CHARLIE SPRING
-E ele simplesmente saiu? Sem dizer uma palavra? -Alice diz indignada.
-Eu mandei ele embora.
-Foda-se? Ele poderia ter dado um tchau ou sei lá. Nunca gostei dele mesmo. Fez muito bem de ter dado um fora nele.
-Eu posso continuar?
Ela deixa. Estamos sentados no chão do meu quarto em pleno sábado, Alice chegou na minha casa do nada dizendo que precisava saber das fofocas e disse ela que toda a escola está sabendo que o Nick salvou minha irmã quase congelando na rua. Ela me pediu desculpas pelo ocorrido na escola, confesso que já tinha esquecido.
Eu ainda estou de pijama contando tudo para ela e ela dando pitacos, o que me dificulta continuar com a história.
-É...ele foi embora. No outro dia amanheceu nevando e o Aled me ligou me chamando para ir para a cafeteria aqui perto, sabe? Eu aceitei, até aí tudo bem. Quando do nada Nick entra. Eu fiquei tipo o que?
Aled é meu amigo de infância, eu conheço ele desde que nasci, não me imagino sem ele. Só que nós vemos muito pouco.
-QUE? Ele não tem cara que vá a cafeteiras.
-ENTÃO! Mas tá bom. Ele sentou e não tinha me visto então fiz de tudo para não olhar para ele, continuei conversando com o Aled ele finalmente me viu, só que eu tentava o máximo não olhar para ele. Não deu muito certo, acabei encarando-o e ele acabou olhando para mim, a gente ficou na troca de olhares por muito tempo -eu me apoio na cama e olho para a janela na minha frente.
-E ele quebrou a troca de olhares e eu devo ter ficado muito vermelho. Ele ainda deu um sorrisinho e começou a mexer no celular.
-Eu matava -Alice dá essa incrível ideia.
-Continuando, aí ele começa a conversar com uma garçonete e depois de um tempo saiu e SEM PAGAR! Eu acho que a garçonete era amiga dele, mas porra eu tive que pagar. Depois de uns minutos eu e o Aled saímos e eu encontro o Nicholas FUMANDO NA ESQUINA! -Eu me exalto.
-OI?
-SIM. Ele começou a me seguir com os olhos e eu fiz de tudo pra não olhar para ele. O que era difícil já que não parava de me encarar. Bom o Aled que me disse.
-Ele não consegue te esquecer. -Ela começa a rir. -Você causa esse efeito nas pessoas.
-Que efeito?
-Para de se fingir de bobo. Ele ficou obcecado por você e nem vem de discordar comigo. EU VI!
-Eu também fiquei por ele. -Abaixo a cabeça colocando as mãos no meu rosto. -AAAH.
-Você supera -ela bate na minha cabeça. -Ele tava muito lindo quando salvou sua irmã? Tipo um herói?
-NOSSA DEMAIS! O CABELO MEIO MOLHADO SABE?
-Úmido, Charlie.
-Quando ele falou que eu estava só de cueca eu quis me matar, juro -eu jogo a cabeça para trás.
-QUE? COMO VOCÊ ESQUECEU DE CONTAR ESSE DETALHE?
-Eu tinha acabado de dormir umas dez horas seguidas, devia estar todo amassado e graças a Deus eu estava de blusa.
-Você ficou de pau duro né? -Ela ri e me empurra.
-QUE? NÃO.
-Calma aí, era brincadeira -ela ri mais ainda.
-Para de rir porra -eu mando.
Ficamos conversando por muitas horas, tomamos chocolate quente e ela comeu um sanduíche. Quando ela foi embora eu comecei a ler um novo livro.
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Somente nós.
FanfictionCharlie Spring começa mais um ano na mesma escola e já sabe que será a mesma coisa que todos os anos anteriores. Só que um garoto ruivo rodeado de garotas chama sua atenção. Nicholas não é o garoto gentil que ele pensa.