A algum tempo atrás, na grande cidade coreana de Seul, nascia um bebê as margens do rio Nakdong, a mãe da criança passava do pior que existia nesse distrito, a maldade contra ela foi extrema.
Naquela noite fria de março, ela deixava seu filho a borda do rio, com uma pedra afiada cortava o cordão umbilical, e logo em seguida se deitava nas calmas águas, e nisso toda sua dor vai embora com a correnteza, o bebê é deixado sozinho, mas logo um barulho podia ser escutado pelo matagal.
Era uma donzela com penetrantes olhos vermelhos, ela vê o bebê e logo pensa que era um milagre, não era qualquer um que acha um bebê as margens de um rio, o bebê chora um choro que ecoava por todo o matagal, ela pega o bebê em seus acolhedores braços.
Cinco anos depois disso, a senhorita fez todos acreditarem que o filho era dela, mesmo todos os homens tendo medo dela, e o garoto tendo cabelos chocolates encaracolados.
O garoto é criado do jeito mais negligente possível, ela não dava a mínima para o estado do garoto, e o nome que o batizou era "Gomi" que significava lixo no tão apreciado idioma japonês, que para ela era um idioma desprezível.
12 de setembro 2007
"Onde está aquele desprezível do Gomi.." diz a senhora Sonyeo, enquanto muitos de seus capangas procuravam desesperadamente o garoto.
Gomi estava escondido no topo de uma árvore, ele não suportava Sonyeo e nem aquele lugar, porem as grades de ouro impediam ele de seguir livre para seu sonho de conhecer o mundo.
Ele continuou na árvore e esperou a poeira baixar, ele tinha tudo planejado, e se falhasse ele poderia perder também sua vida.
era meia noite, Gomi estava pronto para agir, ele desce rapidamente da árvore, ele observa se tudo estava seguro, a única luz que ele tinha é de uma vela branca.
"É agora ou nunca, é falhar e morrer." Pensa Gomi determinado a fugir daquele local terrível.
Ele tenta calmamente empurrar a porta da frente, mas ela estava trancada, então a única saída era a janela da sala, quando ele observa melhor, vê que também está sem condições de ser aberta.
Gomi então com uma pedra, estilhaça por completo a janela, o barulho ecoa pelo casarão, mas não havia sinal de nenhuma alma viva, então Gomi prossegue já dentro da casa.
Ele enquanto andava lentamente pela casa, olha para todos os lados com medo de ser achado por alguém, a chave era guardada no criado mudo dentro do quarto da Sonyeo, a porta estava escancarada, e a donzela estava descansando tranquilamente com seu tapa olho na sua cama confeitada com rubis como um bolo.
Cada passo de Gomi no tapete era de puro nervosismo, ele tenta abrir cada uma das gavetas, e ele consegue achar a chave do portão na ultima gaveta, ele então com a chave se retira lentamente sem deixar nenhum rastro.
Quando Gomi estava no meio da sala, passos podem ser ouvidos do quarto da senhora Sonyeo, então desesperado Gomi sai correndo mas bate de cara com a porta que havia magicamente se fechado.
As luzes de toda a casa se acedem, e as portas do quarto também se abrem, de lá sai ela, senhora Sonyeo, toda arrumada e exuberante, nem parecia que ela estava dormindo.
"Vai a algum lugar?" Pergunta Sonyeo para Gomi que fica paralisado lá mesmo, Gomi estava visivelmente assustado e sem condições de planejar algo.
Sonyeo apenas se aproxima dele deferindo um arrebatador tapa no seu rosto que o derruba no chão, logo ela agarra seus cabelos e o ergue do chão, Gomi começa a gritar muito alto, mas ninguém parece ouvir nada.
Gomi então decide deixar o medo de lado e se revoltar contra tudo que estava acontecendo, ele se vira e agarra o pulso dela cravando sua unhas com força até ela soltar, quando ela o solta ele corre e agarra uma cadeira de madeira batendo ela contra sua cabeça diversas vezes, ele só para quando se cansa.
Com Sonyeo em posição fetal no chão, ele aproveita para destrancar a porta da frente e correr para o portão, ele consegue sentir a liberdade a cada passo descalço na grama, ele destranca o dourado portão com dificuldade.
