XXXVI - Um Grande Alívio

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Capítulo 36

A viagem seguiu tranquila, chegamos à Suíça por volta de 20h da noite, tinha um carro já nos esperando para nos levar até a casa de nossa tia Krystyna.

O percurso até a propriedade dela não é tão longo, e logo chegamos, Alexy está dormindo nos meus braços, e Sofia está muito empolgada com essa viagem.

Chegamos a casa de nosso tia, era muito bonita, e esse lugar é magnífico, pela manhã deve ser esplêndido

Chegamos a casa de nosso tia, era muito bonita, e esse lugar é magnífico, pela manhã deve ser esplêndido

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Descemos do carro e pegamos nossas bagagens, o mordomo de nossa tia nos ajuda a levá-las para dentro.

— Oi meu amores, quanto tempo que não vejo vocês.

Nossa tia vem até nós e nos cumprimenta

— Que bebê mais lindo, Malina, é um anjinho.

— Sim, tia, ainda bem que não nos deu trabalho nenhum durante a viagem.

— Eu estava com tanta saudade de vocês, já faz muito tempo que não as vejo, vocês se tornaram lindas moças.

— E você está linda como sempre, tia. — Fala Sofia.

— Obrigada, meu amor.

Nossa tia parecia muito com nossa mãe, ela é a irmã mais nova de nossa mãe.

— Vamos entrar, vou levá-las até o quarto de vocês e vocês precisam comer, devem estar com muita fome.

— Sim, tia, Alexy sugou toda minha energia. — Rimos.

Nos acomodamos em nosso quarto e voltamos para jantarmos.

— Soube de tudo o que aconteceu com você, meu amor, espero que você se sinta bem aqui.

— Obrigada, tia.

— Você não teve mais notícias nenhuma dele?

— Não, tia, todo esse tempo estive esperando por notícias, mas nada, e não tenho como saber nada sobre ele, não sei se morreu, se está ferido ou se apenas me esqueceu.

— Eu queria tanto poder fazer algo para fazê-la feliz, queria poder trazê-lo para você de algum jeito, eu sei o quanto é ruim esse sentimento.

— É bem difícil tia, mas estou sendo forte por Alexy.

Depois que terminamos nossas refeições nos despedimos, estávamos muito cansadas da viagem, eu precisava dormir algumas horas, meu corpo implorava por isso.

(...)

No dia seguinte, levantei mais disposta, caminhei até a varanda e pude admirar aquela bela vista, aqui parecia um paraíso, por alguns minutos eu pensei que estava no céu, até que ouvi o choro de Alexy, alertando que já era hora de mamar.

— Venha cá meu pequeno garotinho, você é o meu príncipe.

Ele abre aqueles belos olhos azuis, que pareciam o azul do céu e da um lindo sorriso para mim.

Quando termino de amamenta-lo, me visto para descer e tomar café da manhã.

— Bom dia, meus amores.

— Bom dia, tia.

— Malina, sente-se, preciso te dar algo. — fala minha tia

Quando termina de falar, ela pega um jornal que estava do seu lado, vem até mim, e me entrega.

— Tome, esse jornal veio da Alemanha, um amigo meu que mora lá trouxe para mim, aqui contém o nome de todos os soldados que morrerem no dia que invadiram a França, pedi que ele trouxesse, não quero deixá-la magoada, mas quero que isso te dê alguma resposta, ou talvez esperança.

Eu vi o jornal e parei por alguns segundos, sei que no momento que eu olhasse ele, não haveria mais volta, eu preciso saber se aconteceu algo com Vladmir, fiquei por meses chorando por algo incerto, mas agora eu posso pelo menos ter noção do que tenha acontecido, por mais que o conteúdo desse jornal possa me atingir completamente.

— Obrigada, tia, eu vou olhar agora.

Minha tia pegou Alexy nos braços e eu logo abri o jornal, lendo nome por nome, meu coração acelerava cada vez mais, eu sentia diversas pontadas no estômago, meu nervosismo só aumentava, até que vi o nome Vladmir entre os listados, meu coração quase saiu pela boca naquele momento, mas logo fiquei aliviada quando vi que não se tratava do meu Vladmir, esse tinha sobrenome diferente.

Após ler todos os nomes listados, pude constatar que Vladmir não havia morrido naquela invasão, o que me deixou muito feliz, e depois de meses pude dar um sorriso de alívio. Mas a dúvida ainda pairava sobre mim, por que Vladmir não me mandou cartas? Por que não entrou em contato comigo? Isso ainda me deixava bastante triste, pois eu não tinha certeza do que realmente havia acontecido para ele não ter falado comigo todo esse tempo já que estava vivo.

— Ele está vivo, não consta seu nome na lista.

— Que notícia maravilhosa, minha querida.

— Sim, mas ainda estou triste, será que ele me esqueceu?

— Impossível, Malina, Vladmir ama você, não haveria essa possibilidade dele esquecer você. — diz Sofia

— Mas ele não mandou nenhuma notícia todo esse tempo, Sofia.

— Pode ter acontecido algo que ele não consiga se comunicar, talvez nem mesmo tempo ele tenha.

— É tudo muito estranho para mim.

— Calma meu amor, agora nós sabemos que ele está vivo, isso já é uma grande notícia, uma hora nós descobriremos o que aconteceu para que ele não falasse ainda com você.

— Tem razão tia, irei me acalmar mais, e deixar que as coisas se resolvam.

—Ótimo, agora vamos passear pelo jardim, vocês precisam conhecer tudo por aqui, vocês se apaixonarão por tudo aqui.

— Eu tenho certeza disso tia...

O Oficial AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora