho na Arango.
- é perigoso ficar nessa estrada pra cima e pra baixo desse jeito Ana!
- eu tô acostumada...
Nosso fim de semana foi de paz absoluta nos amando nos conhecendo e quando entramos no carro dele pra ir pra casa fico desanimada.
- por mim eu ficaria aqui!
Eu falo e ele ri.
- por mim também!
Deitada na minha cama olhando o teto eu sorrio! Que homem ele se tornou! Lindo delicado carinhoso e eu quero ter ele somente pra mim! Mais sei que vamos ter que enfrentar meio mundo pra ficarmos juntos.
- o senhor precisa me ouvir...
Ouço Jack do escritório quando desço as escadas.
- eu não tenho mais de onde tirar grana Jack posso vender umas máquinas mandar algumas pessoas embora mais...
- não tem mais nada pra vender senhor Steele...
Eu suspiro e bato na porta.
- pai!
- Ana o que foi?
- oi Jack.
- oi!
- tá acontecendo alguma coisa? Precisa de ajuda?
- não eu e o Jack estamos conversando problemas no trabalho.
- posso ajudar se quiser! Eu..
- não Ana! Vai trabalhar.
- pai tem as terras da minha mãe eu posso vender e..
- eu não quero nada que foi dela...
Depois do trabalho eu sigo pra loja da minha madrinha mais Cristian está na porta esperando por mim com um envelope nas mãos.
- o que você tá fazendo aqui?
Ele me olha depois olha prós lados e me rouba um beijo.
- Cristian...
Eu reclamo.
- eu vim trazer isso pra você!
- o que é isso?
- uma proposta pras terras da sua mãe.
Eu arregalo os olhos.
- Jack!
Ele faz que sim com a cabeça.
- não sei se você sabe mais ele trabalha comigo agora.
- eu sei!
- eu quero expandir e suas terras são perfeitas..
- Cristian você tá fazendo isso pra me ajudar.
Ele sorri.
- Leia e depois me procura tá bem?
- tá bom!
Ele faz um carinho no meu rosto.
- eu amo você Anastácia!

Erros do passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora