Capítulo 03👩🏻‍🌾

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     Na manhã seguinte, sou despertada por batidas na porta

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     Na manhã seguinte, sou despertada por batidas na porta. Levanto da cama, corro para abri-la e encontro Rosana carregando várias sacolas.

— O que é tudo isso? — pergunto curiosa.

— Tudo o que você irá precisar. Roupas, sapatos, lingerie, produtos de higiene pessoal. Comprei o que achei que combina com você. — ela diz, entrando no quarto e depositando as sacolas na cama.

— Obrigada! — agradeço com sorriso sem jeito.

— Não me agradeça, só estou cumprindo ordens. Mas sempre que precisar de algo, me avise — Rosana fala antes de se retirar do meu quarto.

Observo as sacolas e me aproximo. Dentro delas, há diversas peças de roupa, vestidos floridos e de várias cores, todos lindos, exatamente como sempre quis. Na outra sacola, algumas lingeries de renda. Escolhi uma calcinha e um vestido simples florido. Decido tomar banho e, quando termino, saio do quarto para explorar a grande casa, respeitando, é claro, os limites estabelecidos pelo senhor Arthur. Caminho pelos corredores, observando como os cômodos são amplos e elegantes. Ao adentrar uma sala com portas azuis, percebo ser uma biblioteca gigante, o que me deixa um tanto curioso. Apesar de nunca ter estudado formalmente, eu sabia ler, graças aos ensinamentos de minha mãe.

Ela costumava contar contos de princesas, como A Bela e a Fera ou da Rapunzel. Também amava quando ela lia histórias de cavaleiros que faziam de tudo para salvar suas donzelas. Mamãe dizia que eu era uma princesa, que um dia iria conhecer meu príncipe. Esses pensamentos me invadem agora. Será que algum dia um príncipe virá me resgatar deste lugar?

Espero que sim.

Pego um livro um dos livros com a capa dourada na primeira prateleira, com a intenção de ler no jardim. Saio apressadamente da biblioteca, mas acabo colidindo com uma parede de músculos, caindo no chão, e pelo impacto meu vestido sobe um pouco, revelando metade das minhas coxas. Olho para cima e vejo o senhor Arthur com expressão zangada, acompanhado por dois homens. Minhas bochechas coram de vergonha e levanto-me do chão apressadamente, ajustando minha roupa no lugar.

— S-senhor Arthur, desculpe — peço, baixando a cabeça.

— Olha só, parece que caiu uma sereia em sua rede. Quem é essa? — Um dos homens ao lado de Arthur perguntou curioso.

— Saia daqui! — Arthur quase rosna que me faz tremer de medo.

Rapidamente volto a correr em direção à porta, com o coração quase saindo pela boca.

Ao chegar no jardim, ponho as mãos nos joelhos e solto o ar que estava segurando.

— Virgem Maria! Achei que esse seria o meu fim — murmuro para mim mesma.

— Está falando com alguém? — ouço alguém se aproximando, olho em sua direção; era um moço magro de pele bronzeada e de altura média.

— Ah... Não.... Só vim ler ao ar livre, senhor. — apresso-me em dizer.

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