No coração de Orange Town, aninhados entre as paredes desgastadas da venerável e antiga escola, Scarlet e Buggy se encontram em uma sala de aula que exala um ar de charme atemporal.
Esta sala em particular é uma prova da dedicação duradoura de Miss Moore à educação, um santuário onde o conhecimento floresce como as obras de arte vibrantes que adornam as paredes. Entre as relíquias queridas da academia, livros antigos e adorados ocupam todas as superfícies disponíveis, e suas páginas sussurram ensinamentos de sabedoria a todos que neles entram.
No entanto, não só os livros falam muito sobre o compromisso de Scarlet com seu papel como professora; há os desenhos, criados com carinho por gerações de estudantes, que adornam as paredes como tapeçarias coloridas de criatividade juvenil.
Buggy está na frente de um dos desenhos, uma expressão perplexa gravada em seu rosto enquanto ele estuda a representação de um estudante de uma casa simples, completa com bonecos reunidos em frente a ela. Sua presença na sala parece incongruente em meio ao cenário nostálgico, e seu olhar cético recai sobre a variedade colorida de obras de arte infantis que adornam as paredes.
Com uma sobrancelha arqueada, ele não conseguia entender o que Scarlet via nessas criações aparentemente grosseiras. Ele expressa seu ceticismo, com uma pitada de zombaria em suas palavras. “Você guarda todos os desenhos de merda deles?”
Scarlet não vacila diante do ceticismo de Buggy. Ela espera até que ele se vire para ela, seus olhos contendo uma convicção silenciosa, um desafio escondido sob sua superfície. Ela pode ter ficado tentada a repreendê-lo por suas palavras desdenhosas, mas em vez disso, ela escolhe um caminho diferente.
Sem se envolver em uma disputa verbal, ela se retira para a familiaridade de seu assento atrás da mesa. Quando ela se sentou, seus dedos abriram habilmente uma gaveta, o suave farfalhar de papéis indicando sua busca por algo escondido entre os tesouros que ela tanto prezava.
Os dedos de Scarlet habilmente recuperam duas folhas de papel imaculadas da gaveta, junto com um punhado de lápis, com as pontas intocadas pelas marcas de reflexões anteriores. Com um aceno quase imperceptível, ela indicou que Buggy se juntasse a ela, seus olhos o convidando a participar de um momento compartilhado de criatividade.
Buggy, embora visivelmente cético, não resistiu ao convite silencioso. Ele se aproxima dela com cautela, seus pés o levam até uma cadeira vazia, que ele puxa e se acomoda, posicionando-se em frente a ela.
Já se passaram anos – provavelmente até décadas – desde que ele pisou em uma sala de aula, sua vida como pirata foi escolhida cedo, divergindo acentuadamente do caminho convencional da educação formal. Ele não pôde deixar de sentir uma pontada de vulnerabilidade naquele ambiente desconhecido, um desconforto que o deixou perfeitamente consciente do forte contraste entre sua personalidade pirata e a aura gentil do professor diante dele.
Scarlet estende uma folha de papel para Buggy, e sua extensão em branco o convida a embarcar em uma jornada de expressão criativa. Ela espalha uma série de lápis coloridos entre eles para compartilhar. Seu sorriso gentil acompanha sua oferta, um incentivo tácito para entrar no reino das possibilidades artísticas.
À medida que as linhas em sua testa se uniam, fazendo com que a maquiagem branca de Buggy ficasse confusa, ele não pôde deixar de expressar sua perplexidade. “Por que eu desenharia alguma coisa?”
Scarlet, sem se deixar intimidar por sua resistência inicial, simplesmente dá de ombros e começa a trabalhar em sua própria criação. Seu lápis dança no papel com graça praticada e ela oferece uma resposta imbuída de paciência e sabedoria. “Você nunca entenderá, a menos que tente.”
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O beijo do palhaço (Buggy)
FanfictionScarlet Moore, uma professora em Orange Town, se levanta de sua cadeira entre todas as outras pessoas forçadas a visitar o espetáculo de circo esta noite. Esta foi a primeira vez que ela encontrou o olhar de Buggy fixado exclusivamente nela, sua exp...