Romantique 2/2

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:Izuku Midoriya:

O sobá havia ficado bonito e bastante apetitoso, sim, dei uma bicadinha, mas isso não importa. Agora, eu só tenho que arrumar tudo do piquenique...

•••

Bom, me tirou boa parte do dia, mas tudo estava perfeito. Algumas partes foram filmadas, desde a montagem até a colocação das comidas.

Sorri satisfeito e corri para me arrumar, não quis correr o risco de me sujar antes do.. encontro.

...

Katsuki estava prestes a chegar, fiquei um tanto quanto ansioso, mas tentei ignorar. Comprei um pequeno buquê com rosas, lírios e orquídeas, tinha quase certeza que ele gostaria.

Fiquei posicionado frente à porta, esperando que ele chegasse para que fôssemos até o local, que era, na verdade, nosso quintal.

...

Pude escutar o som da chave destrancando a porta e então respirei fundo, sorrindo singelo e estendendo o buquê para o garoto.

Sua expressão era de surpresa. Suas bochechas ganharam cor e ele, finalmente, estendeu as mãos para pegar o buquê.

— Senhor, – proclamei e esperei que fechasse a porta –, vire-se de costas para mim.

Ele estranhou, mas fez o que pedi. Coloquei uma venda sobre seus olhos e segurei em seus braços por trás.

— Agora, vamos ver o que preparei para ti... – Sussurrei em seu ouvido e o guiei até o quintal.

...

— Pronto?

— Er, sim... – mordiscou o lábio inferior.

Ta-dah! – Retirei sua venda e observei sua expressão mudar algumas vezes. Pude ver o brilho no olhar daquele garoto surgir ao sentir o cheiro do Sobá ainda quente.

Ele me olhou, surpreso, com os olhos arregalados e deu pulinhos no lugar.

— O que achou?

— Isso... Isso tá perfeito! – Virou-se bruscamente para mim e me abraçou, isso me deixou maravilhado – Ninguém nunca fez algo assim pra mim! – Exclamou e logo me soltou, me encarando no fundo dos meus olhos – Muito, muito, muito obrigado!

Após terminar sua fala, pulou em meus braços, deixando um selinho.

— Por nada... – Fiquei estupidamente surpreso, mas fingi que não, e notei que ele fez o mesmo –... Pode se sentar, se quiser...

Ele abriu um sorriso largo e logo se sentou.

— Se sente! Deixa eu te servir o vinho! Vem – Abanou com a mão.

"Ótimo, tudo dando certo" – Pensei comigo mesmo e sorri para o garoto, o obedecendo.

•••

— Como alguém fica bêbado com vinho..? – Comentei enquanto via o desastre começar – Katsuki?

Ele sorria de um jeitinho besta, as bochechas coradas e os olhos pendiam.

— Ein?

— Katsuki, vamos entrar, temos que dormir... Mas antes, cê vai tomar um banho! Tá fedendo!

— Qu-que nada!

Revirei os olhos e fui até ele. Ofereci a mão.

— Vem.

Ele me encarou por alguns segundos, como se processasse o que eu havia falado, e então aceitou.

— Vou te levar ao quarto, cê vai pro banheiro e se lava enquanto eu ajeito alguma roupa pra ti, okey? – O segurei firme, ele parecia que iria cair a qualquer segundo.

— Aham...

...

— Vai pro banheiro, vou pegar uma toalha para ti – Ditei e o observei bufar, mas se levantar e ir.

Fui ao armário e peguei uma toalha limpa, batendo à porta do banheiro e estirando a mão com a toalha. Esperei que ele pegasse e então caminhei ao guarda roupas, procurando um pijama para o loirinho.

...

— Banhei – Falou e, então, surgiu com a toalha enganchada na cintura.

Puta que me pariu de quatro numa banheira... – Sussurrei o observando.

Me toquei que estava o olhando demais e me virei de costas, apontei para a roupa que havia pego para ele.

— Sua roupa! Se vista, depois volto para dormirmos! – Tentei sair, mas trombei com ele.

— Cê tem pau não? Pra tá assim, só se for... – Falou embolado. O encarei, boquiaberto. Até bêbado, ele tem uma língua afiada.

— Quê? Ah, esquece. Não é questão de ter ou não um.. pau, mas é por privacidade, a gente só tá fingindo um relacionamento, não temos nenhuma ligação em especial para termos tanta intimidade de ver a bunda um do outro!

— Tá falando isso mas vive pagando prostituta pra foder com você! Sabe aquela vez que cê foi bater no meu apê? Eu tinha visto aquela piranha lá, com a boca aí! – Apontou – Mas eu fingi que não vi!

— Por que tá chamando ela de piranha? Cê nem conhece ela!

Katsuki fechou a cara e começou a caminhar pra cima de mim, fui me afastando, estava com um leve medo de apanhar do loirinho. Nunca sabia o que esperar dele.

— Só chama ela de piranha porque sabe que me preferem a você.

— Diferente de você, eu sou reservado, tá?

O jovem dos olhos escarlate me empurrou de leve, e garantiu lugar no meu colo.

— Tá fazendo o quê? – Engoli em seco.

— Testando um negócio – Soluçou.

— E tá me vendo com cara de cobaia por acaso? Por que não test-

"Mas que porra..? Ele.." Okey, okey, eu estava surtando. Eu sei que já o beijei algumas vezes, mas foram só por causa do programa, não foi algo com sentimento ou tal, mas isso... Puta que pariu, ein...

— Meu sonho foi parecido... – Sussurrou, mas ainda pude o ouvir.

— Sonho? Que sonho? – Seria o sonho que ele havia comentado com aquele camera man?

Bakugou me ignorou e ficou me encarando com as sobrancelhas franzidas e um bico nos lábios. Parecia pensar em algo. E então avançou, novamente.

Ainda estava surpreso, mas decidi retribuir o beijo, não sei o que ele queria fazer, mas eu não permitiria que passasse de beijos.

Segurei sua cintura fina, pressionando o local. Seus braços se enrolaram no meu pescoço e senti seu corpo se inclinar contra mim.

Eu devia interromper...

— Kat... Katsuki – Ele afastou um pouco do rosto mas deitou a cabeça no meu ombro – Bakugou? Ele dormiu? Quem que dorme assim? Pelo amor! – Deitei-o na cama e tentei lhe vestir com cuidado suficiente para não o acordar.

...

— Aah, que ele não lembre disso amanhã – Me ajoelhei e juntei as mãos, pedindo aos céus.

Me deitei, receoso, ao lado dele e fiquei de costas. Suspirei e tentei dormir.

××

Assim, e se eu estiver escrevendo outra fic?

• Le Contrat • DkBk •Onde histórias criam vida. Descubra agora