Capítulo 13🐎

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         Quando desperto naquela manhã e percebo o vazio ao meu lado na cama, meus olhos se direcionam à mesinha de cabeceira, apenas para descobrir que a chave não estava mais ali, mas agora pendia na fechadura da porta

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         Quando desperto naquela manhã e percebo o vazio ao meu lado na cama, meus olhos se direcionam à mesinha de cabeceira, apenas para descobrir que a chave não estava mais ali, mas agora pendia na fechadura da porta. Um sorriso brinca em meus lábios.

Anjinha fujona.

Levanto-me, examinando o estrago deixado em minha cama. Manchas de sangue tingiam os lençóis, testemunhando que a bela mulher havia sido tocada apenas por mim. Deveria ter percebido seu medo, apenas por sua expressão de espanto ao ver meu pau. Provavelmente ela sequer já viu algum homem nu. No entanto, estava cego de ciúmes para compreender que ela não estava mentindo. Meu temperamento, infelizmente, não era dos melhores, e o pensamento de uma nova traição inflamou minha raiva.

Caminho até o banheiro tranquilamente . Sei que ela não deve ter fugido. A pobre moça era excessivamente medrosa para tal ato.

— Melissa...— Testei seu nome em voz alta, deixando-o ecoar em meus lábios. E, porra, o som soa mais suave e doce do que eu esperava.

Ao sair do banheiro, troco a roupa de cama e saio do quarto.

— Rosana?! — chamo minha Governanta, que sobe as escadas rapidamente.

— Sim, senhor?

— Onde está minha mulher?

— Eu não a vi... Ela também não está em seu quarto. — Rosana responde nervosa.

— Me informe se ela aparecer.

— Sim ..

— coloque novos lençóis na minha cama. — A oriento e Ela acena.

Passo por ela caminhando em direção à cozinha procurando por Katia. Aquela empregadinha irá me explicar por que mentiu para mim. Mas, por sorte dela, não a acho em lugar nenhum. Peço a Jorge, meu capataz, para preparar meu cavalo, e logo ele está ali, pronto e à minha espera. Calço minhas botas próprias para cavalgar e subo no animal. Observo algumas pegadas pequenas pelo trilho que leva até o pequeno lago do outro lado do pasto e deduzo que meu pequeno anjo esteve por aqui. Poderia segui-las, mas decidi mudar minha rota, virando meu cavalo para conferir meus novos rebanhos de gados e verificar o progresso nas plantações de mandioca.

Eu sempre fui exigente com minha fazenda e tudo que nela habitava. Estas terras pertenciam à minha mãe; ela construiu sua riqueza sozinha, mesmo quando estava grávida de mim. Quanto ao meu pai, nunca o conheci. Minha mãe contava que ele nos abandonou quando soube de sua gravidez. Apesar disso, fomos felizes. Mainha sempre me deu carinho, e tive uma infância alegre como qualquer outra criança, até o dia em que encontrei seu pequeno corpo pendurado em uma corda dentro de seu próprio quarto, quando eu tinha apenas quatorze anos. Foi um choque. A cena permanece nítida em minha mente até hoje. Eu não compreendia por que ela havia se suicidado e me deixado sozinho, assim tão abruptamente, e toda vez que me lembrava daquela cena, me sentia sufocado, como se meu peito fosse explodir. Nunca mais tive coragem para entrar em seu quarto desde então. Sentia-me abandonado e traído. Será que eu não fui um bom filho como eu achava que era?

Propriedade Do Fazendeiro  - Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora