I- Inicio de tudo

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Capítulo 1

Vejo o rosto dos feridos de guerra à minha frente, é um cenário de horror, pessoas gritando por todo lado, bastante sangue, assim está sendo minha vida depois que a guerra começou, minha vida era uma maravilha antes disso tudo, faço parte de uma família muito rica aqui na Polônia, eu estava prestes a me casar quando tudo isso aconteceu, meu noivo acabou indo para guerra e eu não tenho notícias dele, meu amado Robert. Quando as tensões começaram entre a Alemanha e a Polônia, muitas moças se voluntariam para ajudar no que fosse preciso, e eu, logo me dediquei a ajudar na enfermaria, apesar de não ser um trabalho fácil, eu acabei me adaptando, e então no dia 1 de setembro de 1939 as tropas de Hitler invadiram a Polônia, e assim, fazendo sua primeira dominação na segunda guerra mundial.

Logo após a notícia de que havíamos sido dominados, voltei para a propriedade de meus pais, na verdade, isso foi contra minha vontade, mas meu pai enviou uma carta para o médico-chefe de que eu deveria voltar imediatamente para casa, pois já não era mais seguro estar ali, fiquei muito triste por abandonar o meu posto, eu sentia que deveria estar ali ajudando na recuperação daquelas pessoas, mas ao mesmo tempo eu não poderia contrariar uma decisão do meu pai.

Chegando em minha propriedade, logo vejo a mansão à frente, caminho até a entrada e quando a governanta abre a porta, meus pais já estão a minha espera. Minha mãe Cecylia Kamiński, uma mulher bela de cabelos loiros, olhos verdes e um sorriso encantador, meu pai Frederic Kamiński, um homem imponente, de cabelos castanhos claro, assim como os meus, mas que faz de tudo para me proteger, não só a mim, como a minha irmã Sofia, mais velha do que eu, acabou ficando em casa, não quis ajudar na guerra pois achava muito perigo arriscar a vida, Sofia tinha cabelos loiros assim como nossa mãe, mas diferente dela, seus olhos são escuros como o de nosso pai, já o meu, eram verdes como o de minha mãe, sempre comentávamos que acabamos pegando um pouco de cada um.

— Filha, eu estava tão aflita por você estar longe de nós. — Fala minha mãe vindo me abraçar.

— Senti muito a falta de todos vocês. — Falo

Sofia logo vem me abraçar

— Irmã, graças a Deus nada te aconteceu, eu estava ansiosa para te ver de novo, essa casa não é a mesma sem você.

— Eu acredito minha irmã.

— Minha preciosa flor, espero que não esteja magoada com o seu pai, fiz isso pois é muito perigoso você continuar ali, as tropas nazistas estão a caminho, e logo dominarão tudo.

— Tudo bem, papai, sei que fez isso para o meu bem. — falo e lhe dou um abraço logo em seguida.

— Adélia, traga os doces preferidos de Malina, minha filhinha vai comer tudo o que ela quiser. — fala minha mãe para a governanta.

Estávamos conversando sobre os rumos da guerra e logo meu pai fala:

— Eu acredito que devemos estar preparados, as tropas alemãs não aceitarão ficar em pequenas propriedades.

— O que quer dizer com isso papai?— pergunto

— Filha, provavelmente iremos abrigá-los.

Quando meu pai fala isso, sinto meu mundo girar, não acredito que aqueles desgracados virão para cá, como conseguirei olhá-los na cara depois do que vi nos centros de atendimento?! Logo fico aflita com tudo isso.

Saio dos pensamentos depois que papai nos chama atenção

— Malina e Sofia, eu espero que não esbocem nenhum tipo de reação quando isso acontecer, fiquem em uma posição imparcial, nem sintam medo para não demonstrar vulnerabilidade e também não demonstrem que os odeia, melhor não contrariá-los, ou eles poderão nos causar algum dano, e não quero que vocês saiam machucadas. Estamos de acordo?

— Sim papai. — Fala Sofia

Eu demoro um pouco para responder

— Malina? Estamos entendidos sobre isso?

— Ok papai, farei o que pediu. Apesar de odiá-los, farei o que o senhor quiser para manter a paz.

— Muito bem minhas filhas.

Ja era de tardezinha, logo o sol iria se por, então decidi que eu iria descansar, eu estava muito cansada pelo dia de hoje.

— Papai e mamãe, irei para os meus aposentos, estou muito cansada, peça para que levem a minha refeição para o quarto.

— Tudo bem minha filha, eu entendo você, mas amanhã de manhã desça cedo, pois faremos um banquete para você no café da manhã. — fala minha mãe.

— Ok, mamãe.

Falo e logo em seguida subo para o meu quarto, tiro toda minha roupa e coloco roupas de dormir, pouco tempo depois minha comida chega e eu estou faminta, como tudo e acabo dormindo logo em seguida.

Vladmir Schröder

Estava sendo uma batalha bem sangrenta, mas logo as tropas conseguem invadir a Polônia e assim, conquistamos o primeiro território, admito que em uma guerra ou você mata ou acabará morrendo, em outros tempos, eu não pegaria em uma arma para sair matando pessoas inocentes, mas não há saída, se abandonar meu posto, serei visto como um traidor da pátria, não há como fugir de uma guerra, e tudo isso começou depois dos ideias radicais de Hitler. A quem pense que todos os alemães fazem parte desses ideais malucos, apesar de boa parte adotar sim, mas eu não faço parte disso, na verdade eu faço parte das tropas alemãs para sobreviver, qualquer pessoa contrária ao regime de Hitler é duramente caçado e morto, eu espero que essa guerra acabe logo e que a paz seja restabelecida, e isso só ira acontecer com a morte do causador disso tudo, Hitler.

Chegamos a sede do governo da Polônia e ali nos instalamos

Logo o comandante fala com todos os regimentos que estavam presentes.

— Hoje foi um passo rumo à vitória, esse dia ficará marcado na história e todos vocês fazem parte disso, então, para que tenham mais conforto, vamos dividir nossas tropas com seus respectivos oficiais chefes para determinada propriedade, separamos as mais ricas da Polônia.

O comandante ia informando para cada oficial chefe qual seria o lugar das instalações, e então logo sou chamado.

Vladmir Schröder, oficial do 1 regimento de infantaria.

— Você ficará na propriedade de Frederic Kamiński, é uma das melhores da região, a mansão contém diversos quartos, e sua tropa merece o melhor pelo excelente desempenho que tiveram na linha de batalha.

— Obrigado, senhor! — Falo

— Mandarei um carta para a propriedade Kamiński hoje mesmo, informando sobre a instalação de sua tropa, amanhã de manhã poderão partir.

Depois de definido onde nos instalaríamos, as cartas foram enviadas as propriedades, e então ficarmos ali nos divertindo um pouco e conversando, as tropas faziam o seu trabalho noturno tomando de conta do movimento da população para que não houvesse nenhum tipo de repressão. E então acabamos dormindo dentro da repartição.

O Oficial AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora