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Yasmim

Bebi a metade da minha bebida e joguei a metade fora. Já tava começando a ficar tonta.
Peguei meu celular e pedi um hambúrguer e um copo da felicidade no ifood.

Me sentei no banco de mamadeira que tinha ali fora e cruzei os braços.

Encarei Igor que vinha na minha direção e virei a cara. Tô bolada com ele. Porra, precisava jogar a bolsa naquela força ?

Igor: Aí. - Não respondi e nem olhei pra ele. - Olha pra mim cara.

Balancei a cabeça negando.

Igor: Foi mal pô, não tava na intenção de te machucar.. - se abaixou na minha frente.

— Não tava na intenção de machucar mas machucou, e aí ? - encarei ele. - Tá com raiva desconta em outra coisa, não em mim. Não te fiz nada, ou fiz e não tô sabendo ?

Igor: Foi mal. - sentou no meu colo, ajeitando a perna de cada lado. Abusado. - Desculpa eu ?

— Não. - virei a cara olhando lá pra baixo. Encarei ele de novo que tava todo fofinho. - Aí, tá bom.

Igor gargalhou e aproximou a mão do meu rosto, me forçando a fazer um biquinho

— Para cara. - falei toda estranha por conta do bico. Igor beijou minha bochecha onde tinha o machucado e tirou a mão da minha boca. - Por que tu tava com raiva ?

Igor: Uns bagulho de mais cedo aí. - desviou o olhar. Não senti firmeza no que ele disse mas dei de ombros. - Vai voltar ?

— Não, só vou esperar meu hambúrguer e meu doce chegar e vou meter o pé. - concordou.

Igor: Vai dividir teu lanche comigo né ? - neguei. - Qual foi pô ?!

O mesmo deitou no meu peito. Ajeitei ele que tava no meu colo e fiquei mexendo no cabelo dele.

— Vai retocar esse reflexo aqui ou vai pintar de pretin ? - perguntei.

Igor: prefere qual tu ? - sorri

— Ah os dois, mas fica com ele de reflexo. Depois você pinta de pretin - Sorriu.

Igor deitou a cabeça na curva do meu pescoço e ficou quietinho por um tempão.
Deslizei minha mão pela nuca dele que se arrepiou, rir fraquinho.

[...]

Escutei a buzina da moto e olhei vendo o homem do ifood.

— Levanta o coisa. - Igor resmungou e se jogou no banco.

Levantei e fui até o rapaz pegando as duas sacolas.

— Obrigada moço, bom trabalho. - o rapaz sorriu e acenou.

Caminhei até Igor que tinha o cenho franzido.

Igor: Por que que o codorna ali sorriu pra tu ? - gargalhei. - Hum ?

— Se liga cara. - dei dedo. - Tô indo pra casa, avisa lá quando tu voltar.

Sobre nós [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora