Capítulo 06, 👩🏻‍🌾

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    Três meses se passaram desde que vi o senhor Arthur

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    Três meses se passaram desde que vi o senhor Arthur. Meus dias se resumiam a aulas pela manhã e, à tarde, lia para Max no curral, às vezes escapava para o riacho que havia na fazenda.

Vi Eduardo algumas vezes por aqui; ele sempre iniciava conversas, mas eu tentava dar-lhe a mínima atenção. Por um instante, pensei que ele poderia ser meu príncipe, que me levaria para seu castelo. No entanto, por ora, só queria evitar que Arthur soubesse que eu falava com ele. Katia podia estar certa sobre ele não gostar disso. Não compreendia por que não podia conversar com os homens da fazenda... Mas o medo de Arthur brigar comigo falava mais alto.

Dona Gesa estava me ensinando artes hoje, algo que aprendi a amar nestes meses. Estava ansiosa para pedir ao Sr. Arthur que me desse telas e tintas. As aulas estavam me ajudando de verdade, eu poderia agradecê-lo por isso, lhe pintando um quadro quando retornasse. Ao concluir a aula, despeço-me de Dona Gesa. Mesmo com a relutância de Rosana em cozinhar para mim, eu mesma preparo rapidamente algo para comer, depois, opto por dar mais uma volta pelo casarão.

Eu estava entediada; sentia falta dos meus pais e do meu irmãozinho. Aqui, não havia ninguém para conversar, exceto Max. Contudo, eu sabia que ele nunca iria me responder... Sentia-me completamente só.

Caminho descontraidamente pelo corredor, prestes a adentrar meu quarto, quando percebo uma porta entreaberta a quatro portas de distância da minha, e meu corpo se arrepia

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Caminho descontraidamente pelo corredor, prestes a adentrar meu quarto, quando percebo uma porta entreaberta a quatro portas de distância da minha, e meu corpo se arrepia. Era o quarto do Arthur.

Será que ele havia chegado?

Avanço cautelosamente, olhando ao redor, não vejo ninguém por perto. Movida pela curiosidade, inclino apenas a cabeça entre a porta, mergulhando na escuridão daquele quarto. Olho para trás novamente, não avistando ninguém, e impulsivamente decido entrar. Talvez uma empregada tenha vindo limpar e esquecido de fechar. Não vou demorar, apenas darei uma rápida espiada. Observo o interior do quarto e noto que ele gostava de tons escuros, especialmente o preto. Uma poltrona de couro preto se destaca perto da enorme cama, assim como um amplo sofá em outro canto e um tapete de pele de animal no centro do quarto.

Apesar do lugar ser um pouco sombrio, o ambiente é notavelmente bonito e organizado. Deslizo meus dedos por uma estante próxima, e três livros capturam minha atenção. Ao examinar a capa de um deles, vejo um cavalo, uma mulher e um homem de mãos dadas, despertando minha curiosidade. Fico tentada a ler. Mordo minha bochecha e corro até a porta, verificando se a barra ainda estavas limpa, retorno à estante, pego o livro e coloquei discretamente na parte superior do meu vestido e, como uma menina travessa, corro para fora, ansiosa para mergulhar nas páginas deste livro. Fora do casarão, caminho até o curral e me apresso a sentar-me perto de Max, e começo a folhear aquele belo livro.

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