Os Pilares Do Tempo [Em Andamento]

Capítulo 16: Coruja Falante

Olá unicórnios azuis, como vocês estão? Espero que gostem deste décimo sexto capítulo.

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Coloquei algumas coisas no final do capítulo, leiam se puder. É importante.

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☀️Coruja Falante 🌑

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Amara começou a andar, e Lauren não teve escolha a não ser segui-la, consciente de que ficar parada não era uma opção viável. Ela olhava ao redor, notando que estava sob observação, especialmente pelas duas mulheres que afirmaram ser policiais - embora a suspeita de que fossem corruptas persistisse.

– Este bairro costumava ter a maior taxa de criminalidade da cidade –  Amara continuou enquanto caminhava, cumprimentando as pessoas que retribuíam os acenos, como se ela fosse a própria rainha daquele lugar. – Tanto sofrimento, tanta dor, para quê? – ela virou o rosto sobre um dos ombros, encarando Lauren. – Para nada. Agora, essas pessoas não têm medo de andar por aqui, não importa a hora, e não precisam trancar as portas de seus estabelecimentos à noite. Chinatown ficou mais tranquila desde a minha chegada.

– Você planeja fazer isso pelo resto do mundo? - Lauren perguntou enquanto a seguia pela rua. – Quer deixar o mundo em harmonia.

– Claro. O que mais você imaginava que eu desejaria? - Amara respondeu.

– Dor, guerra e mortes – Respondeu dando de ombros. – Eu sei da história sua e da sua irmã.

– Ah... sim – Ela entrou em um beco estreito e levemente iluminado por lanternas penduradas, com várias portas e entradas para outros estabelecimentos, as paredes estavam cobertas de pôsteres de filmes chineses antigos, que conferiam um ar retrô ao local, a conversa animada dos cozinheiros em mandarim ou cantonês vazava pelas portas semiabertas e, em seguida, adentrou um dos restaurantes e se virou para olhar-la  novamente. – Mas você só conhece uma parte da história.

O restaurante para o qual estava repleto de cores vivas e mesas de madeira polida. A decoração exibia dragões dourados esculpidos, lanternas vermelhas de seda, e pinturas de paisagens tradicionais chinesas. Uma música suave tocava ao fundo, criando um ambiente relaxante e acolhedor. Os clientes, muitos dos quais pareciam ser moradores locais, saboreavam pratos exóticos, conversavam animadamente e bebiam chá. Os aromas dos pratos cozinhando pairavam no ar, desde o aroma doce do molho hoisin até a mistura picante de especiarias.

– Quer dizer que você quer me contar a sua versão? - Lauren perguntou, incerta.

– Uma boa comida precisa de uma boa conversa, não é mesmo?  -  Respondeu ela, convidativa guiando-a para uma mesa isolada perto de uma janela que dava para o beco movimentado.

Enquanto os garçons iam e vinham, atendendo as mesas com bandejas de comida fumegante e bules de chá. A atmosfera era convidativa e, ao mesmo tempo, carregada de um mistério inquietante. Ela se acomodou graciosamente em uma das cadeiras, um sorriso sutil brincando em seus lábios, enquanto convidava Lauren a se sentar. A mesa de madeira escura era adornada com um arranjo de flores vermelhas em um pequeno vaso de cerâmica. À volta, guardanapos de linho branco dobrados com perfeição aguardavam os clientes, enquanto os talheres de prata reluziam à luz fraca do ambiente.

Lauren, ainda incerta e cautelosa, tomou o lugar oposto ao dela. Ela observava o ambiente atentamente, reparando nos detalhes do restaurante e nas pessoas que passavam pela rua movimentada. O murmúrio suave da clientela e o aroma inebriante dos pratos sendo servidos preenchiam o ar, criando uma atmosfera de expectativa e curiosidade. Enquanto ela se acomodava, um garçom se aproximou, deslizando silenciosamente e exibindo um sorriso gentil.