Capítulo 12👩🏻‍🌾

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Boa leitura :)

           Abaixei a cabeça, relutante em encará-lo depois de tudo que aconteceu na noite anterior

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           Abaixei a cabeça, relutante em encará-lo depois de tudo que aconteceu na noite anterior.

— Patrãozinho , sua mulher me agrediu por eu ter dito a verdade. Veja só como ela me deixou! — A falsa serpente diz baixinho, com uma expressão de inocência tão convincente que até eu, se não soubesse que ela está mentindo, poderia acreditar.

Ela deveria abandonar este emprego e tentar a sorte como atriz na capital, como consegue ser tão falsa e cruel?

— Não vai dizer nada? — Arthur pergunta, direcionando-se a mim.

Levanto a cabeça em desafio, encontrando seus olhos azuis.

— Não, acredite em quem o senhor quiser... Já deixou claro que a mentirosa aqui sou eu, não é ? — deixo escapar,
arrependendo-me no mesmo instante, pois ele trava o maxilar pela minha ousadia e dá um passo em minha direção.

Vejo que seu movimento fez com que ele liberasse o caminho para a saída da cozinha e sem pensar em mais nada, corro pela cozinha, mantendo-me longe dele e como o diabo foge da Cruz, subi as escadas rapidamente e entrei no meu quarto, trancando a porta  e encosto nela. Meu coração está a mil, e acho que vou ter um treco. Ainda encostada na porta, com a mão no peito, batidas fortes soa atrás de mim, e pelo susto, minha alma quase sai do meu corpo.

— Abra essa porta, agora! — Arthur exige. Me afasto da porta, e a cada batida dele, imagino a hora em que essa porta cairá no chão.

— Por favor, Sr. Arthur... Me deixe em paz, eu não fiz nada! — imploro, abaixando-me no chão e começando a chorar.

As batidas cessaram, e tudo ficou em silêncio. Esperei um pouco imaginando que ele voltaria, mas graças a Deus isso não aconteceu. Então, levantei-me e dirigi-me ao banheiro. A primeira coisa que fiz foi encarar meu reflexo no grande espelho que havia ali. Foi então que percebi meu estado deplorável. Meu rosto estava vermelho e inchado de tanto chorar. Havia um pequeno corte em meus lábios, provavelmente causado pelo beijo possessivo de Arthur. Meu cabelo estava molhado, mas era evidente o embaraço em que se encontrava. Sabia que levaria mais de meia hora para desembaraçá-lo.

Retirei a blusa de Arthur e a enrolei, jogando-a no cesto de roupa suja com uma vontade intensa de jogá-la no lixo, tamanho era minha raiva. Tentei evitar encarar o espelho novamente, não queria ver o estado em que meu corpo ficara após seus chupões ou suas mãos me apertaram por todos os lados. Tomei um banho rápido e, ao sair do banheiro, vesti um longo vestido branco com mangas compridas, sem roupas íntimas por baixo, ainda sentindo-me dolorida. Não queria me expor. Talvez se eu me cobrisse mais, ele não me tocasse daquele jeito. Questionava-me se o meu vestido favorito era indecente. Respiro fundo. Apesar dos meus esforços em procurar um culpado por toda aquela situação, sabia no fundo que não era eu...

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