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    Capítulo 1

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    Capítulo 1


Xiao Zhan permanecia com olhos baixos. Aprendeu a não levantar o olhar, a face esquerda ainda doía pelo tapa que havia recebido. Sabia que a ajuda nunca chegaria. Ainda se encontrava em um profundo estado de choque, por isso, com o passar das horas, se tornava mais difícil não se desesperar.

Sua vida, tal como planejara, mudou para sempre, estava certo que a morte viria lhe dar as boas-vindas muito em breve. Isto não podia estar acontecendo.
Quantas vezes tinha cruzado por sua mente esse pensamento desde o dia em que foi sequestrado?

Seu olhar se moveu lentamente ao redor do chão da cova. Alguém havia varrido cuidadosamente a sujeira e os escombros até deixa-los quase limpos. Havia luzes no teto iluminando bem o lugar.
Escutou passos se aproximando e o medo se apoderou dele. E agora?

O medo  surgiu no momento em que um dos seres que o levara até aquele lugar entrou na sala.
—Inútil. Resmungou em voz baixa.

Levantou o olhar, esse ser não era humano. O impacto de saber que não era humano ainda não passara. Se alguns dias atrás lhe dissessem que existiam outras espécies teria rido e perguntaria de que filme saiu tal ideia. Mas, agora não era nada engraçado. Seu olhar percorreu o ser de pele azul. Seus olhos eram amarelos, como os de uma serpente e sua voz tênue de uma maneira horripilante que enviava calafrios por sua coluna.
—Escutou-me terrícola? Você é inútil.

Xiao Zhan assentiu, não falaria. Sabia que se o olhasse por muito tempo ou falasse, receberia um novo golpe no rosto.
Eles eram de uma raça chamada Anzons, foi o que lhe disseram quando o apanharam no bosque perto de sua casa.

Os dias em que esteve cativo pareciam uma eternidade.
Escutou outra série de passos e levantou a vista. As fêmeas de sua espécie tinham os mesmos horripilantes olhos amarelos e o tom azulado de pele. Tinham seios e parecia que só tinham cabelo em uma faixa na parte superior da cabeça até a parte inferior do pescoço, sua estrutura corporal não era tão distinta. Todos eram magros e altos.

  —Foi confirmado. — A fêmea falou. —Esse ômega não é capaz de se reproduzir com nossos machos O ser humano não é a resposta que procuramos.

—Então ele poderia dar algum alivio a nossos machos. Não é repulsivo à vista e sua forma é bastante similar à nossa.

A fêmea replicou asperamente.
—O exame físico que fiz enquanto ainda estava inconsciente afirma o contrário. Ele morreria.

—Então é inútil de qualquer modo.

A fêmea franziu o cenho.
—Onde está sua compaixão Yoz? Seria uma tortura pra ele, a dura cobertura da ponta de seu sexo o rasgaria por dentro. Sangraria e a dor seria... — A mulher estremeceu. —Não desejaria tal destino a um inimigo e não estamos em guerra com o mundo dele.

—Vai morrer de qualquer jeito e tenho curiosidade.

—Yoz. — A fêmea sibilou. —Não permitirei. Tenho outro destino pra ele.

Hanguang-Jun e seu ômega humano Onde histórias criam vida. Descubra agora