Cap 15🐎👩🏻‍🌾

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         Quando saio do banheiro, não encontro Arthur no quarto

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         Quando saio do banheiro, não encontro Arthur no quarto. Aproveito a oportunidade para pegar um vestido e me lembro de pedir a Rosana para colocar barra em todos eles. Não queria me sentir tão exposta para ele, mas logo percebi que isso seria inútil. Arthur sempre teria o que queria, independentemente das roupas que eu usasse.

Opto por um vestido lilás com mangas longas e, antes que venham me chamar para o café, decido descer. No entanto, ao chegar ao final da escada, vejo uma moça alta e bonita de cabelos curtos usando roupas elegantes de costas, conversando de modo íntimo demais com Arthur. Sinto meu coração bater forte diante da cena e seguro firme na barra da escada, sem entender minha própria reação.

Arthur percebe minha presença e, como de costume, me analisou dos pés à cabeça. Seu gesto faz a moça acompanhar seu olhar, observando-me também.

— Então, esta é a sua mulher... — Mônica comenta baixo, aproximando-se de mim e me abraçando. Desajeitada com esse gesto repentino, permaneço imóvel. — Sou Mônica, uma grande amiga do seu marido.

— O-oi, eu sou a Mel. — digo timidamente.

— Lindo nome, Mel. Assim como você. — Mônica olha para Arthur, que está sério. — Agora entendo por que ele te escolheu.

Mordo minha bochecha, sem saber como reagir ao seu elogio. Todos devem pensar que nosso casamento é de verdade, e talvez por isso ela continue me olhando com curiosidade quando se afasta.

— Quantos anos você tem, Mel? — questiona ainteressada.

— Seria melhor irmos logo tomar café. — Arthur a corta, mal-humorado como sempre.

— Ah, claro... Vamos. — Mônica caminha ainda sem tirar os olhos de mim, e por um momento, aliso meu vestido para verificar se não está amassado ou algo do tipo.

Os sigo até a mesa e sinto alívio ao perceber que hoje Arthur não ficaria passando a mão em mim como de costume, afinal, havia visita. Quem sabe ele teria modos e eu pudesse sentar longe dele também.

Bem, não custa tentar.

Dou a volta na mesa, indo para a outra ponta, talvez ele nem perceba se eu não olhar para ele, pois estava tão focado conversando com a amiga que. No entanto, quando estou prestes a me sentar o mais longe possível dele, sua voz baixa faz meu corpo congelar.

— Melissa, querida. Este não é seu lugar. — adverte, e olho para ele, que tem uma sobrancelha levantada para mim.

Fechei meu punho com raiva, voltando para o meu lugar habitual ao seu lado. Começamos a comer, e sua mão começa a tocar minha coxa, apertando-a vez ou outra enquanto ele conversa com Mônica, que parece alheia ao que está acontecendo debaixo da mesa. Tenho que controlar minha respiração quando sua mão sobe até o topo e desce novamente, numa tortura sem fim.

— O que gosta de fazer no tempo livre, Mel? — Mônica perguntou, dirigindo-se a mim novamente.

— Gosto de pintar e de ler. — Respondi baixo, tentando engolir um pedaço de pão de queijo.

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