"Seu desgraçado!" Diz Sonyeo com um revólver nas mãos, ela aperta o gatilho que atinge o braço de Gomi, mas ele tenta se manter forte e fugir deixando a chave para trás e pela primeira vez em quinze anos pisando em solos diferentes.
Gomi correu, correu até não poder mais.
Gomi teve que viver de bicos que ele encontra em alguns lugares, e nesses bicos ele conheceu Hui, uma jovem que acabou o acolhendo por gostar muito dele.
2010 25 dezembro
"Querido diário, Gomi na área, eu conheci uma pessoa muito legal neste natal, planejo me casar com ela, eu ainda tenho que aprender melhor conviver sozinho pois viajarei para Ulsan, e ficarei metade do meu tempo viajando de lá para Busan e de Busan para Ulsan nós meus próximos anos, vai ser muito bacana, eu espero viver essa experiência do lado daquela que eu amo, e talvez até do lado de uma terceira pessoa."
Ano de 2021
"Diário, hoje eu nunca fui tão feliz, meu filho é a minha cara, ele puxou meus olhos castanho escuro, e essas bochechas.. me da vontade de espremer!! Minha mulher é uma artista! Isso sim que ela é!"
Ano de 20xx
"Diário, talvez essa seja minha última nota, eu e meu filho, minha mulher, estamos sem condições nessa guerra civil, tudo culpa dos desgraçados dos japoneses, mas eles já voltaram, eles sempre voltam, não há mais o que eu possa fazer, que alguém encontre meu diário, deixarei aqui em Busan, hoje é 22 outubro, tchau?."
Gomi se encontrava sozinho, ele não podia mais continuar em Busan, seus planos de vida estavam agora arruinados, ele se questiona se ele realmente queria tanto assim viver, viver em um lugar que ele não é feliz, viver longe do seu filho, da sua amada.
Ele estava tão longe da felicidade que até o inferno parecia rir, as vozes sempre estavam lá, eram sua única companhia, ele não queria, não queria de forma alguma ouvir pessoas que ele mesmo criou, que ele criou para suprir sua solidão.
Estava nevando, nevando cinzas de uma explosão local, eram cinzas misturadas com o pó dos cadáveres de todos aqueles que não queriam morrer, a população coreana estava toda sendo extinta.
Gomi se encontrava sentado em um balanço de um parquinho abandonado, o céu estava com o tom acinzentado, o rosto de Gomi estava coberto pela poeira, ele passa lentamente sua mão pelo seu rosto tirando aquele pó grosso sujando seus dedos.
"Essa maldita cinza, continua vindo nos meus olhos." Diz Gomi enquanto seus olhos se enchem de lágrimas, mas ele enxuga seus olhos e apenas continua balançando sem pensar muito em nada, o seu telefone celular não toca nenhuma vez, o telemóvel parecia chiar como uma sabotagem.
Gomi caminha pelas ruas desertas de Busan, não havia uma alma viva na cidade, estava tudo um tom tão cinza e sem vida, nada assustava Gomi mais, ele estava pronto para o que vier, se fosse bom, ou se fosse mal, se fosse o recomeço, ou se fosse a morte.
Ele só queria a garantia que seu filho estava bem, apenas isso, uma coisa simples, mas o celular não tocava, não tocava nenhuma vez, isso deixa Gomi desesperado, o sol começa a morrer lentamente no horizonte, e com isso Gomi estava decidido, ou ele sofria mais, ou acabava totalmente com seu próprio mundo.
Enquanto o sol sumia no horizonte, no alto de um monte em Busan, Gomi despenca-va em um abismo, ele tem essa tristeza, mas agora, ele se sentia vivo, para ele, a morte é um momento que vale a pena se sentir.
Com o clack, todos seus ossos estavam quebrados, com isso, o sol desaparece finalmente do céu abrindo espaço para brilhante lua.
A corrente do mar, ela vai, e ela vem, mas Gomi não voltaria mais, nunca mais.
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the moment i knew
Genç Kurguem uma sociedade onde o mau é superior ao bem uma pequena cidade segue firme e forte cercada por montanhas, o mundo teme um confronto entre o mau e o bom, de novo..