cap. 17

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Esse capítulo fala um pouco mais sobre a família e sentimentos da Yeji, então meio que explica o porque ela é desse jeito.

Boa leitura!

No primeiro ano em que Yeji se envolveu com política foi por recomendação dos seus pais, eles achavam injusto que a garota sendo uma adolescente tão influente não comandava aquela parte do Colégio.

Naquela época uma garota do terceiro ano tinha dominado a presidência por 3 anos consecutivos, não havia ninguém para fazê-la abdicar daquilo até Yeji aparecer.

O Colégio levava aquilo tudo a sério, um Presidente do Grêmio era necessário pra que as coisas andassem e o Instituto continuasse sendo o melhor da Cidade e uma das referências no país, já que vinha de uma cidade tão pequena no interior.

Aquilo tudo era o que a família Hwang queria a sua filha.

Yeji era filha única, herdeira, esforçada, bonita, mas tinha um problema: não era tão extrovertida e tinha um péssimo humor, foi assim que conseguiu ser respeitada e crescer ali. Não era só pelo seu nome e o status do seu pai que conseguiu crescer bem e passar por uma fase chata da sua vida que foi a transição do fundamental ao médio.

Aprendeu a tratar as pessoas como elas merecem ser tratadas e conseguir manter sua vida particular restrita, costumava a ir a festas somente se tivesse um interesse no lugar.

Mas desde que Ryujin tinha surgido, as coisas estavam indo para uma direção errada.

Trabalhar naquela eleição tão disputada era importante pra ela e ela levava mais a sério que tudo, afinal ela não poderia perder de nenhum jeito, mas Ryujin tornava aquilo até divertido.

Era engraçado acompanhar as coisas que ela fazia e até as poucas vezes que ela teve alguma ideia foi suficiente pra Yeji ceder e tentar entrar na onda da garota e a menina nunca tinha se visto assim antes, tão mole com certas coisas...

Foi por isso que ainda não tinha aberto a carta de Ryujin que estava em cima da sua prateleira. Estava pensando tanto na menina que ver sua caligrafia escrevendo algo para ela poderia ser forte demais.

Yeji tinha segurado aquela carta e tentado abrir desde que tinha chegado em casa, mas quando estava criando coragem de fazer aquilo sua mãe a chamou.

- Yeji? - Sua mãe abriu a porta do quarto devagar, atraindo o olhar da menina que estava lendo um livro de física. - Seu pai gostaria que você fosse até o escritório.

Quando aquilo acontecia, Yeji sabia que era algum pedido ou perguntar como está indo, se ela vai ganhar e se precisa de um empurrãozinho financeiro para que ela não se preocupe tanto com as coisas.

Toda vez que a Sra. Hwang falava com Yeji tinha esse objetivo, agradar ao dono da casa, manter o nome da família limpo e conseguir uma boa universidade, elas nunca tinham conversas de "garotas" ou perguntava sobre algo que não fosse relevante para casa.

A mãe de Yeji tinha aprendido a ser sozinha e a menina morria de medo de terminar assim.

- Pai? Com licença. - A candidata disse ao adentrar ao escritório grande do Sr. Hwang

Tinham regras. Só podia comparecer se fosse chamado e ficar numa distância respeitável, quase perto da porta.

- Filha. Sente-se.

Yeji franziu o cenho. Era um sábado e seu pai a estava chamando para sentar na cadeira em sua frente. Aquilo nunca acontecia, somente em casos de extrema urgência.

- Como vão as coisas? - Perguntou. O Sr. Hwang tinha 60 anos mas estava bem conservado pra idade, cabelos grisalhos e um charuto na boca. Ele sempre foi distante, os negócios da família e o império sempre foram o foco dele.

We are Slow Burn (RYEJI)Onde histórias criam vida. Descubra agora