panic room | minsung

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Christopher já não sentia mais que possuía o controle de suas ações, aquele idiota havia revelado algo que o australiano sempre guardou com muito esforço para quando Jisung atingisse a maioridade ou até mesmo apenas para quando ele superasse os problemas causados por Kwan. Estava irritado, o ódio fazia seu corpo inteiro ferver e afastar qualquer resquício de sanidade que restava em si, o Han mais velho conseguira machucar todos aqueles que Bang mais amou e agora ele finalmente tinha a oportunidade de se vingar. Olhava para o homem com um ar frio e indecifrável, até mesmo o progenitor não saberia dizer o que passava na mente do rapaz.

— Você conseguiu machucar as pessoas mais importantes da minha vida, Kwan. — ditava em um tom baixo e ríspido — Você fez o Jisung chorar inúmeras vezes, você o fez ter medo de ser quem ele realmente é...

— Aquele garoto mereceu tudo que eu já fiz, moleque.

— Eu não sou mais uma criança, Kwan. Eu não tenho medo de você e muito menos das suas palavras. Você tirou minha mãe e minha irmã de mim, mas eu não vou deixar que tire o meu filho. — o aperto que era mantido ao redor do pescoço de Han aumentou gradativamente, arrancando algumas tosses falhas por parte do mais velho. — Você conseguiu fazer ele ter medo de ser quem realmente é, então eu vou te fazer ter medo de andar na porra da rua e acabar trombando comigo.

Bang sabia que o preço daquilo seria despertar uma desconfiança e medo em Jisung, mas faria de tudo para vingar as duas mulheres que tanto amou e o pequeno que, mesmo sem saber, o salvava todos os dias de memórias horríveis. Respirou fundo uma última vez antes de desferir o primeiro soco no rosto de Kwan sem de fato soltá-lo, pôde ver o sangue escorrer pelo nariz do homem e uma satisfação enorme tomou conta do corpo de Christopher. Desejando que aquilo se prolongasse, o rapaz não pensou duas vezes antes de jogá-lo no chão e continuar a desferir golpes contínuos em seu rosto.

No cômodo ao lado, a mãe de Jisung estava assustada mas um pouco aliviada por não ser a vítima da ira de Kwan pelo menos uma vez, a mulher sentia-se profundamente arrependida por tantos anos ao lado daquele homem que apenas a afundava cada vez mais, que fazia seu amado filho sofrer e que a levava a também fazer o adolescente chorar incontáveis noites antes de dormir. A mulher se odiava por aquilo, por ter deixado com que substâncias quimicamente alteradas a dominassem, por ter permitido alguém fazer mal a Jisung, mas também se sentia mais tranquila ao lembrar o quanto Christopher cuidava de seu garoto.

Segungmin estava do lado de fora daquela residência junto ao pequeno Han, que chorava copiosamente em seus braços se perguntando que merda estava acontecendo, exigindo explicações do melhor amigo. O Bang mais novo não sabia o que fazer, não esperava que tal revelação acontecesse dessa forma, haviam planejado aquilo há anos como um momento de família e um jantar especial, porém a realidade daquele acontecimento era completamente oposta.

— Ji, se acalma... Nós vamos te explicar tudo juntos, okay? — afirmou baixinho enquanto acariciava as costas do amigo em um ato de conforto — Vai ficar tudo bem, querido...

Jisung queria acreditar naquilo, queria respirar fundo e se acalmar para então ouvir a explicação que os rapazes lhe dariam e então pela primeira vez se permitiu fazer o que seu lado mais calmo e racional mandava, usando técnicas de respiração que aprendera com Seungmin e Changbin algumas vezes em meio a certas crises.

Christopher parou o que fazia assim que viu o rosto da mulher extremamente semelhante ao de Jisung pela fresta de uma das portas daquele corredor, agradecendo mentalmente por tomar consciência antes de acabar matando o homem desacordado abaixo de si. Olhou para as próprias mãos cobertas de sangue e sussurrou desculpas para a mulher, esta que o guiou até o banheiro do quarto do Han mais novo e o agradeceu por ter defendido seu filho.

Bang tentava assimilar o que acontecera há poucos minutos enquanto lavava as mãos e resmungava pela ardência nos pequenos machucados em seus dedos. Se olhou no espelho e percebeu que o rosto estava encharcado por lágrimas que nem havia notado que caíam de seus olhos, queria se arrepender do que havia feito, mas estava com uma sensação de dever cumprido tão incrível dentro de si que não lhe dava espaço para sentir arrependimento.

Quando saiu do banheiro, viu a senhora Han sentada na cama ao lado de uma mala cheia de roupas e sapatos enquanto chorava em um tom consideravelmente baixo e se aproximou, sentando-se ao lado dela.

— Me desculpe por presenciar aquilo...

— Eu me senti aliviada, Chris. Eu não seria capaz de proteger o Jisung dessa forma... Muito obrigada. — sorriu de maneira fraca e empurrou a mochila na direção de Bang — Aqui estão todas as coisas dele, leve-o para morar com você, por favor.

Christopher apenas sorriu e acenou positivamente com a cabeça, aproximando-se da mulher para lhe dar um abraço reconfortante e dizer algumas palavras de agradecimento por tamanha confiança em si. Não demorou muito para pegar a mala em mãos e sair daquela casa, encontrando Jisung adormecido no carro e Segungmin vigiando o sono do garoto.

— Vamos ter muito trabalho explicando pra ele, né? — Christopher perguntou ao marido.

— É... vai ser complicado. — riu baixinho enquanto acariciava os fios de Jisung.

O Bang mais velho colocou a mochila no porta-malas do veículo e caminhou até o banco do motorista, finalmente dando partida rumo a verdadeira residência daquela família. Quando chegaram, Christopher carregou Han até a cama e o colocou deitado ao lado das pelúcias que tanto amava, cobriu o garoto e deixou um beijo em sua testa, desejando boa noite antes de se retirar do quarto.

Os Bang finalmente poderiam ficar com Jisung e cuidar do garoto com todo o amor que tinham para dar, mas aquilo viria com a condição da reação de Jisung com a verdade.

NOTAS FINAIS:

Depois de uma semana, cá estou eu! Um capítulo um pouco curto, eu sei, mas ainda estou recuperando a manha pra escrever um pouco mais que isso!

Queria agradecer MUITO aos 2.37K de leitores, isso é surreal pra mim! Eu nunca imaginei que Panic Room fosse ir além dos 100, eu fico muito grata de saber que mesmo durante essa semana sem capítulos, a história continuou a crescer cada vez mais com a média de 150 leitores por dia! Muito, muito obrigada mesmo. :(

Queria também dizer que a partir do próximo capítulo, teremos a tão esperada narrativa focada nos minsung, eu só achei importante fechar os parênteses em relação ao Jisung antes de dar início ao casal.

Pra quem gosta mesmo de panic room, eu tenho feito alguns vídeos no tiktok sobre, se quiserem dar uma olhada o @ é o mesmo daqui (li4sdiary).

Bom, por hoje é só isso meus amores! Se cuidem e bebam bastante água.

Beijinhos da Lia! <3