Cap 11👩🏻‍🌾

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        Tento me mover, mas cada pedacinho do meu corpo dói quando as memórias de ontem invadem minha cabeça e tento me levantar com rapidez

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        Tento me mover, mas cada pedacinho do meu corpo dói quando as memórias de ontem invadem minha cabeça e tento me levantar com rapidez. Porém, a dor em minha vagina me faz deitar novamente.

Olho para o lado e vejo uma parede de músculos virada de costas com a respiração tranquila. Prendo a respiração, mas ao notar que ele dorme, a solto devagar. Com dificuldade, tento me levantar outra vez. Passo a mão em meu cabelo, percebendo que meu cabelo está cheio de nós em cada fio, mas ignoro esse detalhe nesse momento, tudo que eu quero é sair desse quarto.

Assim que consigo sair da cama, percebo meu vestido rasgado em um canto. Sem outra opção de roupa, pego a camisa de Arthur que estava no chão e a visto, e ela cobre até minhas coxas. No entanto, lágrimas ameaçam escapar dos meus olhos quando percebo que a porta ainda está trancada.

Começo a procurar a chave por todo o quarto e a encontro na mesinha ao lado da cabeça de Arthur. Vou até lá na ponta dos pés e a pego. A chave emite um pequeno ruído, fazendo Arthur se mexer ligeiramente. Minha alma quase sai do corpo com seu movimento, mas graças a Deus ele continua dormindo. Com as mãos trêmulas, tento abrir a porta, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Quando finalmente consigo, sai depressa para fora, fechando a porta cuidadosamente atrás de mim para não acordá-lo. Respiro fundo, ignorando a dor entre minhas pernas.

E então, corro.

Desço as escadas como uma sombra, os empregados nem percebem minha presença quando saio do casarão, pois estou correndo em desespero, como se minha vida dependesse disso. Corro tanto que sinto-me sem fôlego e parei assim que cheguei ao pequeno riacho que havia depois de alguns pastos. Estou tão confusa. O que aconteceu ontem? É isso que as pessoas casadas fazem? Eu estava com vergonha, pois ninguém nunca antes me viu ou me tocou como Arthur fez.

Sentindo meu olho arder em lágrimas, apressei-me em tirar aquela camisa que tinha o forte cheiro daquele homem e caminho lentamente até que todo o meu corpo esteja coberto pela água e começo a me lavar, esfregando minhas coxas para remover o sangue, lavo bem lavado, até que não tenha mais nenhum vestígio dele em mim.

Termino de me lavar e saio do riacho e visto novamente a camisa, permanecendo ali por um momento, observando o horizonte, tentando acalmar a confusão que está na minha cabeça. Aquilo doeu muito, mas também gostei de como ele passava as mãos em mim...
Tudo era tão estranho.

Aquilo foi um castigo?

Coloco as mãos no rosto choro, pois não tinha feito nada e estava me sentindo uma idiota medrosa. Enxugo meu rosto e volto para a fazenda e vou direto ao curral. Vejo Max bebendo água e entrei na baía, abraçando seu pescoço. Ele não se move. Parece entender minhas angústias.

— Ele me machucou, Max... De um jeito mais depravado do que eu poderia imaginar... Foi horrível, não quero mais fazer aquilo nunca mais... — digo, fungando. — Não quero vê-lo... O que faço, Max? Tenho vergonha de encará-lo e medo de que ele queira fazer tudo de novo.

Propriedade Do Fazendeiro  - Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora