— Olha só! Pensei que tivesse dito que não participaria "nem à paulada". Que foi, gatinho, não conseguiu manter a palavra? – O fuzilei com o olhar e respirei fundo para não o enforcar.
— Que caralhos cê faz aqui?
— O mesmo que você, não acha? Esqueceu que fomos os dois mais votados? Ingênuo, você, não? – Riu anasaladamente.
Revirei os olhos e bufei, aguardando quem nos daria as instruções.
•••
— Bom, acho que já sabem, mas vocês se casarão de verdade, porém será algo temporário, então relaxem, meninos. – O senhor Toshi falou com um sorriso simpático nos lábios. Eu estava desacreditado, pensei que seria um casamento falso, não verdadeiro!
— Entendo. E como funciona a questão do programa, câmeras espalhadas ou camera-mans? – O moreno questionou sem dar a mínima para o lance do casamento.
— Bem, terão câmeras espalhadas pela casa que ficarão filmando e em outros casos, serão camera-mans mesmo. Vocês terão câmeras em quase todos os cômodos, banheiro e quarto ficarão sem câmeras, lembrando que no quarto, alguns camera-mans entrarão lá para gravar algo e depois irão sair para que tenham ao menos um pouco de tempo para descansar.
Assenti com a cabeça, eu não podia expressar meu ódio e rancor naquele pobre senhor.
— Bom, se vocês tiverem alguma dúvida, podem me perguntar.
— Sobre essa tal "cena do beijo", o que seria, como aconteceria e quando aconteceria? – O questionei com uma leve ansiedade.
— Bom, terá mais de uma cena do beijo, como sabem, vocês terão que fingir casamento, então terão que se beijar mais de uma vez ao dia, e também terá o casamento, então iram se beijar pela primeira vez lá. Acontecerá normalmente, e não tem um "quando" exato. Será nos momentos que acharem melhor, se quiserem combinar, sintam-se à vontade para isso.
— Certo, obrigado... – Assenti com a cabeça.
— Se me dão licença, tenho que atender à ligação.
Assenti.
Assim que o senhor saiu, o brócoli ambulante virou-se para mim.
— Estás tão ansioso assim pra me beijar, gracinha?
— Vá se foder.
— Não prefere que eu te foda, huh?
— Mas que... – Corei forte e me privei de soltar o palavrão, vendo que o senhor Toshi havia voltado.
— Bom, alarme falso, então, meninos, de acordo? Se sim, posso trazer os contratos para que assinem agora mesmo e já começamos a planejar casamento e a casa onde ficarão.
— A-ah, estamos de acordo... – Suspirei.
— Ótimo! Pedirei para que tragam o contrato – Sorriu singelo e discou algum número – Senhora Yagi, pode trazer o contrato!
•••
Cerca de dois minutos depois, uma jovem de cabelos cor de fogo entrou na sala com um papel e caneta tinteiro.
— Aqui está, senhor Toshi – Ela se curvou, fazendo uma reverência casual, e saiu.
— Obrigado! Bom, meninos, leiam direitinho e assinem, levem o tempo que precisarem, terei de sair agora, mas podem entregar o papel para a Secretária Yagi... Até.
— Até...
— Até depois, senhor! – Izuku soltou.
Sorrindo para nós uma última vez, senhor Toshi saiu.
— E então, gracinha, – Ignorei o garoto e continuei a ler o contrato – Cê vai mesmo ler isso?
— Diferente de você, tenho muito a perder caso tenha algo errado aqui.
— Por favor! Você viu o sorriso daquele senhor, ele pareceu bem confiável para mim.
— Sabe quem mais parecia confiável?
— Não venha com personagens de Toy Story, gracinha... – Revirou os olhos e se estirou na cadeira.
× Izuku Midoriya ×
Vendo ele tão concentrado me fez querer perturbá-lo. Ele ficava adorável irritado.
Puxei o contrato da mão dele e coloquei na mesa, tirei proveito que ele se levantou para pegar o papel e me ergui junto, prendendo-o contra a mesa.
— Que porra..? Me solta! – Esbravejou.
— Não, não. Quando me beijar, aí eu vejo se te solto.
— Eu já disse: não te beijo nem à paulada.
— Já esqueceu? – Baixei o corpo sobre ele, começando a falar no ouvido do jovem – Vamos casar...
— Não serão beijos de verdade, não conta. Agora, me solta.
— Eu já disse, quando me beijar, eu solto.
— E eu já disse, que não vou beijar um galinha!
— Eu sou galinha? Ah vá.
— Não, sou eu, eu que levo prostituta pra casa todo dia! – Falou com um tom irônico.
— Aah, então é por isso que você é tão cismado comigo? Isso tudo é inveja? Invejas que não é você que eu tô comendo? Que fofo, gracinha...
— Vá se foder, Izuku Midoriya.
O louro conseguiu ficar frente a frente comigo, mas, ainda, preso.
— Ah, gatinho, quando vais perceber que me ama? – Sorri perverso.
— Eu não am- – Segurei suas bochechas, a porta foi aberta e uma voz ecoou.
— Meninos, eu esqueci aqui meu óculos, vim pegar e... Oh, estou atrapalhando..? – Questionou meio sem jeito.
Katsuki me empurrou e voltou a segurar o contrato nas mãos.
— N-não, senhor! Peço perdão por isso... – As bochechas do jovem estavam rosadas e a voz trêmula...
— Bom, vim só pegar meus óculos e já estou saindo.
Após o senhor Toshi sair, me virei para Bakugou e comecei:
— Se já ficas todo vermelhinho e trêmulo assim com uma tentativa de beijo, imagino como ficarias quando passarmos a noite fodendo...
— Não ouse me imaginar assim! Você não tem esse direito, seu arrogante. Se não vai ler o contrato, só assine essa porra e me entregue para que eu o leia.
— Você é chato, sabia? Mas, tudo bem, gracinha.
Após assinar o papel, deixei o ambiente, sobrando apenas um Katsuki puto.
× Katsuki Bakugou ×
— Nos vemos em breve, meninos!
— Com certeza, senhor Toshi!
— Onde está o senhor Midoriya?
— A-ah, ele saiu mais cedo...
— Entendi, bem, se não se importa, o que faziam na minha sala?
— E-er, ele queria... M-me irritar..?
— Ah, sim, entendo. Eu e minha esposa também éramos assim, eu sempre gostei dela, mas ela não ligava, então a irritava para que tivéssemos ao menos um assunto, sabe? – Assenti – Bem, talvez ele esteja tentando o mesmo com você, senhor Bakugou. Talvez esteja só tentando lhe conquistar... Bem, eu tenho que voltar ao meu escritório, até, senhor Bakugou.
— Até... – Acenei e fiquei pensativo sobre o que o mais velho dissera... E se for verdade?
Ah, mas não tem chance, ele é pura pirangagem e nunca vi ele atrás de homem. Isso é só perturbação. Né?
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• Le Contrat • DkBk •
Fanfic¡BakuDeku! ¡SingerKatsuki! ¡DancerDeku! Para falar da fic, usar: #LeContratSERO