Capítulo 04🐎

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       Casar não estava nos meus planos

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       Casar não estava nos meus planos. Odiava a ideia de me prender a alguém.

Amor?

Não sentia isso por ninguém desde que encontrei minha ex-noiva com um dos meus capatazes. Amava aquela desgraçada, fiz tudo por aquela vadia, mas o ódio tomou conta de todo meu ser quando a descobri traindo-me. Mandei matá-la e, desde então, usava as mulheres apenas para meu prazer.

Quando quis amar alguém, fui enganado da pior forma. Conheci o pai de Melissa, que precisava de dinheiro, e eu precisava de alguém para sujar as mãos por mim. Ele recusou o dinheiro em primeiro momento, preferindo que eu ficasse em dívida com ele. Quanto ao capataz, teve sorte e fugiu antes que eu pudesse acabar com ele.

Eu não sabia que Santana tinha uma filha, e agora estava casado com ela. Uma garota que mais parecia um anjo encarnado.  Ela possuía olhos verdes como um lago em sua mais bela aurora, seus cabelos castanhos longos dançavam com a delicadeza de um véu, emoldurando seu rosto angelical. Não havia dúvidas: ela era um anjo, meu anjo, e agora minha propriedade.

Inicialmente, não planejava me casar com ela, mas diante de sua beleza extraordinária, não poderia deixá-la a uma simples posição de empregada. Os fazendeiros desta região são impiedosos, então não podia arriscar. Certamente, aproveitariam de sua ingenuidade para tirar-lhe proveito. Como seu esposo, eu tinha a certeza de que ninguém ousaria colocar as mãos nela.

Bem, a não ser eu.

Meu plano era apenas mantê-la longe de mim, ocupada até a volta de seu pai. Apesar da beleza da moça, suas roupas estavam em péssimo estado. Então, decidi mandar roupas novas para ela, e Deus, achei que era impossível ela ficar mais bonita.

No dia seguinte, eu tinha uma reunião marcada com alguns fazendeiros vizinhos e enquanto discutimos a expansão para novos rebanhos de gados para minhas terras, alguém colide comigo com tanta força que cai no chão. Olho para a garota, agora no chão à minha frente, com o vestido levantado, revelando suas belas coxas quase pálidas. Mário, que estava ao meu lado, não perde a chance de fazer um comentário malicioso, enchendo-me de ódio. Como ela ousa permitir que alguém a veja tão intimamente desse jeito?

Que garota desastrosa.

— Vamos, Arthur, me diga. Quem era ela? Nunca a vi aqui antes — Mário insiste, e respondo de maneira direta e grossa:

— Ela é minha esposa. — digo tranquilamente.

— Isso é uma piada? — Mario sorri, mas não retribuo o sorriso. — Porra, sério?

— Sim, portanto tente manter esses olhos e mãos bem longe dela! — virando-me para alertar Bernardo, apenas para perceber que o sujeito tinha se afastado sem que eu notasse.

— Ela parece ser tão jovem para você — Mário retruca. — E por que não nos convidou para o casamento? Por acaso, você engravidou a garota?

Minha vontade é de socar a cara desse idiota. Quem ele pensa que é para se intrometer no que faço ou deixo de fazer?

Propriedade Do Fazendeiro  - Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora