II- Visita Indesejada

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Capítulo 2

Acordo pela manhã bem cedo, antes de todos levantarem, coloco uma calça justa que marca todas as minhas curvas, uma blusa social e faço uma trança no cabelo para ir cavalgar, já que está bem cedo, não haverá problemas escapar um pouco, sempre fazia isso antes da guerra.

Estava tudo silencioso dentro de casa, não havia uma alma transitando por ali e saio do quarto, devagar indo em direção ao celeiro para pegar o cavalo.

— Oi, princesa! Eu estava com tanta saudade de passear com você meu amor. — falo para minha égua.

Princesa é uma égua que ganhei do papai no meu aniversário de 18 anos, hoje tenho 22. Seus pêlos negros e brilhosos encantam qualquer um, e ela não aceita ninguém além de mim montando nela.

Celo a princesa e saímos dali, corremos livremente pela propriedade que é bem vasta, e andamos por todos os lados. Quando vejo, já era mais de 10 horas da manhã, mamãe irá me matar pois ela havia preparado um banquete para mim.

— É, princesa, teremos que voltar agora, meu amor!

Pego as rédeas e me direciono de volta para casa, deixando princesa no celeiro, caminho, aproveitando as maravilhas daquele lugar.

Quando chego próximo à entrada, vejo carros militares em frente.

— Não acredito que já estão aqui. — falo para mim mesma, paro um minuto e respiro fundo antes de entrar em casa, lembrando do que prometi para papai que não traria problemas.

Assim que entro na residência, logo vejo um grupo de soldados, que olham ligeiramente em minha direção, e um deles em específico me chama atenção, um rapaz loiro, bem alto, que aparenta ter uns 27 a 30 anos no máximo, de olhos azuis,  seu corpo muito ereto e seu físico de um homem imbatível, exalava masculinidade no ar , paro de olhá-lo e vejo meus pais ao lado.

— Minha Malina, onde estava meu amor?

— Fui cavalgar um pouco papai, eu estava com saudade de fazer isso.

— Eu imaginei, você nunca para em casa.

— Filha, deve se vestir para receber os nossos convidados. — fala minha mãe.

— Por que não me avisaram que receberíamos visitas? — falo

— Meu amor, recebemos uma carta ontem depois que foi deitar, nos informando que o oficial Vladmir Schröder e sua tropa se instalariam aqui, supomos  que você já estaria dormindo,  não queríamos incomoda-la, pois estávamos certos que encontraríamos você em seus aposentos logo cedo, mas não foi o que aconteceu...

— Desculpem. — Falo

— Tudo bem, filha. — fala meu pai

Então Papai me apresenta aos soldados

— Essa é minha filha Malina Kamiński, minha filha mais nova, estava ajudando na enfermaria da Polônia e ontem voltou para casa.

— Filha, esse é o senhor Vladmir Schröder, oficial chefe da tropa que ficará instalado aqui por um tempo.

Tento segurar meu olhar de ódio para todos ali, eu não conseguia forçar simpatia com ninguém, mas faria isso  pois não quero meu pai envolvido com problemas, principalmente com esses alemães cruéis, e em seguida falo:

— Bem vindos, espero que se acomodem bem enquanto estiverem aqui. Agora irei subir para me trocar.

Saio da sala sem falar nada mais.

Não sei por quanto tempo irei fingir minha hospitalidade com essas pessoas. Logo me vem à mente o loiro, oficial chefe, que homem bonito, e tiro esses pensamentos intrusivos da cabeça. Entrando em meu quarto tomo um banho e troco de roupa, colocando uma saia rodada e uma blusinha de mangas, moda da época, solto meus cabelo longos, caminho até a porta, abro, saindo do quarto e desço.

O Oficial AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora