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Sadie tinha nos acompanhado no carro; Elena e Luna foram na frente, eu e Sadie fomos nos bancos traseiros. A viagem até o restaurante foi tranquila, nada de desconfortos ou incômodos.

Ao chegarmos, Elena foi direto falar com a senhora no canto, que segurava uma caneta e uma agenda com o nome do local. Depois de uma breve conversa, a mulher nos pediu para esperar um minuto, pois logo seríamos encaminhadas para a mesa reservada.

O garçom nos guiou até a mesa no canto do restaurante. Senti seu toque em meu braço, e imediatamente, uma onda de desconforto me tomou. É como se as lembranças do passado quisessem me tomar naquele momento, por um simples toque do homem.

As mãos dele... tão firmes em mim, tão invasivas. As palavras cruéis ecoando em meus ouvidos, como um sussurro insidioso.
Eu piscava, tentando afastar as memórias ruins que tentavam me emergir. O garçom liberou meu braço, mas a sensação persistiu.

Sadie percebeu minha repentina mudança de expressão e franziu a testa, preocupada.
- Você está bem?- perguntou, tocando suavemente minha mão.

Balanço a cabeça em afirmação, forçando um sorriso que não chegava aos olhos.
- Só uma lembrança ruim. Vamos focar no presente.

Olhei nos olhos de Sadie, agradecendo suavemente pela sua presença tranquilizadora.

Nós nos sentamos no aconchego das cadeiras, era um ar mágico visível. Sadie, Elena, Luna e eu, compartilhando risadas e histórias como se fossemos amigas há anos.

Sadie brincava com a borda da taça, seus olhos encontrando os meus de vez em quando. As trocas de olhares me marcavam de uma forma intensa, como se deixassem marcas.

Elena e Luna, sempre extrovertidas, estavam imersas em uma conversa animada. Enquanto isso, Sadie e eu exploramos terrenos mais silenciosos.

O garçom trazia mais bebida, interrompendo momentaneamente nossa bolha de intimidade. Sadie e eu trocamos olhares discretos, um entendimento tácito se formando entre nós.

- Então, Sn, você está ansiosa para os próximos projetos?-
Elena pergunta, trazendo a conversa para o cenário profissional. Luna lança um olhar cúmplice para Sadie, indicando que está totalmente a par da dinâmica em evolução.

- Com certeza, estou animada para o que está por vir. E você, Sadie?-Respondo, desviando o olhar para ela.

Sadie sorri, seus olhos expressando algo além das palavras.

- Ultimamente eu tenho ido muito a shows de amigos, e eu realmente estou vivendo essa fase mais "música e público" -
Sadie falava olhando em meus olhos, o que me fazia entrar em transes momentâneos.

Enquanto Sadie compartilhava suas experiências sobre shows e o mundo da música, me vi mergulhando em seus olhos, absorvendo cada palavra como uma melodia. O ambiente à nossa volta parecia desaparecer, deixando apenas a conexão entre nós.

- Deve ser incrível estar tão próxima desse universo. - Comentei, tentando disfarçar a vulnerabilidade que senti em sua presença.

Sadie assentiu, um brilho de entusiasmo em seus olhos. A cada troca de palavras, a cumplicidade entre nós crescia.

O garçom retornou, e a conversa se desviou para preferências gastronômicas. Enquanto escolhíamos os pratos, percebi Sadie deslizando a mão na mesa em minha direção, um gesto sutil, mas carregado de significado.

-Você já experimentou o risoto deste lugar?

Perguntou, seu dedo traçando círculos imaginários na superfície da mesa, o que fez o meu coração acelerar de imediato com a cena. Eu realmente sentia a palpitação em minha garganta. Era como se borboletas se formassem em meu estômago, e talvez, só talvez, nem a água as afogaria naquele momento.

Stardust (SADIE SINK.)Onde histórias criam vida. Descubra agora