Cap 10

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Antes de começarem a ler, peço mil desculpas a qualquer erro. Quero dizer que tem muitos gatilhos daqui p frente, tentei escrever uma história mais leve... mas não consigo. Se não gosta, por favor não leia.

CHARLIE SPRING

Nada expressa o vazio que eu senti ao acordar sem Nicholas ao meu lado. Ele jura que não me lembraria de tudo que eu fiz ontem e eu lembro. Eu lembro de tudo que ele me disse e de tudo que eu disse. Eu poderia estar fora de mim, só que eu não estava.

Ele sabia que eu queria ele e mesmo assim não me quis, eu não o culpo, longe disso. Ele foi muito sensato e respeitoso.

"— Amanhã quando acordar sei que não vai se lembrar. Eu amo seus cabelos, espero que sempre deite com eles em mim."

Foi tudo que ele disse antes dele apagar, eu não dormi. Eu ouvi a respiração calma dele e a minha acelerada, eu diria que só consegui dormir quando amanheceu.

Não sei onde meu celular está e muito menos que horas são.

Eu saio da cama e abro a porta procurando sinal de alguém, nada. Desço e vejo Nick sem camisa fazendo café e ovos. Isso é tão brega que chega a ser engraçado, como se fôssemos namorados.

— Oi Char  — ele se virou para mim.

Seu cabelo ruivo estava na sua cara, seus olhos brilharam a me ver com sua blusa. Ele sorriu de canto passeando seus olhos pelo meu corpo.

— Já disse para não me chamar assim — coloquei as mãos na cintura.

— Não me lembro. Acho que foi quando você ficou no meu colo, implorando para eu te beijasse?

— Também não me lembro disso — era óbvio que eu lembrava. — Os ovos vão queimar, Nick.

— Eu já desliguei o fogo, Char. — Nick virou completamente para mim e tirou a panela do fogão.

— Eu prefiro você me chamado de garoto ou estranho mesmo.

— Eu te chamo como eu quiser, me desculpa. Agora por favor, sente e tome o café da manhã.

— Não estou com fome — digo cruzando os braços na frente do peito e travando meus pés no chão.

— Estou sendo educado, por favor. Vamos comer -ele coloca os ovos no prato e coloca na mesa. — Sei que está com fome, pelo menos um pouco?

Eu me rendo, sento na mesa e o cheiro perfeito me traz mais fome. Ele estava certo, que ódio.

— Isso não é nem o começo. Minha mãe não está em casa, se quiser passar a tarde aqui você pode —Nick coloca um café e um prato com ovos mexidos. -Come.

— Não estou com fome — afasto o prato de perto de mim.

— Eu não quero ter que enfiar essa porra na sua boca — a educação foi embora.

Eu cruzo os braços a cima do peito e o encaro.

— Eu não vou comer. Obrigado.

Ele se encosta na mesa e me olha, caçando algo em meu olhar. Coitado, como se fosse achar.

— Por favor, estranho. Eu sei que está com fome, se eu não te conhecesse diria, que está com medo de comer minha comida. Mas sei que não, você não come a um dia, vamos lá. Não tem veneno.

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