Com um sorriso cansado, Scarlet fecha ternamente o livro em suas mãos, o baque satisfatório ecoando pela sala de aula enquanto ela conclui a história. Parando por um momento, ela se sentou parcialmente na beirada da mesa, seu olhar varrendo a diversidade de rostos que a encaravam.
A sala de aula, antes vibrante e agitada com a energia de vinte jovens mentes ansiosas, agora está quase vazia. Fileiras de carteiras, antes lotadas de estudantes, estavam meio vazias, trazendo vestígios fantasmagóricos daqueles que antes as ocupavam.
Restam apenas seis crianças, espalhadas pela sala, com expressões numa mistura de confusão e tristeza, provocadas pelo final inesperado da história e pelo desempenho sem brilho que a Srta. Moore teve ao lê-la para a turma. A atmosfera na sala está pesada de decepção enquanto as crianças esperam que o professor fale novamente.
Limpando a garganta, Scarlet se dirige ao seu público jovem, com a voz áspera e exausta. “Então, meus adoráveis alunos”, ela começa, seus olhos verdes sem o brilho de dedicação que antes era permanente, “a aula de hoje chegou ao fim”.
“Como dever de casa para esta noite”, ela continua, “quero que cada um de vocês reserve um momento para refletir sobre o final da história. Estou curioso para ouvir seus pensamentos e sentimentos sobre isso.”
Não vendo nenhum ponteiro se levantar, indicando que não há mais perguntas ou pensamentos para compartilhar com a turma, Scarlet olha para o relógio da sala de aula. Mostra que faltam mais cinco minutos para o término oficial da aula, mas o jovem professor não tem ideia de como preenchê-los com algo produtivo.
“Vocês podem sair um pouco mais cedo hoje”, Scarlet diz aos alunos, sentando-se em sua mesa. Um coro fraco de conversas irrompe entre as crianças na sala. Eles rapidamente começam a arrumar seus pertences, a sala se enchendo com sons de zíperes sendo fechados e cadernos deslizando para dentro das mochilas. Alguns trocam palavras rápidas enquanto se preparam para voltar para casa.
Scarlet faz o mesmo, arrumando seus pertences em sua mesa. Ao terminar de embalar seu pedido, ela o joga por cima do ombro, saindo da sala de aula logo após seus alunos.
“Senhorita Morre?” A Sra. Anderson, uma colega professora, está parada no final do corredor, caminhando em direção a Scarlet, sua expressão é uma mistura de confusão e preocupação sobre o porquê de sua aula já ter terminado. A mulher mais velha, com cabelos adornados com brilhantes mechas prateadas, não expressa suas preocupações, mas as esconde atrás de um sorriso caloroso e acolhedor.
"Sra. Anderson”, Scarlet cumprimenta o colega professor com um sorriso fraco. "Como posso ajudá-lo?"
"Você ouviu as notícias?" a mulher mais velha sorri, parando na frente de Scarlet, parecendo muito animada para compartilhar as últimas fofocas. “Os piratas finalmente irão embora!” ela sussurra animadamente, esperando que seu colega compartilhe seu entusiasmo. No entanto, Scarlet só conseguiu esboçar um sorriso fraco para mascarar a dor que surgiu em seu peito ao lembrar da partida iminente de Buggy.
“Sim”, ela confirma, com a voz moderada. "Eu ouvi."
Anderson lança-lhe um olhar preocupado e estende a mão, colocando a mão quente e enrugada no braço da jovem professora. "O que está errado? Você não está feliz?
Scarlet balança a cabeça suavemente. “Não, não, estou”, ela garante. "Eu só estou cansado. Os últimos dias foram bastante exaustivos e acho que preciso de uma pequena pausa para me recuperar.”
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O beijo do palhaço (Buggy)
Fiksi PenggemarScarlet Moore, uma professora em Orange Town, se levanta de sua cadeira entre todas as outras pessoas forçadas a visitar o espetáculo de circo esta noite. Esta foi a primeira vez que ela encontrou o olhar de Buggy fixado exclusivamente nela, sua exp...