We are Slow Burn (RYEJI)

cap. 19

📍Instituto Lotus, ainda na dispensa.

Yeji tentava chutar a porta com uma força minúscula fazia uns 10 minutos, a menina gritava sem parar torcendo para que alguma alma escutasse e tirasse elas dali. Ryujin estava tentando ligar pra Yuna que não respondia nem atendia o maldito celular. O celular de Chaeryeong deveria ter umas 50 mensagens de Yeji e nenhuma foi respondida.

— Isso só pode ser brincadeira. Eu vou chegar muito tarde em casa, justo hoje que meu pai insistiu em jantar mais cedo. — Yeji disse brava e se sentou exausta encostando a cabeça apoiada nas próprias mãos.

— Finalmente você percebeu que ninguém está ouvindo. — Ryujin disse baixo. Odiava tanto barulho e Yeji não tinha calado a boca.

A presidente revirou os olhos. Ali estava o que irritava em Ryujin, aquela passividade que ela exalava, queria um dia ver a menina realmente brava pra saber como é, não era possível que alguém é assim o tempo todo. Pra acabar, tinha rolado um clima super estranho antes e Yeji ainda estava se perguntando que loucura iria fazer se elas não tivessem sido despertadas.

— Você sabe que estamos aqui por sua culpa certo? Você mentiu! — A Presidente levantou a voz soltando suas frustrações.

Ryujin bufou. Yeji estava atacando porque estava entediada e sabia que
aquele plano de roubar convites tinha partido dela mesma.

— A ideia foi sua, eu só incrementei. — Ryujin rebateu.

— Pra ser sincera, queria saber exatamente o porque você teve essa ideia maluca. Você praticamente fugiu de mim quando eu enfrentei Yeonjun no debate por um ímpeto surto de empatia que surgiuz e hoje teve uma ideia... Bastante maquiavélica.

Yeji resolveu confrontar Ryujin. Era por causa dela que elas estavam presas em uma dispensa dos funcionários de limpeza, cheia de caixas e estantes com variados produtos de higiene com um calor danado. A candidata tinha um forte cheiro de água sanitária no seu melhor terno da Chanel e toda culpa era da menina em sua frente.

Tudo era culpa de Ryujin, inclusive a maldita vontade de encostar nela que
estava consumindo uma Yeji sem respostas.

Mas parecia que seu confronto não estava surtindo muito efeito. Ryujin parecia cabisbaixa demais pra enfrentá-la.

— Tanto faz. — Respondeu simplesmente.

Yeji não sabia muito o que fazer com aquela situação. Normalmente quando implicava com alguém por adrenalina, queria que a pessoa implicasse de volta. Chaeryeong fazia isso e até Yuna, menos Ryujin.

De novo seu jeito a tirava do sério.

— Claro que você não vai argumentar. Sabe que foi hipócrita. Me julgou por algo e fez outra coisa. — Yeji tinha dito aquilo mas no mesmo segundo se arrependido, pensou que tinha se excedido um pouco com aquele pré julgamento.

— Claro que sim Srta. Hwang, você sempre sabe de tudo que acontece em sua volta e na volta de outras pessoas. Sempre sabe! — Ryujin retrucou quase ficando sem ar no fim da frase. Aquilo gastava muita energia.

Yeji cruzou os braços e um quase bico se formou nos seus lábios carnudos. Estava entediada e tinha aceitado que Ryujin não iria cair no seu joguinho divertido com um fundo de verdade.

— Podemos ligar pro seu pai se você quiser e alguém nos tira daqui com rapidez. — Ryujin disse quebrando o silêncio. Yeji tinha dito que não queria. que nenhum responsável viesse pois teria que explicar o que estava fazendo na escola depois do horário e como ambas acabaram presas em uma dispensa.

Mesmo que mentisse seria uma história muito longa, por isso contava com Chaeryeong e Yuna pra arrumar aquela situação.

— Não. Uma hora elas tem que olhar esse maldito celular, não faz sentido. — Yeji suspirou. — Oh, na verdade... Até que faz. — Yeji pensou para si.